24/11/2015

Isto dos estágios anda a dar cabo de mim...

Às vezes, a minha atitude positiva desaparece, por me sentir como que esmagada e sufocada pela realidade.
Decidi que tenho que ficar cá e que não vai dar jeito nenhum ir para outra ilha. Por causa das consultas do dentista devido ao aparelho e porque, vendo bem as coisas, não iria poupar dinheiro nenhum, já que teria que gastar grande parte dele na renda de uma casa ou de um quarto.
Assim sendo, candidatei-me a alguns estágios da minha ilha, e apenas aos da minha área de formação, mas, sinceramente, não estou com grandes esperanças. Até já fui rejeitada por um deles.
Em contrapartida, já me telefonaram a "oferecer-me" um estágio na minha área. Num ginásio, o que é mesmo apelativo. Mas que tem o grande inconveniente de ser noutra ilha.
Ou seja, na minha ilha, ninguém quer dar-me uma oportunidade e age como se eu fosse invisível, ao passo que, nas outras, têm falta de gente e estão interessados em mim. Isto não podia ser mais injusto.
Nem sei o que poderá acontecer caso não seja aceite em nenhum dos estágios a que me candidatei. Não sei se poderei concorrer novamente na próxima fase. Não sei se me atribuirão um estágio "ao calhas", cuja vaga esteja por preencher, mesmo que não seja da minha área. Tentei saber, mas ninguém me atendeu.
Seja como for, tudo isto me coloca num dilema, sem saber o que será preferível. Fazer um estágio na minha área, com a possibilidade de pertencer à Ordem, independentemente do local e acabando por não poupar nada do salário por causa de rendas, contas para pagar e compras para a casa? Ou estagiar noutra área qualquer na minha ilha, estágio esse que servirá apenas para estar a fazer alguma coisa e a receber um salário?
O ideal seria combinar as duas coisas, mas, como já disse, não tenho grandes esperanças.
Acho que vou esquecer a ideia de ir para outra ilha, embora tivesse ficado contente que tenham vindo atrás de mim. Não iria importar-me de viver sozinha, até porque seria uma forma de me ver livre dos stresses que às vezes surgem aqui em casa. Mas iria acabar por gastar o salário quase todo.
Por outro lado, ficar aqui e acabar a estagiar numa área que nada tenha a ver com a minha parece-me demasiado estúpido e digno de um enorme facepalm. Porque serviria apenas para passar o tempo e para ganhar dinheiro. Não me serviria de nada. Mas, quando começo a pensar melhor, penso que, pelo menos, será alguma coisa. Há quem não tenha nada. E eu acabaria por receber alguma coisa, finalmente.
Não sei porquê, mas sinto que desiludirei toda a gente se acabar num estágio que nada tenha a ver com a minha área. Ou se, pior ainda, não acabar em lado nenhum. Terei ficado tanto tempo à espera, sem fazer nada em termos profissionais, para nada. Se bem que não posso fazer grande coisa, não é...não posso apontar uma arma à cabeça das pessoas e obrigá-las a darem-me um estágio...
Por vezes, até, começo a ficar um bocado triste por estar em casa. Mas, depois, lembro-me que posso passar algumas horas a escrever, e isso anima-me. Oh, seria tudo tão fácil se eu fosse uma escritora rica e famosa...

