24/12/2014

Perguntinhas #11 - A Very Bloggy Christmas

Regras:
1. Agradecer ao blog que te nomeou 
2. Responder às 12 perguntas 
3. Nomear 12 blogs para responderem à TAG


Obrigada à Violet do blog How Many Special People Change? por se ter lembrado de mim!


19/12/2014

O penúltimo semestre


Hoje tive a minha última aula. Não digo que tenha sido a última aula da minha vida, porque não sei o que o futuro me reserva. Mas foi a última aula do curso, e a última aula que tive nesta faculdade, na qual entrei pela primeira vez há quatro anos, num dia de Verão anormalmente fresco e cinzento que parece ter sido ontem. Não deixa de ser uma sensação estranha, isto de saber que não vou ter mais aulas depois de tantos anos de vida a fazer precisamente isto: ter aulas. Estranha, mas boa.
Este foi, portanto, o último semestre de aulas que tive - o próximo é estágio, apenas -, e devo dizer que foi o semestre em que tudo foi mais fácil. Não falo em termos de cadeiras, como é evidente. Tive trabalhos que me ocuparam tempo e que me encheram de stresses - nenhum deles foi fácil - e tenho imensa matéria para ver para os exames, parte dela complicada, outra parte dela mais acessível e uma última parte demasiado abstracta para o meu gosto. Em termos de cadeiras, não foi propriamente fácil e continuará a não ser, mas tenho conseguido organizar-me razoavelmente bem e, de qualquer das formas, estou minimamente confiante em relação aos exames, já que passar nos ditos cujos é uma questão de estudo e de força de vontade.
Foi o semestre mais fácil por ter sido aquele em que, finalmente, levei tudo na desportiva do princípio ao fim e em que me deixei embalar pela rotina. Graças a isto, tive o primeiro semestre em quatro anos em que nunca chorei por qualquer motivo, em que nunca pensei que teria um mau e infeliz futuro por não estar onde realmente queria, em que não pensei em desistir de tudo, em que não morri de saudades de casa. Foi o semestre em que ganhei o hábito de acordar bem mais cedo do que o normal e de não me queixar de ter que o fazer, acabando mesmo por preferir sair de casa bem cedo para ir estudar para a biblioteca, em vez de apenas sair pela hora do almoço - principalmente porque sair bem cedo faz com que não comece a ficar cheia de calor pelo caminho. E o semestre em que ganhei algo próximo a uma amizade, o que vai fazer com que o facto de me ir embora custe ainda mais, tenho a certeza. A parte má no meio disto é que foi preciso chegar ao último ano para conseguir ganhar este algo próximo a uma amizade. Talvez tenha sido por isso que este foi também o semestre em que me senti menos sozinha.
Tomara que todos os meus semestres tivessem sido assim, tão fáceis. Teria encarado a faculdade de uma perspectiva bem diferente.
Tão depressa passou este semestre, que hoje já é dia de voltar a casa. É a primeira vez que regresso a casa tão perto do Natal. Uma pessoa anda tão atarefada com os estudos e tudo o mais, que nem tem um tempinho para relaxar e absorver algum espírito natalício antes do dia chegar. É precisamente por isso que mal consigo acreditar que o Natal está mesmo à porta. Mesmo quando vejo anúncios ou decorações de Natal, tenho tendência a pensar que o dia ainda está longe. Por causa dos estudos, de ter sempre coisas para fazer e de não estar numa casa decorada a rigor, nem parece que é Natal. Daí não estar propriamente empolgada com o regresso, mas antes cansada.
Contudo, sei que isto muda sempre que volto a casa, de tal forma que, depois, não me quero ir embora. Mesmo que o espírito natalício não chegue em pleno, não há nada como estar em casa. 

15/12/2014

A espera terminou

Tive logo um mau pressentimento quando vi que o Prémio Bang! incluiria participações do Brasil. O vencedor foi um brasileiro, como seria de esperar. No entanto, não posso deixar de me considerar uma vencedora. Quando soube do concurso, a minha história ainda nem ia a meio. Tive que me organizar da melhor forma possível; tive, pela primeira vez desde que me lembro, de criar horários para escrever e de escrever sempre qualquer coisa nesses horários, mesmo quando não tinha grande vontade e quando não me sentia nada inspirada; dediquei-me e esforcei-me como nunca, e tive força de vontade suficiente para levar a coisa até ao fim, mesmo quando surgiam outras coisas pelo caminho. Tudo isto para acabar um manuscrito em tempo recorde, que ainda teve a oportunidade de ser lido e comentado por alguém a quem volto a agradecer imenso e cujas sugestões só me permitiram melhorá-lo. Por tudo isto, sim, considero-me uma vencedora. E talvez o melhor seja saber que nada disto foi em vão. Decerto haverão mais concursos, existem muitas editoras para chatear por causa deste meu pequenino, existe a hipótese dos e-books. Não há motivo para desistir. Nunca houve. E é por isso que continuarei sempre a escrever com a mesma dedicação e com o mesmo gosto.

