29/03/2011

Estranhamente optimista

Nunca pensei que o meu texto "Discotecas e Amigos" tivesse o pequeno sucesso que teve no deviantART. Até agora foi a minha deviation que mais comentários recebeu, e o melhor foi que não foram comentários a dizer coisas do tipo "Pfff, és mesmo anormal": o pessoal que comentou tem a mesma opinião que eu, o que me fez ver que, bem, afinal não gostar de discotecas nem de músicas pum-pum-pum não é nada do outro mundo. Pelos vistos, o que me aconteceu foi ainda não ter conhecido as pessoas certas.
Os comentários que recebi fizeram-me pensar de outra maneira. Principalmente o de uma rapariga que disse: Não é preciso fazer o mesmo que os outros para me integrar. Há-de haver quem goste de mim assim.
Ou seja, vou deixar de pensar "ah e tal, o pessoal da minha turma vai sair, acho que também vou, vai ser melhor, porque, se não, começam a dizer que nunca saio e não sei mais o quê, e isso vai tornar-me mais distante deles, o que vai acabar por fazer com que não me integre".
Ok, enquanto estive na faculdade - nestes poucos meses -, saí à noite algumas vezes por pensar dessa maneira, mesmo quando não me apetecia. As vezes que me apeteceram sair foram para ir jantar fora com a turma - e não para ir para jantares de curso; bastou um para saber como iriam acabar os outros também...de qualquer maneira, fui aos três que se fizeram enquanto lá estive - e para ir a uns concertos de uma banda da universidade que toca covers, o que só valeu a pena por terem tocado a "Fear of the dark" e a "Phantom of the opera", nas quais eu, praticamente, fiz a festa sozinha. Bem, claro que não fui a única pessoa a cantar e a estar aos pulos; o que quis dizer foi que, entre o pessoal da minha turma que saiu nesses dias, fui a única que se passou, enquanto eles faziam a festa na maior parte das outras músicas, que eram de bandas às quais não consigo achar nada de especial, como Pearl Jam, por exemplo. Devo parecer um bocado idiota agora, mas dêem-me um desconto, eu vivo num grupo de calhaus no meio do Atlântico chamado Açores, onde nunca vieram grandes bandas. Enfim, por que é que comecei a falar disto?...
O que interessa agora é que vou passar a ser eu mesma. Estou farta de fingir e andar atrás dos outros só para me tentar integrar. Eu sou como sou e não posso agradar a todos, por isso olhem, peço desculpa se não gosto muito de sair à noite e se não gosto de festas onde se vai para uma discoteca e se passam lá horas a ouvir música da treta e a ver o pessoal a entrar em transe. A sério, fartei-me. Fiz coisas que não gostava e, no fim de contas, não serviram de praticamente nada. Agora já sei: não as faço e pronto. Como disse a rapariga no dA, há-de haver quem vá gostar de mim da maneira que sou, sem ser preciso mudarem-me. Sim, fiquei um pouco optimista depois de ler aqueles comentários simpáticos, o que é estranho porque não sou uma pessoa muito positiva...

23/03/2011

Dias totalmente interessantes

Estou a ser irónica.
Desde a semana passada - e provavelmente até...Junho, ou fim de Junho - que os meus dias têm sido: ir para o trabalho, ir para casa almoçar, estudar à tarde, ir um pouco ao computador depois de estudar, ... A única excepção foi na sexta passada, em que fui dar uma volta pela cidade, mas foi mais porque era o último dia que tinha para trocar uma oferta de anos. Até calhou bem, porque às sextas tenho empregada em casa, e é chato estar em casa quando ela cá está.
Tenho acordado morta de sono, desconcentro-me facilmente enquanto estudo e dou em doida quando a porcaria dos exercícios de Física não dão certo - o que acontece, principalmente, por estarem escritos num português mal feito ou por as soluções estarem muito confusas. Raios, detesto Física! Não me devia ter desleixado tanto quando fiz o exame de FQ pela primeira vez. Se tivesse tido uma nota de jeito, já não precisava de estar aqui a voltar a olhar para isso. Quero o dia 28 de Junho, para estar oficialmente de férias...

