31/12/2013

Memórias de 2013

Nota: as fotos foram tiradas ou por mim, ou pelo meu namorado ou pela minha irmã. Apenas as imagens 2 e 5 foram retiradas da internet.

Em 2013 eu:
1 - visitei Barcelona
2 - participei pela segunda vez num concurso literário;
 não ganhei, mas continuo sem desistir de publicar os meus livros
3 - tive umas férias de Páscoa diferentes - fora de casa -, durante as quais voltei ao zoo de Lisboa passados mais de dez anos
4 - apaixonei-me ainda mais e contei quatro anos junto dele
5 - provei sushi pela primeira vez e tornei-me imediatamente sua fã
6 - passei uns óptimos e relaxados dias de Verão na ilha vizinha da minha, à qual também não ia há uns bons anos
7 - fui ao melhor concerto de sempre até agora (MAIDEN!!)
8 - pintei o cabelo pela primeira vez (embora tenham sido só as pontas)
9 - passados uns dez anos, voltei a descer a Lagoa do Fogo
 (quem já esteve aqui nos Açores deve saber do que falo)
10 - dei um passeio fantástico num barco com um fundo de vidro, a partir do qual pude ver a ilha de outra perspectiva
11 - retomei o gosto pelo desenho digital e fiz o meu melhor trabalho até agora
(apesar de saber que ainda tenho muito para melhorar)

Conclusão: as melhores memórias que tenho deste ano que agora chega ao fim aconteceram em tempos de férias ou em que interrompi as aulas. Os tempos de aulas, em contrapartida, foram maus e difíceis; conseguiram pôr-me muito em baixo, a chorar muito e a deixarem-me com uma certa vontade de desistir de tudo, para além de me terem feito queixar-me imenso por não ter tempo livre, por estar cansada e por achar que nada disto vale a pena e que não me sinto no caminho certo. Para além disto, foi mais um ano em que me senti extremamente sozinha em termos de amizades. Creio que 2014 será mais do mesmo no que diz respeito a estes aspectos.
 Quanto ao tempo sem aulas - os meus dias felizes -, espero que o novo ano me traga memórias e momentos tão bons ou melhores que os deste ano, que me permita cumprir objectivos e realizar alguns sonhos, que venha cheio de boas surpresas. Só assim para variar.

30/12/2013

Facto #12


Adoro, adoro, adoro o Natal. Detesto a passagem de ano.

28/12/2013

Ah e tal, tenho uma máquina fotográfica

Cheguei ao ponto de pensar que a minha mãe tinha desistido da ideia de me oferecer uma máquina fotográfica, mas, afinal, recebi-a! Uma Sony fofinha e pequenina, da qual gostei muito. Preparem-se para uns posts de fotos por estes lados de vez em quando...ou não. O que é certo é que eu não sou daquelas que delira com fotografia e que anda por aí a tirar fotos todas xpto com uma máquina igualmente xpto, mas gosto bastante da ideia de captar pormenores do dia-a-dia, e serão estas coisas que poderei eventualmente partilhar aqui.
Bem, como a recebi na noite de Natal, não deu para fotografar grande coisa - mas, para o ano, vai ficar tudinho registado. Escusado será dizer que adorei o meu Natal...bastante divertido, como sempre. A comida estava óptima, a companhia também, e, quanto às prendas, acho que não tive nada de que não tivesse gostado.

 As minhas prendinhas todas direitinhas em cima da minha cama


A árvore este ano ficou mesmo gira =)


Um dos desenhos que fiz enquanto ainda estava no Porto e que não pude publicar em lado nenhum porque não tinha nenhuma câmara ou scanner por perto 
(não está completamente pronto, obviamente :P)

24/12/2013

Esta semana foi assim...