12/12/2014

Desafio #17

Regras: 
- colocar a playlist em aleatório (usei o Windows Media Player, embora se possa usar a do telemóvel, mp3 ou o que se quiser)
- ver as cinco músicas que calham
- falar um pouco sobre as mesmas: onde as conhecemos, que significado têm para nós, há quanto tempo não as ouvíamos, e tudo mais que se queira acrescentar.

Conheço Amaranthe desde os seus primórdios. Foi o meu namorado que os descobriu e mos "apresentou" - e nem sequer gosta deles, curiosamente -, na altura em que quase ninguém os conhecia e em que tinham apenas uma demo com cinco músicas. Bastou-me ouvir duas delas para ficar rendida. Gosto imenso de músicas a duas vozes, e as músicas dos Amaranthe não são só a duas vozes, mas sim a três: uma voz feminina, uma voz masculina e uma voz gutural. Para além disso, o seu som era algo muito diferente daquilo que já tinha ouvido até então. Nem sei bem como classificá-lo. É singular, e nota-se uma certa influência da música electrónica (que eu detesto, mas, combinada com metal, é sempre outra coisa). No entanto, a banda peca muito no facto de muitas das suas canções serem muito semelhantes umas às outras.
Em relação a esta música em específico, faz parte do álbum mais recente deles, que saiu este ano, há relativamente pouco tempo. Foi, por isso, há muito pouco tempo que ouvi esta música pela primeira vez. Não foi a minha preferida do álbum; aliás, nem a achei grande coisa. 

Eluveitie é outra das bandas cujo som considero único. Conheci-os através do YouTube, numa noite em que me entretive a procurar por bandas novas (não no verdadeiro sentido da palavra; quando digo "novas", refiro-me a bandas que não conhecia). O vídeo da sua canção Inis Mona surgiu nas sugestões enquanto assistia a um outro vídeo qualquer, e decidi lá clicar apenas por achar que a banda tinha um nome engraçado e fora do vulgar. Os segundos iniciais deixaram-me apanhadinha. Porque eles usam tantos instrumentos diferentes que, à partida, não combinam nada bem uns com os outros, mas que, no fim, resultam em misturas fenomenais, que eu adoro. Mas acredito que não seja do agrado de muita gente, e isto por causa dos vocais.
Omnos é uma das minhas músicas preferidas deles e, curiosamente, das primeiras que conheci, nessa mesma noite em que os descobri. A música é em gaulês - yup, a sério -, mas já a li traduzida e achei a letra mesmo gira - algo que valorizo muito nesta banda são as letras, pois é notório o trabalho que têm com cada uma -: fala sobre uma rapariga que encontra um lobo na floresta, o que me levou logo a pensar no Capuchinho Vermelho e no lobo... Mas, mesmo antes de ter lido a tradução, aquilo que me vinha à mente quando ouvia esta música - e quando ouço outras deles - eram florestas, seres mágicos que nelas poderiam viver e viagens por um mundo imaginário. Porque o som de Eluveitie é épico e folk, remetendo-nos logo para elementos da fantasia de que eu tanto gosto.

Quando me calhou esta música, pensei logo: Mas por que é que não me calhou uma música do primeiro ou do segundo álbum?. Porque estes dois são os meus preferidos desta banda; aliás, Sirenia, para mim, significa, precisamente, o som dos dois primeiros álbuns. A vocalista actual veio destrambelhar tudo: não só tem uma voz irritante, como também considero que se perdeu toda a magia que existia no início.
Já estive para eliminar o álbum em que esta música se encontra, mas nunca mais me lembrei de o fazer. Se o tivesse feito, já não me teria calhado esta música. Mas, enfim, agora lá terei que falar sobre ela. E a única coisa que me apraz dizer é: não gosto. Não gosto deste álbum. E vou eliminá-lo já!
Conheci Sirenia graças a um fórum em que andei, já há uns anos. Foram, precisamente, as músicas mais antigas que me cativaram. Mas, de qualquer forma, ainda ouvi aquelas que tinham lançado na altura, e ouvi este álbum, esta desilusão em que se encontra a Winter Land, porque, enfim, quando sigo uma banda, gosto de ouvir os seus trabalhos. Contudo, Sirenia morreu para mim com este álbum - nem ouvi ainda o mais recente deles, e nem sei se vou ouvir. Fico-me pelas músicas antigas.

