31/05/2014

Coisas boas do mês #5

Este mês não me trouxe muita coisa de especial. Penso que a melhor parte foi regressar a casa depois de dois meses e meio de ausência, mas, mesmo assim, soube a muito pouco. Deu para rever a família e pôr a conversa em dia com uma amiga, mas faltou qualquer coisa. De qualquer modo, só lá estive uma semana e tenho consciência de que não escolhi a melhor altura para lá ir, mas, bem, não tive aulas, daí que...
Voltando a pensar nas coisas boas. Li A Culpa é das Estrelas, sobre o qual falarei um dia destes. Retomei a minha série favorita, Revenge, mas vi a nova temporada demasido rápido. Adorei o novo álbum de Epica, e fiquei toda contente por saber que vêm cá - se bem que já tiraram as datas para Portugal da sua página do Facebook, mas vou acreditar que o fizeram por causa do Vagos e que, depois disso, voltarão a pô-las lá. Foi bom ter um cheirinho do Verão, usar roupas mais frescas - ainda que por pouco tempo - e lanchar numa esplanada. Já provei dois gelados novos - o Cornetto Choc'n'Ball e o Magnum Mint -, e estão ambos aprovadíssimos. Continuei a entreter-me com os meus episódios - embora nunca goste de chegar ao final das temporadas e ter que esperar meses e meses para os ver outra vez - e com o meu manuscrito, que está cada vez mais perto do final. Por falar nisso, arranjei uma beta reader - obrigada!
Acho que até já consigo prever Junho. Mas vou me calar. Talvez me surpreenda.

30/05/2014

Finais de temporada #4

Revenge: WTF? Que raio foi aquilo? Aquele final muda completamente o rumo da história!

Glee: fiquei um pouco tristonha - e com a música final na cabeça durante o dia seguinte -, pois aquilo estava a ficar cada vez melhor. No início da temporada, comecei a fartar-me, mas, lá para o meio, as coisas melhoraram e muito. Deixar os dramas do liceu e focarem-se nas personagens mais antigas foi mesmo o melhor que poderiam ter feito.

Reign: opáááá, por que é que acabou? Queria ver mais...e passei o tempo todo a torcer para que o Leith e a Greer ficassem juntos - eles são tão fofos - e, agora, olha...que enredo que vai ficar ali!

Grey's Anatomy (penso que toda a gente que segue a série já sabe o que acontece no final em relação a uma certa personagem, mas, caso alguém não saiba, SPOILER): alguém que me diga o que vai ser desta série sem a Cristina Yang...

Once Upon a Time: OMG! Mas que bronca! Fiquei mesmo de boca aberta. O episódio foi mesmo engraçado, mas não estava nada à espera daquele final. Se bem que aquela personagem teria que ter algum impacto, isso é certo...mas estava longe, bem longe de imaginar o tipo de impacto que teria.

E assim reagi ao final das séries que andava a seguir de momento. É triste estar-se prestes a chegar à época de exames e não ter um único episódio para ver, de forma a desanuviar de um dia de estudos. Estou a ver que, nas próximas semanas, vou aventurar-me pelos filmes...
...ou talvez volte a ver Criminal Minds. Sim, parece-me boa ideia.

29/05/2014

29/05/13


Lembrar-me-ei do dia vinte e nove de Maio como o aniversário de um dos dias mais espectaculares de sempre. 
Um dia que repetiria de bom grado. 
Tenho tantas saudades de um bom concerto. De me sentir livre e feliz ao som da música a ser tocada à minha frente, enquanto canto o mais alto que consigo. Quero esta sensação de volta.

27/05/2014

Em modo repeat #19


Nunca na vida tinha ouvido uma música desta banda, nem sei bem como é que a encontrei e só a ouvi por causa da participação do vocalista de Pierce The Veil, cuja voz eu adoro por fugir um pouco aos "padrões", digamos assim. 
O certo é que o raio da música não me sai da cabeça, e dei-me ao trabalho de sacar o álbum inteiro por causa dela. E ainda me dei ao trabalho de o ouvir. As outras músicas, ao lado desta, não valem nada - um pop-rock meio infantil e um bocado irritante para meu gosto -, talvez à excepção de uma ou outra, não sei, não o ouvi muito bem, pois só queria ouvir esta música. 
Opá...achei-a mesmo gira.