Bem sei que nunca mais cá vim, mas é sempre assim quando estou em casa, ainda para mais com uma rotina tão chata que consiste basicamente em acordar a uma hora decente e passar o dia de pijamas enfiada em casa a estudar. À noite, fico sem vontade para nada por causa disso. Não ando com vontade para redes sociais, o estudo rouba-me a inspiração e a vontade de escrever, nem sequer retomei a minha leitura desde que vim para cá; enfim, à noite, só quero descansar e ficar a receber os miminhos do namorado.
Estudei a matéria para o primeiro exame em três dias. Acho que o facto de ser a minha cadeira preferida deste semestre ajudou, assim como o facto de esta não ter sido a primeira vez em que olhei para aquilo. Tenho andado a estudar para o último agora, porque é demasiada matéria e prefiro ir aos poucos. Às vezes pergunto-me o que andarão os meus colegas a fazer...
Ontem fui ver o segundo filme d'O Hobbit e gostei imenso, embora preferisse o primeiro. Senti-me de férias; não pensei mesmo em nada. Estou mesmo a precisar de mais dias assim - tenho que passar nos exames à primeira, tenho que passar nos exames à primeira, tenho que passar nos exames à primeira! O centro comercial estava um pandemónio. Detesto a mania que a minha irmã tem de deixar a prenda para a mãe para a última hora. Mas pronto, resolveu-se. E ainda comprei uma prenda de mim para mim...eram umas botas tão giras, que não resisti. Que se há-de fazer, eu adoro botas pretas com atacadores...
Ando com uma constipação chata. Nem faço ideia de como a apanhei, pois tenho andado sempre agasalhada. Já estou assim há mais ou menos uma semana. Ontem, no cinema, estava pouco a pouco a tossir. Acredito que tenha sido mesmo chato para toda a gente, mas que havia eu de fazer...
E hoje não estudo. Nem amanhã. Não abdico do Natal - era o que faltava! Já está tudo pronto para o jantar de logo à noite cá em casa. Como sempre, estou curiosa quanto àquilo que vou receber e ansiosa para ter aqui toda a gente. E, bem, no meio de tanto estudo, é óptimo ter estes dias "de folga", principalmente tendo em conta a época que é...a época em que podemos deixar todos os problemas de lado e em que a alegria, a paz e a esperança tomam conta de nós.

Franjas - parte 2


Voltei a cortar a franja. Não resisti. Bem que a desviei para o lado e tentei deixá-la crescer, mas não deu. Aquilo chateava-me, estava sempre a mexer nela para a endireitar e dava-me a sensação de que se tornava oleosa rapidamente. Para além de que me sinto feia com a testa à mostra, principalmente porque tenho uma sobrancelha mais levantada do que a outra. Estar com a testa destapada não tem nada a ver comigo, portanto. Cortei-a toda a direito e adoro-a. Se as pessoas, ao olharem para mim, continuarem a achar que tenho quinze anos, pois que se lixe.

16/12/2013

Ponto da situação


Acabei de voltar a casa e já ando stressada com os exames. Acho que não vai haver tempo para estudar tudo. Só apetece dar um tiro a quem inventou os exames depois do Natal. É que, para além da quantidade de matéria ser imensa, é Natal, caraças! Altura de diversos jantares, de ir fazer compras, de matar saudades de casa - no meu caso - e de dar um saltinho ao cinema - no meu caso também -, de aninhar no sofá a ler ou a ver os filmes natalícios que passam na televisão, enquanto se comem os chocolates também natalícios... A sério, eu estou a dar em doida. Isto de ter exames deixa-me tão frustrada... Quem os inventou devia odiar o Natal com todas as forças, só pode.
Ainda estou na fase de acabar os apontamentos. Há cadeiras cujas aulas ainda não estão todas online - não sei de que é que os profs estão à espera para as meter lá. Ainda não comecei o estudo intensivo, portanto. É normal estar stressada. Ainda para mais tendo em conta que os meus familiares adoram reunir-se de vez em quando para um almoço ou jantar, roubando-me dias de estudo - algo a que até agradeço, pois ficar todo o dia e todos os dias à volta disto é demais para mim. E acho que me vou desleixar no que diz respeito ao estudo para a cadeira deste sementre que mais detesto. É que não vai dar para tudo; por isso, acho que vai ser preferível dedicar-me à séria às outras e "deixar andar" esta. O facto de a detestar por não a entender não me motiva a estudá-la, como é óbvio. Cada vez mais me convenço de que foi bom ter desistido do outro curso onde estive; caso contrário, estaria a levar com cadeiras do género desta durante todos aqueles anos, ou seja, seria chumbo atrás de chumbo. 
Argh, odeio isto. Porcaria de "férias". Nunca mais acaba esta porcaria de curso. Quero descansar. Quero ser daquelas que passa nos exames sem ter que se matar a estudar. Por favor, só desta vez...
Fartei-me por hoje. Vou mandar o estudo para outro lado e arejar as ideias, que eu não vim para casa para isto. Amanhã começo Farmacodinamia à séria.