Outra banda que conheci graças ao dito fórum. Ou será que foi através do YouTube? Sinceramente, já nem sei. Já foi há muito tempo.
Conheci a música porque, tal como Sirenia, comecei a seguir o trabalho deles, por gostar do que tinha ouvido até então. Lançaram o Dark Adrenaline, e eu, claro, ouvi-o e lá estava a End of Time. Já não a ouvia há algum tempo, por acaso. Foi um daqueles álbuns que, basicamente, entrou por um ouvido e saiu pelo outro, pelo que ouvi-o do início ao fim pouquíssimas vezes. Aliás, já há muito tempo que não ouço Lacuna Coil. Confesso que foi uma banda que não me despertou a atenção logo no primeiro instante. Não têm músicas "fáceis de gostar", a meu ver, e só fiquei realmente interessada neles por causa de uma música ou outra. Há muitas que me passam ao lado, e muitas das quais já me cansei. Embora façam músicas a duas vozes - que combinam muito bem juntas -, o certo é que nunca mais ouvi nada deles. Acho que perdi um pouco o interesse.

Paramore é uma das minhas bandas do coração, definitivamente. É daquelas que tenho mesmo que ver ao vivo, custe o que custar, pois foi das primeiras que adorei, na altura em que a música começou a tornar-se importante para mim e parte do meu dia-a-dia, tinha eu uns quinze anos. 
(Sim, antes disso, praticamente não ouvia música e não seguia bandas nenhumas)
No entanto, Turn It Off é uma daquelas músicas que me passam ao lado. Muitas músicas deles marcaram-me; muitas delas eu adoro. Mas esta é daquelas que eu nem me lembrava que existia. Já nem sei quando foi a última vez que a ouvi.
Conheci-a quando ouvi o álbum em que se encontra, Brand New Eyes. Mas é uma das músicas do álbum às quais, lá está, não prestei grande atenção. Há músicas bem melhores neste álbum. Mesmo agora que a ouvi, não consigo pô-la no mesmo patamar que outras que nele se encontram. Definitivamente, não é das melhores, na minha opinião.

Peço desculpa pelos testamentos, mas entusiasmei-me. Talvez volte a fazer este desafio noutra altura, para ver se me calham outras músicas, eheh.

Desafio retirado do blog Brisa Passageira

10/12/2014

Facto #25

Ver um céu completamente limpo consegue logo alegrar o meu dia e deixar-me com outra disposição. Principalmente nesta altura do Outono/Inverno, estações normalmente tristes por causa dos dias com poucas horas de luz solar e das chuvas e dos temporais que costumam surgir. Porque, na verdade, o sol e o frio são duas coisas que se complementam mesmo bem. Só o simples facto de não estar a chover, de não estar um ventinho desagradável e de ver um céu limpo, azul e bonito faz com que as minhas caminhadas entre a faculdade e o apartamento - ou entre quaisquer outras coisas - sejam totalmente agradáveis, feitas sem pressa e sem aquela sensação de obrigação. E melhores se tornam quando são acompanhadas pelas canções que o meu velho e inseparável companheiro - a.k.a. mp3 - faz questão de que ouça. Nestas condições, muitas das vezes apetece-me prolongar a caminhada por mais algum tempo.

08/12/2014

Quando as férias de Natal ainda eram férias

Há alguns anos atrás - já nem me lembro da última vez que isto aconteceu, para verem há quanto tempo deve ter sido -, uns amigos da família costumavam emprestar-me uma Mega Drive durante as férias de Natal. A meu pedido e da minha irmã, claro, mas sempre nas férias de Natal, não noutras; talvez por estas serem aquelas férias mais "confortáveis", em que só queremos estar no quentinho da casa e com as luzes da árvore de Natal a piscar ao nosso lado. Sempre estiveram associadas aos jogos, as minhas férias de Natal. 
Com a consola, vinham vários jogos giros. O meu preferido era o Sonic. Ficava vidrada naquilo durante horas. Especialmente porque, na altura, não havia hipótese de gravar o jogo, o que significava que, se quiséssemos chegar ao fim, tínhamos que jogar tudo no mesmo dia, ou todo o progresso iria perder-se assim que se desligasse a consola. Só uma vez ou outra devo ter chegado ao fim, e foram vezes em que, de facto, joguei tudo "de enfiada". Fosse como fosse, até nem me importava de começar tudo do início, já que gostava tanto.
Não me perguntem porquê, mas, hoje, bateram as saudades. Acho que vou pedir ao meu namorado que me arranje o Sonic Mega Collection Plus para a minha PlayStation.

06/12/2014

Coisas que não me importava de receber este Natal

Como disse há uns posts atrás, não há nada que ambicione para este Natal. Não ando numa de Quero taaanto ter determinada coisa. Mas existem, de facto, coisas que não me importava de receber se mas dessem.