21/11/2015

Talvez seja uma possibilidade, afinal

Com o curso que estou a fazer agora - que, infelizmente, já está prestes a acabar, e com isto acabam também as minhas viagens à Invicta -, descobri como pode ser bom continuar a estudar. Ou melhor, como é bom aprender mais acerca de uma área do nosso interesse. As sessões têm sido bastante interessantes; vou para lá com vontade, farto-me de tirar notas e saio de lá satisfeita com aquilo que aprendi. Não senti tudo isto na licenciatura, talvez por a coisa ser muito mais "pesada" em termos de frequência de aulas, tempo dispensado dentro do edifício da faculdade e quantidade exagerada de matéria e de trabalhos, coisas que deixavam uma pessoa muito mais exausta e sem paciência para nada. Já as sessões deste pequeno curso são apenas uma vez por semana e durante pouco tempo. Muito mais suportável e mais "leve", para além de ser tudo muito interessante, pelo menos para mim - se não me interessasse pela área, nunca me teria inscrito.
Os mestrados também são assim, duas vezes por semana, embora mais tempo. Pelo menos, aqueles que estive a ver. Nem sei bem por que estive a ver alguns, uma vez que estou há anos a dizer que não quero meter-me nisso. Talvez por ter visto, realmente, que aprender e estudar algo do nosso interesse acaba por ser bom. 
Seja como for, pensava que seriam como uma licenciatura, com aulas de segunda a sexta. Mas saber o contrário deixou-me algo empolgada. O mais chato é que os mestrados trazem consigo as chatices das teses e das defesas, e eu não tenho a mínima paciência para passar por isso de novo, principalmente porque estas seriam de um nível muito mais exigente e rigoroso do que as de licenciatura. Por isso, as pós-graduações parecem ser o ideal para mim, por não terem estas chatices.
Tem graça que, quando terminei o secundário, não sabia para onde me virar, por achar que nada me interessava. Agora, parece que cada vez encontro mais coisas que me despertam interesse. Haja tempo e possibilidade para aprender acerca de todas...
Por isso, de momento, não excluí completamente a possibilidade de continuar a estudar, ainda que os mestrados continuem de parte. Parece que continuo a gostar de aprender. Só não gosto de ser forçada a decorar tudo aquilo que aprendo para que avaliem os meus conhecimentos depois, mas isto parece ser algo ao qual não se pode fugir. Pois, continuo a gostar de aprender, mas continuo a não gostar de estudar, no verdadeiro sentido da palavra - isto é, marrar e decorar. Apercebi-me, até, que já não tenho grande cabeça para isso. Isto porque no tal curso vamos ser submetidos a um pequeno teste, e eu canso-me rapidamente de ler as apresentações de Powerpoint das sessões. Os professores universitários deviam tirar um curso de "como fazer uma apresentação sucinta e apelativa sem repetir informações que nos obriguem a andar para trás e para a frente e com esquemas simples e bonitos que nos expliquem tudo de uma vez".

19/11/2015

Mais de 1000 razões para ser feliz #15

Saber que daqui a exactamente uma semana vou estar novamente no Porto.
(E, desta vez, vai ser um pouquinho mais do que um simples fim-de-semana! Só espero que faça bom tempo...)

16/11/2015

Série Divergente - Veronica Roth

Sinopse (Divergente): Na Chicago distópica de Beatrice Prior, a sociedade está dividida em cinco fações, cada uma delas destinada a cultivar uma virtude específica: Cândidos (a sinceridade), Abnegados (o altruísmo), Intrépidos (a coragem), Cordiais (a amizade) e Eruditos (a inteligência). Numa cerimónia anual, todos os jovens de 16 anos devem decidir a fação a que irão pertencer para o resto das suas vidas. Para Beatrice, a escolha é entre ficar com a sua família... e ser quem realmente é. A sua decisão irá surpreender todos, inclusive a própria jovem.
Durante o competitivo processo de iniciação que se segue, Beatrice decide mudar o nome para Tris e procura descobrir quem são os seus verdadeiros amigos, ao mesmo tempo que se enamora por um rapaz misterioso, que umas vezes a fascina e outras a enfurece. No entanto, Tris também tem um segredo, que nunca contou a ninguém porque poderia colocar a sua vida em perigo. Quando descobre um conflito que ameaça devastar a aparentemente perfeita sociedade em que vive, percebe que o seu segredo pode ser a chave para salvar aqueles que ama... ou acabar por destruí-la.