13/12/2013

3º ano, 1º semestre - feito


Estava cheia de sono quando o despertador tocou esta manhã, mas depois lembrei-me...último dia de aulas! Fez com que ficasse logo bem-disposta e com que saltasse da cama. Ainda nem acredito que amanhã volto para casa. Vendo bem, este semestre voou.
Tirei a tarde para relaxar - espero não me arrepender de não ter aproveitado o tempo para avançar em qualquer coisa. Passei precisamente uma hora e doze minutos - a duração do álbum que me pus a ouvir - a fazer esboços para desenhos novos - pfff, tanto tempo e nem passei dos esboços... Opá, estava mesmo a precisar. Não desenhava há tanto tempo! E há dias em que sinto realmente a necessidade de rabiscar num papel...
Já comecei a fazer a mala. Claro; quando é para ir para casa, tenho sempre vontade de fazer a mala. Queria levar pouca coisa, mas isto é sempre uma tarefa complicada. Há tanta tralha para levar, entre as quais as minhas queridas sebentas e os meus lindos cadernos... Continuo a ter os tais seis exames em duas semanas. O pessoal fez tanto alarido quando se soube que isto ia contra o regulamento da faculdade, fartou-se de dar sugestões para resolver isto...e pufff, nada foi para a frente. Sempre a mesma coisa. Há quem esteja pior do que eu, com oito ou até dez exames, mas pronto...eu só queria passar a todos à primeira para ter as minhas férias...mas estou a ver que vai ser mesmo difícil. Vou ter que me empenhar à séria nestas três semanas em casa; vou ter que estudar como não estudei nos anos anteriores.
Mas enfim, vou esquecer os exames por enquanto. Estou com saudades de toda a gente - até do gato! - e estou ansiosa por ver a casa enfeitada; fica sempre com um ar tão acolhedor e fofinho... Já sei que vou ter a minha mãe e a minha irmã à minha espera no aeroporto, prontas para me darem um abraço gigante, durante o qual a minha irmã faz sempre questão de dizer que sou tão baixinha. E que vou ter uma fatia de bolo de aniversário do meu primo à minha espera em sua casa, que é mesmo encostada à minha. Vai ser tão bom voltar a dormir na minha caminha, comer as comidas deliciosas da mãe e da avó, ver os meus episódios no quentinho da nossa salinha, rir-me das parvoíces do gato e das palhaçadas que se fazem lá em casa, ajudar a mãe com os doces de Natal, passear acompanhada, para variar...
Só passados uns dias é que poderei matar saudades do namorado, que já não vejo há quase dois meses e do qual também estou cheia de saudades. Os meus dias naquela ilha parecem tão vazios sem ele, mas não vou pensar muito nisso, pois vou ter que me concentrar. Hei-de fazer um esforço maior enquanto ele ainda não estiver por lá, para que, depois, tenhamos mais um tempinho para estarmos juntos, que bem merecemos.
Amanhã, espera-me um dia de limpezas - seca - e de acabar de fazer a mala, que eu espero que não fique muito pesada, de modo a conseguir transportá-la minimamente até ao metro. Acho bem mais agradável ir de metro para o aeroporto. Detesto ir num táxi sozinha; não me sinto nada à vontade... E vamos ver se o voo não se atrasa, como é habitual.
Voltar a casa no Natal é, para mim, das melhores alturas do ano. No Natal, tem outra magia. Parece que tive que sair de casa para perceber o verdadeiro significado do Natal. Tudo o que me importa agora é estar no calor e no conforto do lar, rodeada de quem mais gosto.
Por agora, resta-me recarregar baterias para amanhã. Mas, antes de uma boa noite de sono, há sempre um tempinho para me agarrar ao livro espectacular que ando a devorar.