05/12/2014

Fim-de-semana prolongado

Depois de uma semana inteira - à excepção de um dia - a acordar às seis e meia, este fim-de-semana prolongado vem mesmo a calhar para pôr o sono em dia. Detesto acordar tarde, pelo que não tenciono ficar deitada o dia todo, e acordar pelas nove e meia já me vai saber pela vida. Já vi que vários dos meus contactos do Facebook aproveitaram o fim-de-semana para ir viajar para qualquer lado, enquanto eu vou continuar por aqui, como sempre. Se não tivesse ido a Lisboa no fim-de-semana passado, teria ido neste. Portanto, o concerto dos Epica devia ser este fim-de-semana, em vez de ter sido no anterior. Teria calhado mesmo bem, já que o fim-de-semana passado soube mesmo a pouco. Enfim. De qualquer forma, tenho coisas para fazer, como não podia deixar de ser. Mas, tirando isso, vai saber mesmo bem dormir mais umas horinhas e não ter que pensar em deitar-me cedo para acordar bem cedo no dia seguinte. Finalmente vou poder enroscar-me a ver alguns dos filmes que para aqui tenho ou ficar a escrever qualquer coisa sem me importar com a hora que é. Devo, também, ir até algum café estudar um pouco e ir até à baixa, ver como estão os Aliados este ano. Três dias sozinha, ao contrário da grande maioria das pessoas, mas que me parece que vão ser bons. Só pelo facto de não ter que acordar às seis e meia, já vão ser bons. Só não queria que fizesse tanto frio como hoje, em que só consegui andar na rua se estivesse com as minhas luvas e com um cachecol bem quente. E os meus pés já estão a gelar, como sempre.

04/12/2014

A espera

É já este mês que é anunciado o vencedor do Prémio Bang!, mas o mais frustrante nesta espera toda é não ter sequer a garantia de estar, de facto, inscrita no concurso e não saber se continuo em competição ou se, pelo contrário, já fui desclassificada há séculos. Os sacaninhas da editora não dizem o que quer que seja a ninguém - há mais gente a desesperar, e falam sobre isso na página de Facebook deles, mas nunca obtêm qualquer resposta.
É claro que tenho a noção de ter enviado a minha participação antes da data limite, mas acho que o mínimo que podiam ter feito era enviar um e-mail automático a confirmar a participação. Mas não o fizeram, e é por isso que às vezes começo a pensar se o meu manuscrito terá sido, de facto, enviado, ou se, pelo contrário, terá havido um problema qualquer no sistema e o mesmo tenha ficado pelo caminho. Nunca saberei. Da mesma forma, não sei se não terei sido desclassificada; a única coisa que disseram foi que alguns concorrentes já tinham sido, mas não anunciaram quais. Acho, no entanto, que isto é altamente improvável, uma vez que o manuscrito estava dentro do género que pretendiam e que cumpria o mínimo de duzentas páginas. A única coisa que "contornei" foi a sinopse, em que escrevi quatro páginas e, só depois de ter enviado tudo, é que fui ver umas FAQs que tinham publicado no dia anterior a dizer que bastava ter duas páginas no máximo. Mas creio que isto seria um motivo estúpido para desclassificar alguém. Provavelmente, muita gente também enviou sinopses com mais de duas páginas... E espero mesmo que não tenham descartado grande parte dos manuscritos por causa das sinopses. Espero bem que os tenham lido todos, na íntegra. Isto porque acho a minha sinopse muito fraca ao lado da história toda. Pudera, foi horrível de se escrever.
Não estou propriamente com esperanças, não só por causa destas incertezas, mas também porque há muita competição. Claro que me tornaria na pessoa mais feliz à face da Terra se ganhasse, mas duvido muito que isto aconteça. E não é por não ter ficado feliz com o meu trabalho, porque fiquei. É só porque há muita competição. Entre quase quinhentos manuscritos, devem estar uns quantos melhores do que o meu. E alguns piores também, mas não é isto que interessa.
Tenho, entretanto, escrito a continuação deste manuscrito que enviei, mas está a avançar tão, mas tão lentamente, que até dá dó. Como não tenho um prazo para terminá-lo, deixo-o arrastar-se. E, de cada vez que abro o documento para escrever qualquer coisa, é como se as palavras tivessem que ser arrancadas a ferros, e, à medida que escrevo, tenho, por vezes, a sensação de que aquilo não está suficientemente bom. Só quando tenho o computador desligado e quando não tenho possibilidade de perder horas a escrever, como gostaria, é que surge uma onda de inspiração súbita em que as palavras, os diálogos e as cenas fluem livre e naturalmente.