19/03/2011

Discotecas e amigos

Anteontem ao jantar, já não sei do que estávamos a falar para de repente a minha mãe comentar que a minha irmã tem muito mais facilidade em fazer amigos do que eu - o que não é novidade nenhuma; detesto que nos comparem por todos os motivos e mais alguns...é que não temos mesmo nada a ver uma com a outra, e eu acho sempre que fui a infeliz que apanhou com os genes errados. Bem, não interessa. Concordei com o que a minha mãe disse, e disse depois que, simplesmente, havia pessoas das quais eu não tinha interesse nenhum em aproximar-me: há aquelas que têm a mania que são engraçadas, há as excessivamente convencidas, há aquelas que não têm nada na cabeça, aquelas que gostam de tudo o que eu não gosto, ... Dou sempre o exemplo de que toda a gente gosta de ir a discotecas e eu não, ao que a minha irmã respondeu que conhecia várias pessoas que também não gostavam de discotecas.
A sério, onde é que andam as pessoas da minha idade que não gostam de discotecas? Não conheço ninguém que não frequente discotecas ou bares barulhentos - à excepção do meu namorado, que, felizmente, é um esquisitóide como eu. Para essas pessoas, o sinónimo de sair à noite é mesmo esse. Isso, e o consumo excessivo de álcool. Pois, e eu que ature os bêbedos (já agora...escreve-se bêbedos, ou bêbados?).
Discotecas/bares barulhentos são péssimos. Detesto música de discoteca, sempre a mesma treta do início ao fim, e, por isso, é normal que não me divirta e que não me "solte" nem "sinta a música". Para além do pum-pum-pum irritante de todas as músicas, o ambiente é sufocante e um tanto ou quanto claustrofóbico - sim, porque as pessoas estão lá todas compactadas a roçarem-se umas nas outras. E depois ainda há a parte de não conseguir falar com ninguém nem de ouvir ninguém. Mas falta o mais irritante: o facto de toda a gente me dizer para dançar e não ficar parada.
Já fui a alguns barzinhos barulhentos e foi esta a ideia que tive. Fui como que obrigada, só para me tentar integrar, mas é claro que não serviu de nada. Se não me divirto, não me consigo integrar. Por isso, se estão todos a divertirem-se ao máximo ao som daquelas musicazinhas da treta e a afogarem-se em álcool, afasto-me, claro. E, assim, pensam que sou uma chata, uma anti-social, a tímida, a que não se integra e o raio que os parta. Sempre a mesma coisa.
Como já disse antes, não tenho culpa de ser diferente da maioria. Nem tenho que fazer o esforço de tentar agradar a toda a gente.
Às vezes, dão-me uns momentos de parvoíce. Foi o que aconteceu ontem: fui tentar encontrar pessoal esquisito como eu...no Google. Escrevi "não gosto de", e não é que apareceu discotecas? Encontrei alguns blogs, mas nada assim de muito interessante. Era de pessoal que vive longe, e...bem, os amigos virtuais são fixes para falar, mas também preciso de pessoas com quem estar, em vez de apenas falar através de um computador e de, provavelmente, nunca as conhecer em pessoa. A verdade é que o meu círculo de amigos é pequeníssimo, e adorava aumentá-lo com gente como eu, esquisita, diferente da maioria e que não se encaixa em lado nenhum. Onde anda esse pessoal? Bem, provavelmente são as pessoas em que menos se repara, as que mais se escondem por não gostarem de dar nas vistas. 

13/03/2011

Feriazinhas no fim

Hoje é o típico domingo: secante, com chuva e algum frio. Adoro estar em casa quando está a chover imenso. É tão reconfortante, e, melhor ainda, era se acrescentassem trovões - mas aí há o risco de a luz se ir abaixo e...bem, aí é que eu não sabia o que fazer. Mas estou mesmo farta do Inverno, a sério.
Pois é, as minhas férias estão a acabar. Andei na descontra desde que voltei a casa, mas amanhã vou ter que começar a estudar, coisa que não apetece mesmo nada. Estava a ser tão bom não fazer nada...enfim...
Comecei a trabalhar. Nada de mais, só um trabalhinho num escritório de um dos meus tios que qualquer pessoa consegue fazer. Apesar de, no início, não ter estado com vontade nenhuma de ir, acabei por pensar melhor. A parte do "ganhar o meu próprio dinheiro e gastá-lo em coisas para mim" convenceu-me, principalmente porque meti na cabeça que quero ter uma DS. E sim, vou poupar para isso. Muita gente pensa que é um desperdício gastar dinheiro em coisas assim, mas eu não acho - até acho que é pior gastar cento e tal euros num telemóvel. Só não posso cair na tentação de comprar uma antes de fazer os exames. Por acaso, recebi dinheiro no meu aniversário, e já andei pelas lojas a ver se comprava alguma coisa - botas e sandálias principalmente, que é mesmo o que quero agora -, mas ainda não o consegui gastar em nada. E isto não foi por não ter encontrado coisas de que gostasse. Foi porque não havia nada que assentasse nos meus minúsculos pés.
Pois, o meu aniversário foi há pouco tempo, mas, enfim, parece que a idade não me afecta. Sinto-me sempre com 15 ou 16 anos e nem tenho aparência de 19. Não foi um dia tão diferente dos habituais; houve apenas um jantar de família - pois, não sou daquele tipo de pessoas que gosta de festejar o aniversário numa discoteca e com imensa gente só para dizer que tem dezenas de amigos (quando na verdade só umas 4 dessas pessoas é que são mesmo amigas), e a minha família acaba por ser mais divertida do que muitas pessoas que conheço. Por acaso, senti falta dessas reuniões de família quando estive fora, coisa que, há uns anos atrás, achava bastante secante. Mas agora já não. Realmente, quando se está fora de casa é que se lhe dá o verdadeiro valor.