12/12/2013

Estudar vs Trabalhar


Cada vez me convenço mais de que quem trabalha é que está bem, em comparação com quem estuda.
Porque, quer dizer, olhem para nós, estudantes - especialmente os universitários, que a escola, comparada com isto, não passa de uma brincadeira de crianças. Vamos às aulas, voltamos para casa e os assuntos relacionados com aulas continuam na nossa cabeça. Em vez de um descanso ou de ocupar a cabeça com outras coisas, há que pensar no trabalho que é para ser feito, no teste para o qual tem que se estudar e nos exames que, apesar de estarem a meses de distância, têm que ser preparados. Como umas horas semanais não chegam para isso, existe o fim-de-semana para pensarmos ainda mais nestes assuntos. Os fins-de-semana, aqueles dois diazinhos outrora tão adorados, convertem-se subitamente num inferno: como não existem as aulas, podemos ficar em casa, o que significa mais horas para pensarmos nas coisas relacionadas com aulas, e, como tal, mais tempo para estudar ou para fazer algum trabalho que nos foi exigido. Com isto, os desejos de sair de casa, estar com outras pessoas, praticar um desporto ou dedicarmo-nos aos nossos hobbies são empurrados para um recanto sombrio do nosso cérebro. Porque este tem que estar atafulhado com tudo aquilo que temos que fazer e saber em relação ao raio das aulas. E, assim de repente, vemos a vida a escapar-se por entre os dedos. Tudo porque o nosso precioso tempo livre é dedicado às mesmas coisas às quais o nosso tempo "não-livre" é também dedicado...aulas. Só aulas, aulas, aulas.
Quem trabalha, pelo contrário, está safo. Tão, mas tão safo, que me deixa com uma tremenda inveja. Porque, assim que chegam a casa depois de um dia de trabalho, esse trabalho fica do outro lado da porta. Não há coisas para estudar, não há trabalhos para fazer, não há apresentações para preparar. Há liberdade total depois das horas habituais de trabalho; há tempo livre para ser aproveitado da melhor maneira, da maneira que se quiser. Claro que há determinados empregos em que trazem trabalho para casa, mas estou a excluir estes casos. E depois ainda nos pagam, ao contrário do que acontece no caso dos estudantes, a única "profissão" em que tem que se pagar para a exercer. E, pagando-nos, ui, venham daí as viagens, os festivais de música e sei lá mais o quê, sem ter que pedir dinheiro aos papás e sem roer-me de inveja dos betinhos com os papás ricos que estão sempre a viajar e afins.
Leio alguns blogs de pessoas que já trabalham e ninguém sabe a inveja que sinto ao ler que, apesar do trabalho, que é, por vezes, exaustivo, têm imenso tempo livre; quer dizer, pode não ser imenso, mas aproveitam-no, fazem tanta coisa... Já eu, faço o quê? Todos os bocadinhos de tempo livre que tenho são usados para estudar. E isto enerva-me, principalmente porque não quero recordar os anos da faculdade desta maneira. Sinto que isto é apenas desperdiçar anos de vida. É por isso que estou tão ansiosa por terminar este curso e por trabalhar finalmente. Só assim aproveitarei o tempo da melhor forma, e tenho tantos projectos que gostava de realizar...
E depois ainda me tentam convencer a fazer um mestrado. Bitch, please, assim nunca mais acabo de estudar! Credo, há tanto mais na vida...