02/12/2014

Preguiça

No início deste ano lectivo, tinha decidido fazer alguns exercícios de tonificação em casa, já que não faço desporto há uns anos e, embora isto não seja propriamente um desporto, sempre fazia qualquer coisinha para além de andar a pé por necessidade. E tudo correu bem nas primeiras semanas. De algumas semanas para cá, esqueci-me completamente do raio dos exercícios. Às vezes, até me lembrava deles, mas não tinha a mínima paciência de os fazer. Portanto, já não os faço há muito tempo. A única coisa que faço - aliás, a única coisa que tenho feito ao longo destes anos de faculdade - é, realmente, andar a pé por necessidade. Tenho sempre que andar muito aqui, de todas as vezes que quero ir a algum lado. E isto habituou-me a andar muito e a não me importar de percorrer grandes distâncias. Antes de vir para a faculdade, não andava praticamente nada. Aliás, de todas as vezes que volto para casa, não ando praticamente nada. E sinto-me um bocado mal por causa disso. Quer dizer, nem tanto, porque sei que, assim que voltar à cidade académica, volto às minhas "caminhadas". No entanto, quando me for embora daqui, estou a ver que mal me vou mexer. Isto porque não tenho que fazer o trajecto entre casa e faculdade e vice-versa, porque não tenho que ir a pé às compras, porque não ando depois de comer...enfim.
Sinto falta de me mexer, por vezes. De me mexer a sério. Da natação, mais propriamente. Mas aqui não tenho tempo para me meter num desporto mais "à séria", para além de que já gasto dinheiro que chegue por estudar fora. Daí ter optado por fazer exercícios em casa. Mas a verdade é que fazê-los em casa é um bocado secante, para além de que há coisas que prefiro estar a fazer em casa do que uns exercícios parvos cujos resultados só serão visíveis dali a muuuito tempo - é um tipo de exercícios que não puxa muito por mim, em comparação com a natação, que, enfim, é muito mais completa e deixa-me muito mais exausta. E, claro, a preguiça vence sempre. Porque, lá está, são exercícios nada chamativos.
Quando voltar para casa de vez, também não vou ter vontade nenhuma para este tipo de coisa. Verdade seja dita, nunca gostei de me mexer. O único desporto de que gostava era de natação, por isso, qualquer coisa que não seja isto - ou andar a pé, nas calmas - é para esquecer. Mas sinto falta. Já não consigo estar parada, pois começo a sentir-me mal comigo mesma e a pensar que vou ficar com um corpo "mole" e que vou começar a engordar se não tiver cuidado. Por isso, gostava de mudar isto, já que sei que, em casa, mal me mexo. E o que eu gostava mesmo era de poder ir à piscina de vez em quando lá na minha terra; só não sei se vai ser possível. Tenho mesmo saudades, e seria óptimo para tirar o provável stress que o estágio e a escrita da tese me vão dar. Até basta-me ouvir a palavra cloro para ficar toda nostálgica. É como se conseguisse sentir o cheiro do cloro, aquele cheiro característico que enchia o ar do espaço onde ficava a piscina. Sim, eu gostava do cheiro a cloro, pois significava que ia entrar na água, dar umas braçadas e relaxar um bocado. Até o cansaço depois de um treino sabia bem. Credo, já nem sei o que é isso. Tenho mesmo que fazer qualquer coisa.

01/12/2014

Coisas boas do mês #11

Novembro foi um bom mês. Um mês equilibrado, com estudos, trabalhos e stresses q.b. intercalados com momentos de descanso e de quebra da rotina. Soube bem enrolar-me numa manta enquanto lia o maravilhoso livro que é O voo do corvo ou enquanto via os episódios de Grey's Anatomy; soube bem o ambiente quantinho e acolhedor dos cafés, mesmo que por pouco tempo; soube bem ter voltado ao "vício" dos chás; soube bem ter escrito mais um pouco, embora não tenha sido tanto quanto queria; soube bem ver as árvores com as suas folhas coloridas, as decorações natalícias e as luzes. Novembro foi um mês de reencontros e de matar saudades, e um mês de dois concertos fantásticos: dos Brit Floyd e dos Epica.
Agora, com a chegada de Dezembro, já está na altura de começar a típica contagem decrescente até ao regresso a casa.

25/11/2014

As semanas de doidos continuam...

O final do semestre é sempre aquela altura em que há diversos trabalhos para entregar - e, alguns deles, ainda para fazer - e exames para preparar. O calendário já saiu, e, desta vez, é bastante decente: são três semanas, cada uma com dois exames, sendo um deles sempre no início da semana e o outro no fim. Até as cadeiras estão bem distribuídas; quer dizer, foi preciso chegar ao último ano para, finalmente, ter um calendário de exames decente. Em contrapartida, a minha secretária nunca esteve tão cheia de folhas e tão desarrumada. Hoje, já tive que gastar mais dinheiro em fotocópias, se bem que acho que poupei bastante em ter ido a um centro de cópias mais barato que umas colegas descobriram. A tarde livre foi passada à volta do estudo, e o fim-de-semana que passou foi um bocado desgastante também por causa disso, por ter ido estudar com uma colega durante a tarde dos dois dias. O dia de amanhã também irá pelo mesmo caminho, já que só tenho uma aula a seguir ao almoço. Devo ir para a biblioteca; é sempre melhor do que estar em casa com os pés e mãos gelados.
Acho que me estou a organizar razoavelmente bem, e isto aliado ao facto de ter três semanas de exames deve permitir-me relaxar um pouco nas "férias" de Natal. No ano passado, a época de exames teve apenas duas semanas, o que tornou as minhas semanas em casa nas piores de sempre. Foi um autêntico inferno, e espero que, este ano, consiga estar mais livre.
Até lá, há que ir aproveitando o tempo para avançar o máximo que puder e, claro, fazer os trabalhos todos que ainda tenho pela frente, cujas datas de entrega são umas atrás das outras. Só que, enfim, tenho andado cheia de vontade para escrever - estive a fazê-lo há uns dias, e deixei o documento do livro aberto, pelo que, sempre que venho ao computador, lá está ele a chamar por mim, mas a ser sistematicamente ignorado -, mas estou mesmo a ver que isto vai ter que esperar, até porque há dias em que fico tão cansada de estudar, que nem me apetece pensar, ou mesmo ligar o computador.
Nem para cá vir tenho tido grande vontade, e a minha actividade por estas bandas continuará reduzida nos próximos dias. Não só por causa dos estudos. Daqui a pouco tempo, sigo para a capital, coisa que pode parecer uma maluquice nesta altura do campeonato, mas tenho andado a organizar-me precisamente para não stressar demasiado enquanto aqui não estiver. É sempre óptima aquela sensação de chegar à Campanhã, meter-me no comboio e poder dar-me ao luxo de esquecer todos os problemas e stresses que a faculdade acarreta. Depois de um fim-de-semana desgastante, acho que mereço algum descanso. Embora tenha um trabalho para entregar - está quase feito -, ainda tenho algumas saudades por matar.