26/05/2014

Desabafos universitários #2

Às vezes, dou por mim a pensar em como seriam as coisas em termos de cursos se eu pudesse regressar ao décimo-segundo ano.
Quando concorri para ciências farmacêuticas, fi-lo devido às diversas saídas profissionais que o curso era capaz de me oferecer, uma vez que não fazia a mínima ideia para onde devia ir. Achava que, com o curso, teria um leque de possibilidades, e isso agradava-me. Mal olhei para o plano de estudos; concorri tendo em vista aquilo que me poderia oferecer, olhei para além do curso. No entanto, tanto o curso, como a universidade, as pessoas e o lugar onde esta se situava deixaram-me horrivelmente em baixo. Nos primeiros tempos, aguentei, tentando sempre pensar mais além: pensar naquilo que poderia fazer depois de ter o meu canudo na mão. Aguentei e aguentei, até ao ponto em que não consegui aguentar mais, e tive que sair dali. Confesso que, agora, sempre que vou a uma farmácia considero que aquele deve ser um emprego relaxante e sem grandes preocupações, mas depois penso na porcaria do curso, que não era, de todo, para mim.
Tive a hipótese de mudar e de tentar algo diferente. Mas não fui para nada de muito diferente e mantive-me sempre focada na área da saúde. As outras assustavam-me. As engenharias, porque envolviam matemática, e eu, apesar de ter adorado a matemática do décimo-segundo, considero que o meu raciocínio não é dos melhores e que muito dificilmente apanharia alguma coisa. As artes, porque toda a gente diz que não têm saída nenhuma e porque eu própria não acho que seja boa o suficiente - enquanto a grande maioria dos estudantes de artes faz aqueles desenhos todos perfeitinhos como se fossem cópias da realidade, eu fico-me pelos meus bonecos fofos ao estilo de desenhos animados. E por aí fora. E talvez este tenha sido o meu erro: ao contrário do que fiz na minha primeira candidatura ao ensino superior, não olhei para além do curso. Olhei, somente, para o curso em si.
Quer dizer, em termos de primeira opção, escolhi o que queria mesmo na altura. Mas tive que pôr outras opções, e é a estas que me refiro. Azar dos azares, não fiquei colocada na minha primeira opção, o que me deixou de rastos. Mesmo de rastos.
Mas cá estou. Não quis voltar atrás de novo; achei que não valeria a pena e não queria passar a vida a andar para trás. Gosto imenso de aqui estar e já tive muito boas experiências nesta cidade, mas, quanto ao curso, é sempre aquela coisa. Tem o seu interesse, sim, mas não é nenhuma paixão nem nada que se pareça. Tem também um leque de saídas profissionais associado, mas tenho um medo tremendo de não vir a ser uma boa profissional e/ou de não ter o perfil adequado - por exemplo, a maioria das saídas implica trabalho de equipa, e eu trabalho muito melhor sozinha.
Por isso, acho que devia ter olhado mais além. Devia ter arriscado mais; talvez até me safasse numa área diferente, quem sabe. Se voltasse ao décimo-segundo ano, teria feito tudo de modo diferente.
Sei que não vale a pena pensar nestas coisas, mas, às vezes, quando me vejo a vaguear sozinha pela faculdade, dá-me para pensar nisto.

23/05/2014

Estudar, estudar, estudar


Esta semana, cheguei à conclusão de que os exames estão à porta. Só esta semana, quando, num belo dia, olho para a data e constato que já vamos a vintes, o que significa que o mês está perto do fim. E aí mentalizei-me de que não falta muito até começar mais uma infernal época de exames. O facto de este ter sido um semestre tão relaxado fez com que nem desse pelo passar dos dias e com que não me preocupasse muito com os estudos, embora já tenha adiantado qualquer coisa. E parece que esperaram pelo final do semestre para lançar tudo de rajada: relatórios, trabalhos finais e um montão de folhas para ler.
O meu tempo livre começou a ser reduzido por causa disto, e continuará a reduzir-se ao mínimo. Nem é por causa dos trabalhos nem dos relatórios, pois isso é o que menos me preocupa e o mais fácil de despachar. O problema é mesmo o estudo, ao qual vou ter que dedicar a maior parte do tempo a partir de agora. Já ontem e hoje estive à volta disto, e o fim-de-semana vai pelo mesmo caminho. É nestas alturas que digo que preferia ter testes ao longo do ano. Ninguém merece marrar tanto durante um curto período de tempo. Principalmente quando sabe que se vai esquecer de tudo assim que sair da sala de exame.
Entretanto, tenho ainda que acabar o meu livro - sim, eu tenho mesmo. Só falta escrever o capítulo final e o epílogo, mas, mesmo assim, nem sei se o termino este mês (duvido muito). Espero ter forças suficientes para aproveitar as próximas noites para escrever um pouco. É que, depois de uma tarde inteira a estudar, a única coisa que me apetece é desligar o cérebro e ficar a olhar para a televisão.