08/12/2013

Facto #11


Detesto quando alguém fica com a cara toda franzida quando começo a falar, como quem diz Ai que não percebo nada do que esta gaja está a dizer. Sei que tenho um sotaque diferente, mas, caraças, não é nada imperceptível - até faço um esforço para falar mais devagar, de modo a que me entendam melhor. E ver a pessoa com a cara toda franzida, como se visse mal e estivesse a tentar focar algum objecto, ou como se não ouvisse bem, ou até como se eu estivesse a falar num dialecto que ninguém percebe, dá-me logo vontade de dizer Esquece e virar costas. Nem sei se essas pessoas se apercebem de que o fazem, mas passam logo a imagem de ser uma daquelas do tipo não-me-toques e com uma certa mania de superioridade porque elas é que sabem falar "bem". E, para pessoas dessas, não tenho paciência.

06/12/2013

Acabam as aulas, começa o estudo


A próxima semana é a última do semestre para mim. Não vai servir de nada ficar aqui até dia vinte, dia em que é suposto acabarem as aulas, pois não vai acontecer nada nessa semana - e até há certas aulas que nem vão ser dadas. Por isso, vou para casa mais cedo. E, como tal, este é o último fim-de-semana deste ano de 2013 que aqui passo.
Apesar de tudo, a semana que vem não vai ser propriamente relaxada, e as seguintes muito menos. É agora que digo que tenho saudades da escola, daquela última semana de aulas totalmente morta em que as únicas coisas que se faziam eram a auto-avaliação e saír mais cedo. E, claro, daquelas férias de Natal tão boas, que eu ocupava a jogar The Sims 2 durante todo o santo dia. Ou a outro jogo qualquer.
(Bah, quero o secundário de volta)
Mas, como ia a dizer...esta semana tenho mais dois daqueles mini-testes que só nos sabem dar trabalho mas que depois de pouco ou nada servem. Tenho um último relatório de grupo para fazer, mas, por sorte, calhou-me fazer a parte mais fácil. Tenho um outro trabalho de grupo para acabar, que eu nem sei quando vai ficar acabado, mas que também está praticamente no fim e vai ficar feito rapidamente. Ainda não percebi se tenho que fazer uma apresentação oral, mas vou preparar-me de qualquer forma e depois, na aula, logo se vê. Preferia que não tivesse que a fazer, pois a primeira que fiz desta cadeira correu-me muito bem e foi precisamente sobre o tema sobre o qual me sentia mais à vontade. Não estou propriamente confiante em relação aos restantes, a não ser com dois deles, mas enfim, logo se vê. E, se houver um tempinho, retomar os resumos e a leitura das sebentas para os exames. 
Nem sei para onde me virar.
Ou seja, vai ser mais um fim-de-semana horrível. O normal - tirando o facto de não ter aulas na segunda-feira...saber que não vou ter que acordar às seis da manhã vai saber-me pela vida. Estou mesmo farta destes fins-de-semanas, e é por isso que estou contente por este ser o último.
Porém, depois disto, há que estudar para o raio dos exames. Em algumas cadeiras sinto-me completamente a leste e ainda não olhei para nenhuma parte da matéria. Naquelas às quais ando a dedicar-me mais, são quantidades exageradas de matéria, com pormenores que não lembram a ninguém. As expectativas são óptimas, portanto... Acho que vou ter que tomar suplementos novamente, para ver se estas toneladas de matéria se colam de vez no meu cérebro.
E nem sei se o facto de estudar para os exames em casa é melhor ou pior do que estudar aqui... Tenho medo de me distrair muito, se bem que também preciso de me distrair um bocado; caso contrário, dou em doida e ninguém me consegue aturar. Mas sinto mesmo falta de casa; agora que o Natal se aproxima cada vez mais, sinto falta mais do que nunca. Sinto falta de companhia e de comida boa, principalmente. Mesmo sabendo que vou ter que marrar, estou ansiosa por voltar a casa.