20/11/2014

Presentes...

Gosto sempre de entrar num centro comercial e vê-lo todo decorado para o Natal. Fica tão adorável e deixa-me toda contente por chegar à conclusão de que não falta muito para regressar a casa. E regressar pela altura do Natal tem sempre outro sabor. É a altura em que me dá mais vontade de voltar.
No outro dia, enquanto a minha mãe esteve cá, lá fiquei eu toda contente ao ver as decorações natalícias do centro comercial a que fomos. Mas foi algo passageiro, visto que fazer compras de Natal deixa-me sempre esgotada e sem vontade de fazer mais nada a não ser sair dali para fora.
Depois, quando a minha irmã veio ter connosco, voltámos ao centro comercial. Queria ir fazer compras acompanhada por nós, e a minha mãe também queria lá voltar para comprar os últimos presentes. Sabia, por experiência própria, que ir a um centro comercial num sábado à tarde seria um completo suicídio, ainda para mais nesta altura do ano. Mas lá fui - um tanto ou quanto contrariada - porque, o que podia eu fazer?
E, bem, fiquei totalmente cansada e farta. Das pessoas, do barulho, de tudo. Já não é novidade nenhuma para mim isto de me sentir sufocada em lugares repletos de gente e de estar cheia de vontade de fugir. Não aguento; parece que fico com a cabeça a andar à roda.
Mas, para além disto, ter visto toda a gente numa correria louca e desesperada pelos presentes de Natal fez-me perceber o quanto esta época consegue ser..."fútil" talvez não seja a palavra certa... A ver se me faço entender. A época do Natal devia ser de felicidade e de paz de espírito. Não por causa dos presentes - seja da loucura pela procura do presente perfeito, seja da ansiedade ou do desejo por um presente caro em específico -, mas sim pelas coisas simples que nos proporciona. As decorações, as músicas, o conforto de um lar num dia frio, o ter a família reunida. E, bem, para mim, costuma ser, de facto, uma época de felicidade e de paz de espírito. Já há muito que deixei de ligar aos presentes. Ligava quando era criança, em que eram tantos os brinquedos disponíveis, que uma pessoa dava em doida. E em que, como é óbvio, não se tinha a percepção de algo ser caro ou um tanto ou quanto inútil, ou até mesmo a percepção de algo não ser preciso por já se ter algo semelhante. Não havia isso, e só mais tarde comecei a adquirir essa percepção. A perceber, realmente, o que é que importa. A tornar-me contida naquilo que peço, a ponto de, muitas vezes, pensar que não preciso de nada. Sim, passei a pedir coisas pelo Natal apenas por necessidade, não por um desejo fútil e quase incontrolável ou por ser Natal. No meu aniversário, acontece a mesma coisa. Mas, claro, dar um presente "é da praxe". É bom receber um miminho ou um pouquinho de dinheiro, mas, muitas das vezes, o dito miminho é algo que não me fazia a menor falta. Daí que o dinheirinho nunca seja uma má ideia... Apesar de tudo, o que conta é o gesto, se bem que, às vezes, acho uma estupidez ver tanto dinheiro a ser atirado ao ar só porque toda a gente é como que obrigada a oferecer o que quer que seja aos outros.
Parece, no entanto, que muita gente não pensa assim. Parece, tal era a correria pelo centro comercial - que me deu a volta à cabeça e que me deixou completamente saturada de tudo aquilo -, que só querem esbanjar dinheiro porque é Natal, e que o Natal é altura de comprar coisas caras e as maiores futilidades de sempre, e por aí adiante. E parece que ignoram tudo o resto, todo o espírito próprio da época, todas as coisas simples. Talvez não, mas é o que parece.
Quando me perguntam o que quero receber no Natal, há quem fique parvo se digo que não quero nada. Não quero, por não haver nada de que necessite. Não serve de nada inventar um "algo" qualquer só porque é Natal, só porque alguém terá que me dar qualquer coisa. Em termos materiais, não há mesmo nada que ambicione. Contudo, é claro que queria, de facto, alguma coisa. Percorrer o mundo, realizar sonhos, encontrar amigos verdadeiros, ... Coisas que não estão ao alcance de ninguém a não ser ao meu, mas que me deixariam bem mais feliz do que simples objectos. Pena que esse tipo de "prendas" não possa ser embrulhado e oferecido.