20/05/2014

Mestrado? Não me parece

Não sei o que deu de repente à minha mãe para começar a dizer-me que eu devia tirar um mestrado.
Estou, neste momento, no terceiro ano de uma licenciatura de quatro anos, e nunca pus a hipótese de ir para mestrado a seguir. Simplesmente por não ter vontade.
Já quando estava no secundário, nunca houve aquela enorme vontade de ir para a universidade. Há imensa gente - até quem está a ler isto pode, muito provavelmente, fazer parte deste grupo - que diz/dizia que adorava ir para a universidade tirar determinado curso e tal, mas eu, que, até, sempre fui das melhores alunas de todas as minhas turmas, nunca tive esse desejo. Meti-me na universidade "porque sim", porque era assim que devia ser, porque, depois da escola, vai-se para a universidade e não se fala mais nisso.
Depois da universidade, vem o emprego, e, se antes achava que isto seria uma dor de cabeça e o fim da boa vida, nos últimos tempos tenho vindo a achar o contrário. Estar a trabalhar é que me parece ser "a boa vida". É que só o facto de não ter que ouvir palestras - a.k.a. aulas - e de não ter que estudar dias a fio para os malditos exames é simplesmente maravilhoso. Libertador.
Por isso, cada vez mais vejo-me inquieta por acabar de estudar, arranjar um emprego, começar a ganhar o meu dinheiro e ser, finalmente, independente.
Mas os meus familiares parecem decididos a arruinar a minha fantasia. Por causa do raio do mestrado.
E dizem Mas são só mais dois anos a estudar. Falar é muito fácil, quando não são eles que passam pela situação. Cada ano traz consigo as infernais épocas de exames, as "férias" de Natal mais horríveis de sempre, passadas quase inteiramente a estudar de pijama enquanto toda a gente está feliz e relaxada por ser Natal, os fins-de-semana desperdiçados à volta de estudo e/ou de trabalhos, enfim. A vida de um estudante pode ser considerada boa porque tem imensos períodos de férias, mas é só isto. De resto, é uma treta. Ainda para mais, ouço dizer que os mestrados têm muitos trabalhos de investigação, e eu, para isso, tenho pouca ou nenhuma paciência.
Encaminharam-me para a universidade porque assim teve que ser, não por inteira vontade minha. Agora, querem manter-me presa na universidade porque também assim tem que ser. Quer dizer, parece que querem que passe a vida a fazer aquilo que eles querem.
Para além de que um mestrado, na minha opinião, é mais útil para quem gosta mesmo da coisa, para quem é tipo apaixonado pela coisa e só quer saber mais e mais sobre aquilo. Eu nem sequer entrei na minha primeira opção, e, mesmo que isto tenha o seu quê de interessante, acho que seria preciso um milagre ou fazer um estágio do qual venha a gostar mesmo, mesmo, meeeesmo muito para depois dizer Sim! Eu adoro isto e quero adquirir todos os conhecimentos que puder sobre isto!.
Não estou interessada num mestrado por um motivo muito simples: estou f-a-r-t-a de estudar. Já lá vão muitos anos nisto, e acho que já chega. Quero poder ser independente e passar algum tempo de qualidade sem pensar que tenho que estudar ou fazer um trabalho, ao invés de ver o tempo a passar e ver-me sem nada meu - sem dinheiro meu e sem uma casa minha, por exemplo. Sempre considerei que os vintes fossem uma espécie de auge na vida humana, e desperdiçar este auge com a universidade parece-me terrivelmente errado.
Não me parece que tudo isto seja difícil de entender, mas ninguém percebe. Para além do argumento do Mas são só mais dois anos a estudar, a minha mãe ainda acha que eu não quero fazer o mestrado para poder acabar a licenciatura ao mesmo tempo que o meu namorado acaba o seu mestrado. Quando, na verdade, isto nem sequer se coloca. Quer dizer, nós até já estamos habituados a estar longe um do outro durante os tempos de aulas... E, quando lhe digo que não é nada disso, ela, simplesmente, não acredita em mim. Vai-se lá perceber porquê, a minha mãe não acredita no que lhe digo. Eu percebo que ela esteja a fazer o seu papel de me tentar orientar e dizer o que é melhor, mas, às vezes, o melhor para uma pessoa não é aquilo que seria melhor para as outras.