Estava ansiosa por ler esta trilogia, em especial devido à história das fações em que a sociedade está dividida. Pareceu-me algo diferente, e, de facto, gostei bastante da ideia. Achei muito interessante a ideia, ou melhor, o facto de se cultivar uma virtude específica, cada uma delas oposta aos "defeitos" da humanidade. Foi igualmente interessante ver que as pessoas de cada fação são treinadas a cultivar a sua virtude, e que esses treinos são específicos e diferentes consoante as fações. No entanto, as pessoas pertencentes a cada uma eram demasiado estereotipadas, não sei se por vontade da autora ou não. De qualquer forma, a verdade é que, na realidade, as pessoas têm, de facto, a tendência de rotular e de estereotipar toda a gente que pensa ou que age de determinada maneira. Talvez a autora tenha querido criticar a sociedade actual, não só neste sentido, mas também no que diz respeito a determinadas atitudes e práticas, que são feitas ou para alcançar um objectivo maior, ou apenas porque assim é exigido, porque é o que é certo e o que tem que ser feito.
Houve várias coisas que gostei nestes livros. Gostei do facto de acontecerem muitas coisas num só, em vez de todo o livro se focar apenas num único acontecimento. Tornou tudo muito mais empolgante e entusiasmante. Gostei dos finais em aberto, que pediam logo a leitura do próximo livro, como se fossem os finais de temporada das séries. Gostei que, a cada livro e quanto mais se avançava na história, se descobria mais acerca do que significava ser-se Divergente. Foi muito interessante verificar que tal era muito mais do que a breve definição que surgia no primeiro livro, e o facto de a autora meter a genética ao barulho tornou tudo mais delicioso. Gostei que a história não se focasse assim tanto no romance entre os protagonistas, como acontece em vários livros do género, e que tivesse mais cenas de acção e mais mistérios do que partes melosas e lamechas - embora existam, mas em quantidade q.b.. Houve cenas muito giras, como as paisagens dos medos e as brincadeiras dos membros da fação que Tris escolhe, com especial destaque para a descida, através de um cabo, do alto de um edifício. Algumas destas "cenas giras" parecem não ter o seu propósito ou servir apenas "para encher", mas, depois, à medida que se avança na história, acabámos por perceber que incluí-las fez todo o sentido. E gostei da Tris logo no início, por não ser a típica protagonista desajeitada e com medo de tudo, que, só mais tarde, se torna forte e corajosa. Ela é corajosa desde o princípio, e isso agradou-me.
Em relação à escrita, não a achei nada de extraordinário, sem nada que diferenciasse a autora de outros nomes do género. Aliás, no que diz respeito a isto, estes livros têm uma coisa muito má: estão escritos no presente. É certo que uma pessoa acaba por se habituar, mas eu detesto livros escritos no presente; mesmo passado algum tempo, volta a fazer um bocadinho de confusão.
Gostei que, no terceiro livro, a autora alternasse o narrador. A história é contada ora do ponto de vista de Tris, ora no de Quatro, o protagonista masculino (não vou dizer o seu nome verdadeiro, porque isto tira a piada toda a quem não leu os livros). Já estou habituada a ler livros em que as perspectivas são alternadas, de tal maneira que, agora, prefiro ler livros assim, que me ofereçam diferentes pontos de vista, de forma a conhecer melhor as personagens e para que a própria leitura não se torne aborrecida por estarmos a seguir sempre a mesma personagem. No entanto, desagradou-me que as partes narradas por Quatro fossem escritas igualmente na primeira pessoa. Na minha opinião, teria tido mais lógica se tivessem sido escritas na terceira. A certas alturas, eu já não sabia se estava a ler algo visto da perspectiva de Tris ou de Quatro. Se um estivesse escrito na primeira pessoa e o outro na terceira, aí já não teria tido dúvidas. Pareceu-me, até, que os próprios tradutores se confundiram de vez em quando, pois surgiram alguns erros de tradução no que diz respeito a adjectivos, que deviam estar no masculino, em vez de no feminino.
Outra coisa que me desiludiu foi a previsibilidade. Há cenas muito, muito previsíveis. Especialmente porque a autora acaba por nos habituar a tal, dada a quantidade de acontecimentos tristes com as mais diversas personagens, que nos levam, automaticamente, a adivinhar o seu desfecho. Em contrapartida, surgiram cenas das quais não estava nada à espera. E tem graça constatar que estas cenas acontecem em momentos opostos da história: logo no princípio, quando Caleb, o irmão de Tris, escolhe a sua fação - nunca desconfiei - e no final. O final surpreendeu-me.
Na minha opinião, algumas cenas necessitavam de mais alguns detalhes, para que o leitor percebesse melhor o que se estava a passar. Para a autora, faziam sentido, pois ela é que sabe o que se passa e o que quer que se passe. Mas os leitores não estão dentro da sua cabeça. Enfim, é só um pormenor, e, obviamente, não se aplica à história toda.
Em suma, estava ansiosa por ler e não fiquei desiludida. Gostei muito, e, agora, resta-me ver os filmes.