18/11/2014

Brit Floyd - Discovery World Tour

A passada sexta-feira foi dia de rumar a Gondomar para assistir ao concerto dos Brit Floyd, banda de tributo aos, como já deve ter dado para perceber pelo nome, Pink Floyd. Estava a chover e estava frio, e vários trovões surgiram ao longo do caminho, o que fez com que o pavilhão se tornasse no sítio perfeito para toda a gente se refugiar. Quando comprei os bilhetes, ainda no Verão, a maioria deles já tinha sido comprada, pelo que até fiquei admirada por terem restado dois lugares tão bons para mim e para a minha mãe.
Bem, o que dizer? Foi lindo. Surpreendentemente e estupidamente - no bom sentido! - lindo. Tocavam mesmo, mesmo bem; algumas das músicas eram perfeitas réplicas das originais; os efeitos das luzes estavam totalmente espectaculares; havia sempre um vídeo a servir de pano de fundo a cada canção, o que só enriqueceu mais o espectáculo; e houve cada solo...! E, por incrível que pareça, os melhores solos eram de músicas que não conhecia. Claro que nao conhecia as músicas todas; não conheço Pink Floyd muito bem, admito, mas as músicas deles são daquelas que, mesmo que não conheça, ouço sem qualquer problema e aprecio-as - e, num concerto assim tão bom, era muito difícil não apreciá-las todas. Durou cerca de três horas, e podia ter durado quatro ou cinco, que eu acho que não me iria importar. Só tive pena que não tivessem tocado a Hey You, uma das que mais gosto - para não falar que é um clássico. Mas ao menos tocaram a High Hopes, outra das que mais gosto, se não mesmo a minha favorita.
Claro que a maioria das pessoas que lá estavam eram todas pela idade da minha mãe, mas nem me importei; aliás, já estava à espera que assim fosse. Considero os Pink Floyd uma banda intemporal, cujas músicas ultrapassam gerações.
Ainda bem que, desta vez, tive a oportunidade de ir - já cá tinham estado há uns dois anos, mas, com muita pena minha, não pude ir ao concerto -, ou teria perdido este espectáculo magnífico. Adorei.

11/11/2014

E que ninguém me tire a boa disposição

Vou ter a companhia da mãe e da mana durante os próximos dias. 
Já não estamos juntas desde o final do Verão. Vai ser mesmo bom.
Até daqui a uns dias, blogo.

09/11/2014

Em modo repeat #21

Esta banda bem pode ser considerada o meu guilty pleasure...mas isto fica para outro post.
Cada vez gosto mais deles.

06/11/2014

O que esperar do futuro?