19/05/2014

Facto #16


Gosto de me perder pelo YouTube à procura de novas bandas. 
De não seguir as "tendências" musicais. 
De ouvir bandas que pouca gente - em Portugal, pelo menos - conhece.
De encontrar uma banda que está a dar os primeiros passos e acompanhar o seu crescimento ao longo do tempo. 

16/05/2014

Do bom tempo


Até há bem pouco tempo atrás, adorava aproveitar os primeiros dias de bom tempo para dar um saltinho à praia, estirar-me na areia e deixar o sol fazer o seu trabalho de me roubar a brancura da pele e substituí-la por um tom moreno bonito, enquanto um livro ou o mp3 me faziam companhia naqueles minutos de calor. Até há bem pouco tempo atrás - e até no Verão passado falei disto -, gostava de ir passar férias a um lugar com óptimas praias, sem fazer nada o dia todo, a não ser ficar deitada, a ler ou a ouvir música, refrescar-me na água e fartar-me de comer coisas boas, sem pensar em absolutamente nada para além do facto de Isto é que é boa vida.
E o que acontece agora?
O bom tempo está aqui, mas nem tenho vontade de ir à praia, nem mesmo olhando para fotografias - que só servem para fazer inveja aos outros - que alguém possa publicar no Facebook. O facto de esta ser longe da minha casa e de me obrigar a apanhar o autocarro tira logo parte da minha vontade, confesso, assim como a bendita depilação que tenho que ser obrigada a fazer caso queira andar à fresca - estúpida sociedade, que quis que as mulheres fossem completamente "limpinhas". E sinto o sol a queimar-me nas costas quando ando na rua, coisa que não é nada agradável de se sentir durante cinco minutos, quanto mais numa hora passada a torrar e a suar numa toalha de praia.
Contudo, o bom tempo deixa-me feliz. Já disse milhentas vezes que detesto chuva e que acordar e ver o céu limpo dá-me logo outro ânimo; deixa-me com mais energia e torna bastante agradável a minha caminhada diária de casa para a faculdade e da faculdade para casa. Para além disto, sabe-me muitíssimo bem andar com as roupas de Verão, que adoro - e isto pode parecer uma tremenda futilidade, mas, bem, não tenho culpa de preferir a roupa de Verão à de Inverno e de gostar de andar sem casacos e com os pés frescos, por exemplo, ao invés de pensar que devia vestir mais qualquer coisa e/ou levar um cachecol atrás de mim por poder ficar um frio de rachar. Em vez de praias e de uma ou duas horas inertes a levar com sol, o que me tem realmente apetecido é ficar na esplanada. De facto, a melhor parte do meu dia de hoje foi ir até à esplanada comer um gelado e ficar a ler um pouco. O Porto trouxe-me - entre outras coisas - uma estranha e agradável paixão por esplanadas.
E o que acontece quanto às férias?
Passei a preferir passar uns dias em lugares que não tenham somente praias, ou mesmo que não tenham praias de todo. Passear por ruas, ver monumentos, tirar centenas de fotografias e conhecer novos lugares - e, entretanto, passar um tempinho numa esplanada, já agora - começou a tornar-se bem mais interessante do que umas férias passadas inteiramente a fazer o trajecto água-toalha-comida vezes sem conta, mesmo que, no final dos dias, tenha os pés feitos num oito. Foi por isso que torci um pouco o nariz quando a minha mãe me disse que estava a pensar em irmos passar uns dias às Canárias. Mas pronto, relaxar também sabe bem, e há que deixar a nossa pele sintetizar a vitamina D que não conseguimos obter tão bem durante o resto do ano.
Todas estas palavras para dizer algo tão simples como: acho que estou a ficar farta de praias. Pudera, não é...quem vive numa ilha tem dezenas de praias ao seu alcance, e é basicamente a elas que o Verão se resume. Mas, bem, talvez esteja a exagerar um pouco por ainda não me encontrar de férias e tal, porque, quando estiver, e quando regressar a casa, talvez o caso mude de figura. Talvez.
Ou estarei a ficar velha? É que nem me digam isso... 