13/11/2015

Do estágio (ou da falta dele)


Isto da procura de um estágio não tem sido fácil. Inscrevi-me num programa e já estive a ver que entidades estão a recrutar estagiários. Há muito pouca coisa na minha área, e algumas delas são noutras ilhas. As candidaturas aos estágios deste programa terminam no final deste mês, pelo que ainda vou esperar mais algum tempo, a ver se aparece mais qualquer coisa. Caso contrário, terei que me aventurar e candidatar-me a um estágio noutra ilha.
Já discuti, com a minha mãe e por uns breves minutinhos, a possibilidade de não encontrar nada ou de não ser aceite em nada da minha área. E ambas concordámos que, caso isso acontecesse, eu poderia arranjar um trabalho, numa área que nada tivesse a ver com a minha e que serviria apenas para eu fazer alguma coisa até à próxima fase de candidaturas a esse programa onde estou inscrita, ou tentar a minha sorte em Portugal continental. É bom sentir este tipo de apoio. Isto é, não estar a ser constantemente pressionada no que diz respeito a procurar alguma coisa dentro da minha área para poder pertencer à Ordem e, consequentemente, exercer a profissão. Sempre fui da opinião que não é um curso que vai ditar o futuro de uma pessoa. Ou seja, lá por se ter um curso, não quer dizer que se vá obrigatoriamente trabalhar naquela área. Por isso, se eu não encontrar nada, não terei problema nenhum em trabalhar no McDonald's, num hipermercado, num café, na biblioteca pública (confesso que esta não me parece má ideia), ou onde quer que seja. Se tiver que ser, seja. Parada é que não vou ficar, até porque, se o fizesse, sentiria a consciência bem pesada. Se não trabalhar, há também a hipótese de continuar a estudar. Afinal de contas, não estou sob pressão e não há nenhum prazo no que diz respeito a fazer parte da Ordem. Não preciso que isto aconteça o quanto antes; aliás, tenho todo o tempo do mundo para ingressar nela, e isto será feito quando puder. Ela não foge.

10/11/2015

Ter um apelido estrangeiro...