04/12/2013

Deve ser problema meu


Magoa-me um bocado saber que pessoas com quem me dou bem estiveram todas juntas sem mim. Magoa-me porque parece que, para elas, já não sou nada. E que todos os momentos que passámos já foram apagados das suas memórias, ou então foram completamente insignificantes. Falo não só de pessoas que já conheço há mais tempo e que considerava minhas amigas, como também de colegas de curso com quem me dou melhor. Em ambos os casos, acaba por ser normal as pessoas afastarem-se por incompatibilidades de horários, por terem outros afazeres ou por outras razões que fogem ao nosso controlo. Mas, caso nos encontremos por acaso, há tempo para uma pequena conversa. Uma pequena conversa que, por mais desinteressante que seja, faz com que volte a ter esperança de que nos encontraremos mais vezes, ou de que uma amizade esquecida renasça. Porém, no fim de contas, não passa mesmo daquilo: de uma pequena e simples conversa de ocasião. Quando dou por mim, já estou excluída dos planos. Porque me afastei; não porque quis, mas porque as circunstâncias assim o exigiram. Esquecem-se das coisas como eram antes, como se lhes passassem uma esponja sobre o cérebro para lavar todas as memórias, fazendo com que se lembrem de mim como a pessoa do presente, aquela que está longe, distante ou ocupada porque a vida assim a obriga; aquela que agora não passa de uma conhecida.
Mas, bem, talvez o problema seja meu. Talvez seja eu que não saiba conservar amizades. Não sei lidar com pessoas. Não sei bem como agir com as pessoas; não sei o que dizer às pessoas, quer não fale com elas há muito tempo, quer tenha estado com elas no dia anterior. Não sei até que ponto poderei abrir-me com as pessoas, sempre com receio daquilo que poderão pensar ou dizer nas minhas costas caso diga algo que vá realmente no meu íntimo. As minhas tentativas de recuperar amizades saem sempre furadas. Principalmente porque se torna óbvio que a outra parte não quer o mesmo.
Não querem saber. Mete isso na cabeça. Esquece, é o que digo a mim própria. Mas não esqueço; há dias em que as recordações vêm ao de cima. Se, para elas, foi tudo uma treta, para mim não foi. Entristece-me pensar em como as coisas eram e naquilo que se tornaram. O pior é não ter ninguém para quem me virar. É por isso que vejo sempre os mesmos...os mesmos com novas pessoas, ou os mesmos juntos sem mim. O problema deve ser meu, só pode. É a conclusão a que chego ao ver quantas vezes isto já aconteceu. Não devo ser lá muito boa companhia. Como já disse, não sei lidar com pessoas. Como se estivesse cercada por uma bolha de uma energia que as repele a todas.
Tenho noção de que não sou fácil e de que gosto muito do meu cantinho. Mas isso não quer dizer que goste de estar sempre no meu cantinho. Há alturas em que preciso de me distrair, de conversar, de trocar ideias. De estar com alguém. Mas, sei lá, parece que toda a gente já me rotulou como Isolada e, por isso, não percebe que tenho estas fases.
Diz-se qualquer coisa como O ser humano é um ser social, mas como é que um ser humano pode ser um "ser social" quando se apercebe que não tem ninguém para ele, à excepção das mesmas pessoas de sempre?