15/05/2014

Em modo repeat #18


Os Epica regressaram em grande.
Tive a sensação de que lançariam um bom álbum assim que ouvi este single pela primeira vez...no qual a voz da Simone, no refrão, me deixou toda, toda arrepiada.

14/05/2014

Última oportunidade

Esta semana que passou, dei a última oportunidade a uma pessoa que ainda não parou de me desiludir. E, mesmo assim, só entrei em contacto com a dita pessoa porque uma terceira pessoa teve a ideia de nos encontrarmos as três.
As mensagens via Facebook têm a grande vantagem de nos permitir saber se foram, ou não, vistas. O que acontece com a pessoa em questão é que vê as mensagens, mas não dá resposta. Sim, não diz absolutamente nada. Nem diz que não quer encontrar-se connosco, nem tão-pouco inventa uma desculpa para se safar - fica, simplesmente, calada. E eu prefiro levar um não do que não receber resposta nenhuma. Não dizer nada fica foleiro, no mínimo. Mas eu já não quero saber. Quando olho para o histórico das nossas "conversas", tudo o que vejo são desculpas ou perguntas minhas sem resposta. Por isso, fartei-me. Foi a última vez que lhe propus qualquer coisa. Nunca mais volto a fazer a mesma figura de parva. Sim, porque eu passei mesmo por parva.
Há pessoas que não valem mesmo a pena. Na verdade, já tinha perdido o interesse em reatar a amizade assim que percebi que a rapariga começou a tornar-se toda saída da casca. Por isso, o pouco contacto que continuaremos a manter resumir-se-á a trocas de likes e de comentários. Que se lixe. Não preciso de pessoas tão falsas, que dizem que nunca nos vêem e que nos dão abraços por motivos que eu ainda estou para entender. Só trazem má energia, que é a última coisa de que preciso, especialmente agora.

12/05/2014

Desabafos universitários


Esta semana que passou, tal como acontece todos os anos por esta altura, a minha página inicial do Facebook encheu-se de fotografias de pessoas trajadas, que exibiam, orgulhosamente e com grandes sorrisos, as cores do seu curso. Em muitas das fotografias, constavam duas ou mais pessoas, e estas eram acompanhadas por descrições e por comentários em que diziam o quanto gostavam umas das outras. E não esqueçamos os corações que vinham depois de cada frase.
Olhar para as fotos deixou-me um bocado...nem sei qual a palavra certa. A verdade é que me fizeram pensar em como também gostava de estar orgulhosa do lugar onde estou e de tudo o que já alcancei. Também gostava de falar acerca do meu curso com satisfação e de mostrar as suas cores. Mas lá está...isto não me move, tal como não me move desde o primeiro ano. Porque, quer dizer, é só um curso. Ainda estou para perceber como é que se gosta ou como é que se tem orgulho num. Acho que ninguém dizia que tinha orgulho em estar numa determinada escola a ter determinadas disciplinas, por exemplo. E a universidade, para mim, não é mais do que uma continuação da escola.
Mas depois penso...não me parece que o orgulho e a felicidade venham do curso em si, mas sim do facto de as pessoas se sentirem bem nele. Sentirem-se como se tivessem encontrado o seu lugar, o lugar onde realmente pertencem. E não acho que é um curso ou uma instituição que oferece esta sensação, da qual andamos à procura durante tantos anos. São as pessoas; as pessoas que se conhecem e que se transformam nas companheiras de uma nova jornada.
Pelo menos, é o que eu acho.
E deve ser por isso que ainda não encontrei a maravilhosa sensação de estar no lugar onde pertenço. Vou sair da faculdade sem amigos, mas já me habituei à ideia. Já não me ralo. Tenho colegas com quem me dou melhor, mas não os considero amigos. Pudera...o único espaço que partilhamos é a faculdade, e a maioria das conversas que temos são sobre a faculdade. Assim que as aulas acabam, fogem para casa. Quando não temos aulas, refugiam-se na terrinha. E pronto.
Quando penso nisto, lembro-me, inevitavelmente, do curso que frequentei (por um curtíssimo período de tempo) antes deste. De como éramos mais unidos e de como passávamos mais tempo juntos fora do edifício de aulas, a fazer outras coisas que não trabalhos de grupo. Mesmo assim, não me senti integrada, talvez por vir a precisar de mais tempo. Vi algumas fotografias destas pessoas, e pensei no que poderia ter acontecido se me mantivesse com elas. Bem, no fundo, acho que sei o que teria acontecido: ver-me-ia grega para estudar, chumbava e chumbava e desesperava e ficava com uma vontade enorme de explodir com todos os laboratórios do mundo. E talvez continuasse desintegrada.
Mas, enfim, já não me importo. Já estou naquela de acabar o curso sem me preocupar com o resto. Preferia que as coisas fossem diferentes, principalmente porque quase toda a gente diz que os tempos da faculdade são os melhores. Mas fico sempre a achar que o melhor ainda deve estar para vir. Ainda vou continuar à procura do meu lugar. 