Para a Rádio Comercial, cada dia é o dia de alguma coisa, e ontem quiseram que fosse o Dia das Pessoas com Apelido Estrangeiro.
Eu tenho um apelido estrangeiro. De origens americanas, para ser mais precisa.
Mas quem tem um apelido estrangeiro "sofre". As pessoas raramente percebem o meu apelido à primeira e, muitas das vezes, confundem-no com outro apelido qualquer (que seja português, claro está). Para além disso, por vezes, não sabem pronunciá-lo e fazem-no de forma errada - embora eu considere que não haja dificuldade nenhuma em pronunciar-se o meu apelido, mas enfim, as pessoas parecem gostar de complicar. E, ainda, não sabem como se escreve. Às vezes acabo a soletrá-lo, mas as pessoas chegam ao cúmulo de ficarem a olhar para mim com caras de parvas, como se pensassem que estou a inventar. Já aprendi, contudo, a ultrapassar estes obstáculos quando preciso que escrevam o meu nome (como no caso de recibos de farmácia e afins): mostro o meu cartão de cidadão ou o cartão multibanco e digo algo do género É este nome.
Lembro-me de que, quando andava na escola, detestava o meu apelido. A partir do quinto ano, os meus colegas de turma - aqueles idiotazinhos com a mania que são bons e engraçados que existem nas turmas todas - faziam como que troça por causa do meu apelido, e isto prolongou-se até ao décimo-segundo ano, mesmo tendo eu passado por turmas diferentes e conhecido colegas diferentes. Eles serviam-se do meu apelido para se referirem a mim ou para me chamarem, em vez de usarem o meu primeiro nome, como é suposto, e isso irritava-me. Principalmente porque parecia que o pronunciavam em tom de troça ou de desprezo. Detestava ser chamada assim, e só pensava que, se ao menos tivesse um apelido português, isso não acontecia.
Quando fui estudar para o Porto, contudo, as coisas foram completamente diferentes, tanto que algumas das pessoas com as quais me cruzei - colegas e afins - acharam o meu apelido giro e chique. Graças a isso, passei a olhá-lo de outra maneira.
E, agora, gosto dele. Especialmente porque, em Portugal, não existe mais ninguém com um nome (primeiro nome + apelido) igual ao meu, ao passo que, se tivesse um apelido português, iria encontrar tantas raparigas com o mesmo nome (primeiro nome + apelido) que eu. E esta é uma das razões pelas quais vou manter o meu apelido no caso de me casar.

06/11/2015

Já falam no Natal?

Na minha cidade, já há luzes de Natal. No outro dia, vi que também já havia a característica árvore, disposta no mesmo local de sempre. Pensei que só quisessem ter o trabalho adiantado e que só acenderiam as luzes no início de Dezembro, como é habitual. Mas ouvi dizer que a iluminação de Natal será inaugurada esta noite. E que até músicas de Natal começaram a passar hoje nas ruas. Para além disso, esta semana apanhei anúncios de Natal na televisão. Fiquei parva. Qualquer dia começam a passar anúncios e a inaugurar iluminações no dia das bruxas, por este andar.
Eu adoro o Natal. É uma das minhas alturas favoritas do ano. Mas, este ano, nem me lembro que está a aproximar-se. Melhor dizendo, eu este ano mal sei a quantas ando - ainda no outro dia tive que escrever a data para assinar um papel e quase escrevi Outubro. Custa a crer que o Natal esteja próximo e que o ano esteja quase no fim, se bem que acho que ainda é demasiado cedo para se andar a espalhar espírito natalício.
Quer dizer, sinceramente nem sei se será demasiado cedo ou se sou eu que não sei se vou ter grande espírito natalício este ano, dadas as circunstâncias. Penso que, se fosse noutro ano qualquer, já estaria a vibrar com tudo isto, ansiosa que o Natal chegasse. Este ano, não me sinto assim. Até tenho "medo" de como o Natal vai ser. "Medo" no sentido de ter as expectativas muito baixas e de mal me sentir feliz e tranquila quando chegar a altura, contrariamente ao que acontecia nos outros anos todos.