02/12/2013

Doce Natal


O Natal é só coisas boas. Uma delas é a comida. Mais propriamente, os doces. E, por isso, fiquei toda contente quando uma das minhas professoras disse que teríamos uma aula dedicada a...sobremesas de Natal! 
(Dito assim, parece que ando num curso de cozinha. Desenganem-se. Não sei se já deu para perceber, mas eu só gosto da parte do comer, e não do cozinhar, eheh.)
Essa professora pediu-nos então para levarmos receitas de sobremesas tradicionais. E eu aí constatei que na minha terrinha não há nada que se considere tradicional. A única sobremesa mais tradicional que temos é um bolo com mel e frutas cristalizadas, que é tão, mas tão bom, que mete o "famoso" bolo-rei a um canto. Mas nem sei se isso será tradicional para todos os habitantes, ou se é só uma tradição da minha família. O certo é que este bolo está sempre presente, tanto na minha casa, como na dos meus familiares. Chamamos-lhe simplesmente bolo de Natal. De resto, fazemos as sobremesas que bem entendermos. A sério; pode ser um arroz doce, uma mousse de chocolate...é qualquer coisa. Ah, já me esquecia...também fazemos fatias douradas, pronto (acho o nome rabanadas uma coisa horrível). E o mesmo se aplica aos pratos. Não fazemos o bacalhau "tradicional", mas uma outra receita com bacalhau que é meeeeesmo boa e não dá tanto trabalho assim. Normalmente até variamos o prato principal de ano para ano, mas ultimamente tem sido este. Não faço ideia de qual será o deste ano, mas espero que se mantenha o mesmo, pois adoro-o e não o como durante o resto do ano.
Então, quando a profe começou a dizer nomes de sobremesas tradicionais, cada um mais esquisito que o outro, fiquei a apanhar moscas. Não faço a menor ideia do que cada coisa será. Bem, ao menos poderei prová-las a todas. Não fosse eu do tipo de pessoas que gosta de provar coisas novas. Vamos ver se me surpreendem. Mais giro seria se estivesse um CD a tocar músicas de Natal enquanto degustávamos aquilo tudo, mas isto já é pedir demais, ahah.

01/12/2013

Assim começa o mês


Não gosto de domingos. Conseguem ser mais chatos que a segunda-feira. As horas passam tão depressa, que, quando damos por nós, o dia já está no fim e pouco ou nada se fez de produtivo.
Mas pior do que um domingo normal é um domingo em que a monga da minha colega de casa está por aqui.
Uma coisa de que gosto nos fins-de-semana é o facto de a gaja ir-se embora e só voltar no domingo à noite. Adoro ficar com a casa só para mim; sinto-me muito mais à vontade. Mas ontem à noite a gaja voltou sabe-se lá porquê, e agora cá está ela. Já tive que levar com o barulho irritante do aspirador, com os barulhos que faz sempre em qualquer lado - não sabe pegar nas coisas com cuidado, por exemplo, e estas caem sempre ao chão - e com as musiquinhas foleiras vindas do quarto dela. Agora lembrou-se de lavar a roupa. Não percebi a pressa, pois é completamente indiferente lavar a roupa agora ou logo à noite, já que o estendal está dentro de casa. E lá tive eu que ir recolher a minha, que ainda estava estendida. Mas os meus collants ficaram lá, que ainda estavam húmidos. Temos pena. E agora ela que ature as minhas músicas - tenho tanta pena que ela não goste de metal...cof cof. É que a única maneira de "mascarar" a presença dela é ouvir música a um volume razoável. E mesmo assim... Ah, e ainda não disse o quanto detesto a maneira como ela abre as portas. É sempre com uma brutalidade, que me prega cada cagaço... Qualquer dia ainda me dá um ataque...
Estou com esta gaja pelos cabelos. Não me sinto nada à vontade ouvindo-a a andar sempre de um lado para o outro, deixando cair coisas ao chão e falando ao telemóvel "à peixeira". Quem me dera ter um apartamento só para mim. Quando será que esta monga se vai embora de vez?