01/05/2014

Pseudo-dilema

Tal como disse há dois posts atrás, não tenho estudado nada. Apenas tenho feito uns resumos da matéria, e mesmo assim. Na próxima semana, não tenho aulas, pelo que podia estudar um pouco - o calendário de exames ainda não saiu, mas não seria má ideia começar a estudar aos pouquinhos, ao invés de ficar completamente stressada no início de Junho. Sim, pois podia...se não tivesse outras coisas para fazer.
Alguns dos que me lêem sabem que gostava mesmo de participar no concurso literário que a editora Saída de Emergência está a promover, e cujo prazo de entrega dos manuscritos termina em Julho. Tenho aproveitado as minhas manhãs livres não para estudar ou fazer algo relacionado com a faculdade, mas para escrever. E se, na próxima semana, inverter estes papéis - ou seja, aproveitar as manhãs para estudar em vez de para escrever -, não sei se terei o livro pronto a tempo, a não ser que me comprometa a escrever à noite. Pelo contrário, se passar o tempo a escrever em vez de a estudar, não sei se não ficarei lixada.
Qualquer pessoa diria que os estudos estão primeiro, e que, se não conseguir participar no concurso, pois paciência. Mas não falta muito para terminar o livro, pelo que, nesta altura do campeonato, gostava mesmo de o acabar. Quer dizer, já me dediquei tanto a isto nos últimos meses, que deixá-lo de lado assim de repente só por causa da faculdade parece-me muito injusto. Sei que tenho pouca probabilidade de ganhar, especialmente tendo em conta que podem participar pessoas não só de Portugal, como também do Brasil, e mesmo tendo a péssima sensação de não estar a escrever bem aquilo que procuram...mas gostava, ao menos, de tentar, ainda para mais sabendo que não falta muito para o acabar. É por saber que não me falta assim tanto, que não me vou perdoar caso não participe. Eu sei, podem haver outros concursos...mas, se há editora a partir da qual gostava de vir a publicar um livro, essa editora é a Saída de Emergência.
Escrever dá mais trabalho do que parece, e é por isso que gosto de criar hábitos de escrita e que gosto que me dêem prazos para cumprir. Se não existisse nenhuma destas coisas, nunca me empenharia tanto. Estaria desleixada, escrevendo somente quando me apatecesse ou quando sentisse saudades ou inspiração, e nunca o meu manuscrito se encontraria no ponto em que se encontra hoje. Apesar de já ter toda a história na minha cabeça, passá-la para palavras não é tão fácil assim. Requer tempo. Tempo para escrever, para reler tudo, para corrigir eventuais erros e/ou modificar algumas cenas. Gostava ainda de pedir a alguém que o lesse, mas isto é sempre uma missão impossível no meu caso, pois toda a gente parece ter falta de tempo e paciência para coisas como esta, para além de não perceberem a importância que isto tem para mim. Mas, caso consiga dá-lo a alguém, tenho, ainda, que acrescentar o tempo para considerar as suas críticas e sugestões.
Eu podia perfeitamente pôr este concurso de parte e esperar que outras oportunidades surgissem, mas recuso-me a fazê-lo. Assim como podia contactar editoras pequeninas, cujos livros só se encontram à venda online e que me obrigariam a gastar dinheiro numa eventual publicação, mas isto não me agrada. Quando digo que quero publicar um livro, não é apenas para que toda a gente saiba que existe um livro com o meu nome na capa. Não é para ser mais um livro entre milhões. Quero que o leiam e que falem sobre ele. Quero passar por uma livraria e sentir-me orgulhosa ao vê-lo lá exposto e ao ver que pegam nele. Quero dar cartas neste campo, que as pessoas saibam quem eu sou. Sei que isto é pedir demais. Mas, se é para ser, que seja mesmo a sério.
Por isso, nas próximas semanas, terei que me desdobrar da melhor maneira. Se bem que ainda não descobri qual será a melhor maneira...