03/11/2015

Mais de 1000 razões para ser feliz #14

Desde pequena que desenho e que escrevo. São coisas que me acompanham desde essa altura até hoje porque me divertem e, mais do que me entreterem, fazem-me feliz. Continuo a fazê-las por mim, porque gosto, para que me sinta bem comigo própria, e não para agradar aos outros ou para provar-lhes alguma coisa. Deposito, nelas, imenso amor e dedicação, sempre. Mesmo que ninguém vá compreender ou gostar, é por mim que as faço. Mas é claro que gosto que apreciem o meu trabalho e me dêem um feedback positivo. Se não quisesse que dissessem nada acerca daquilo que faço, então não mostraria nada a ninguém e guardava tudo para mim.
E este feedback deixa-me feliz. Seja através de simples likes no Facebook, seja por adicionarem os meus trabalhos aos favoritos no DeviantART e/ou por descobrirem milagrosamente alguns desenhos meus e pedirem-me que os adicionem a determinados grupos - ainda estou parva com a quantidade de gente que gostou da minha Kim Possible, e continuo parva quando entro no site e vejo que tenho várias feedback messages, que é algo que muito raramente me acontecia -, seja através de comentários aqui no blog aos meus textos, seja através de uma forma mais "pessoal" - e com isto refiro-me às mensagens acerca do meu "livro", de quem já o leu. Tudo isto é motivo para ficar satisfeita com aquilo que faço. Significa que fiz algo de jeito. E que esse algo, para além de ser do meu agrado e de eu ter gostado tanto de o fazer, consegue, também, ser do agrado de outros. E tudo isto motiva-me a continuar, a evoluir constantemente, a fazer mais e melhor.

02/11/2015

Do final de Outubro e "expectativas" para Novembro

Outubro passou depressa demais para meu gosto. Provavelmente por ter sido um mês mais agitado. Mas não queria que tivesse passado tão rápido, pois estava a habituar-me à sua tranquilidade, e agora, em Novembro, já não estarei assim tão tranquila. E acabei de usar duas palavras contrárias para descrever o mês passado: agitado e tranquilo. Mas foi exactamente assim. Agitado, por causa de todas as viagens entre cá e lá. Tranquilo, por estar livre de obrigações.
Foi no Porto que me despedi de Outubro. A passear, tanto pela baixa como por jardins, a pisar as folhas secas. Passear sozinha já não me é tão estranho; pelo contrário, sabe-me bem, deixa-me satisfeita comigo mesma, pois impede-me de pensar em preocupações e em coisas tristes. A Spirito estava com um ambiente de Halloween mesmo giro, e deliciei-me com um cupcake e com uma bebida quente. Para mim, que gosto de doces e de cafés mais "inovadores", com conceitos diferentes do habitual, o Porto é uma cidade cheia de tentações, pelo que, de todas as vezes que lá vou, tenho que aproveitar e comer um lanchinho deste género - até porque, em casa, é raríssimo comer doces. Passei a noite das bruxas no quarto, a (re)ver o Corpse Bride, o que, para mim, é o tipo de programa ideal. E já não me lembrava bem do quanto aquele filme é fofinho - e acho que vou desenhar algumas personagens.
Só lá regresso no final deste mês. Por um lado, vou poder descansar depois de várias semanas sempre em viagem, se bem que tenho várias coisas para fazer ao longo do mês - obrigações e não só. Algumas delas têm a ver com o curso. Estou a gostar muito e tenho aprendido coisas muito interessantes, mas não vou desenvolver muito o assunto por agora, especialmente porque o que podia vir a dizer dava para uma nova publicação.
Mas, por outro lado, vou ter saudades e já sei que vou andar desejosa de lá voltar, até porque soube de novos lugares, que não conheço, para visitar, e espero ter a oportunidade de explorá-los a todos da próxima vez. Espero, também, conseguir voltar a alguns dos meus lugares favoritos, porque, depois desta última viagem no final do mês, não sei quando voltarei lá.
O que é triste. E estranho, e estúpido. Porque, enquanto estudei lá, estava constantemente ansiosa por voltar para casa, para aquele conforto característico. E agora, que estou em casa, dou por mim a querer estar noutro sítio. Qualquer sítio, longe daqui.