Até gosto de chegar a casa mais tarde do que o normal. Tomar o meu banho assim que chego, preparar, nas calmas, algo para jantar e, depois, relaxar até à hora de dormir, deixando a faculdade para trás das costas - a não ser que haja algo urgente para fazer para o dia seguinte...neste caso, já não gosto de chegar a casa tarde. Mas, quando não há, até é bom, esta sensação de não pensar em mais nada e o pensamento de que só no dia a seguir é que vou ter que lidar com a faculdade outra vez. Tal como me disseram há umas semanas atrás, acho que estou pronta para o horário de trabalho.
E é aí que penso na parte do trabalho.
Ontem, fui assistir a mais consultas de pediatria. E foi tão chato. Eram só miúdos com o colesterol alto que já estavam a ser seguidos há algum tempo, aos quais apenas lhes era dito que continuassem com os mesmos cuidados alimentares e que mantivessem a medicação, caso a tomassem. Não passou disto. Entravam, trocavam dois dedinhos de conversa e saíam sem levarem nada de novo. Fez-me lembrar as consultas que tinha há uns tempos com uma endocrinologista, em que ela via as minhas análises e dizia Está tudo bem, é para manter a medicação. Ou seja, eu saía de lá completamente na mesma, e o que mais me chateava era que ela nunca sugeria parar com a medicação. Até ao dia em que eu mesma decidi dar um fim ao raio da medicação - a praticamente toda, pelo menos. Vir a ter problemas graves por causa de efeitos secundários dos comprimidos? Não, obrigada.
Mas, enfim, assim foi com os miúdos. Devia ter perguntado ao professor durante quanto tempo teriam eles que ser seguidos e estar sempre com aqueles cuidados, mas quase que aposto que ele diria que teriam que o fazer para toda a vida.
Realmente, nem sei que mais poderia ser feito, uma vez que já sabiam os cuidados que tinham que ter e que estava tudo dentro dos valores normais... Mas começou a chatear-me o facto de ser sempre assim, mais do mesmo. Estive uma hora e pouco dentro daquele consultório e já estava a ficar farta; que se há-de dizer de dias inteiros, semanas, meses e anos, se vier a trabalhar nesta área? Não sei se era por serem miúdos - a coisa não tem a mesma piada do que com adultos, uma vez que os miúdos não levam planos alimentares para casa, apenas conselhos -, se era por eu estar apenas a observar e não a intervir...mas o que é certo é que foi um bocado secante.
Costumava pensar que, caso não viesse a gostar do meu futuro emprego, iria encará-lo como se fosse a faculdade: apenas uma obrigação e um tem-mesmo-que-ser, do qual me esqueceria por completo quando voltasse para casa e aos fins-de-semana, alturas em que aproveitaria para fazer o que bem me apetecesse e para ser um bocadinho feliz. Mas, agora, já nem sei. A faculdade é diferente, porque todos os dias são diferentes. O horário é diferente, as cadeiras são diferentes; num dia tenho esta aula e este trabalho para fazer, no outro já tenho o teste da outra cadeira e no outro tenho a apresentação do trabalho daquela outra. É muito diferente de chegar a um consultório e só ouvir falar em colesterol e dizer as mesmas coisas quinhentas vezes - e quem diz colesterol, diz outra coisa qualquer.
(Mas a faculdade sempre terá aquela parte má de não nos deixar ter tanto tempo para nós como gostaríamos.)
Para todo o caso, acho que irei chegar sempre satisfeita a casa, sabendo que, a partir do momento em que transpuser a porta, o trabalho vai ficar para trás das costas e as próximas horas serão totalmente dedicadas a mim mesma, sem nada de aborrecido. Apenas não gostava de ser daquelas frustradas que vivem infelizes com o seu trabalho e que fazem um sacrifício para irem trabalhar todos os dias. Vou esperar que isto não aconteça. Quando começar o estágio, hei-de voltar a falar disto.

05/11/2014

Desafio #16

Regras: responder às perguntas com apenas uma palavra.


03/11/2014

Das asneiras sobre alimentação que vejo por aí

Como disse há uns posts atrás, se há algo que o meu curso me tem ensinado e que me sabe bem, este algo é o ser capaz de corrigir aqueles que acham que sabem tudo, os que fazem más escolhas, os que dizem coisas que vão contra aquilo que aprendi, entre outros que tais. A pedido de algumas famílias, serve este post para dar a minha opinião acerca de algumas das asneiras que vejo, ouço ou leio pela internet - blogosfera incluída - e nas revistas. Apenas peço que não me ataquem com conversas do género Mas o meu nutricionista disse-me que devia fazer isto e aquilo! - porque é claro que toda a gente acredita mais no nutricionista, e não na simples estudante que para lá caminha, coisa que me deixou de pé atrás em relação à escrita deste post; mas, ao mesmo tempo, vi-me cada vez mais na necessidade de o escrever. Há quem tenha uma opinião diferente e, portanto, métodos diferentes, os quais ainda não consegui entender, uma vez que vão contra tudo aquilo que tenho aprendido. Isto, reforço, é a minha opinião pessoal, tendo em conta aquilo que tenho aprendido ao longo do curso. 

01/11/2014

Coisas boas do mês #10

Eu bem disse que Outubro ia voar. Nem dei por este mês a passar, o que não quer dizer que tenha sido maravilhoso. Apenas me deixei levar pela rotina; havia sempre qualquer coisa para fazer, o que não me deixou aproveitar os dias da melhor forma nem passear muito.
Avancei um bocado no meu livro, se bem que agora retornei à fase da falta de vontade, mas penso que não durará muito mais. Vi uns filmes mesmo giros nos últimos fins-de-semana, todos dentro do mesmo género mas que, de qualquer maneira, serviram de companhia e alegraram um pouco as minhas noites. Ainda não voltei a seguir as minhas "séries de Inverno", uma vez que estou à espera de mais episódios para poder devorá-los em pouco tempo, pelo que tenho andado numa de filmes. Apenas vi Under the Dome - já foi há tanto tempo, que nem me lembrava -, na qual comecei a ficar mesmo viciada e, caraças, adorei a série; mal posso esperar por novos episódios - sim, sei que tenho que esperar imenso tempo. Acabei de ler A Revelação, que achei melhor que o seu antecessor, com muito mais acção e com uma adrenalina da primeira à última página, mas que me deixou sem perceber se terá, ou não, uma continuação - na minha opinião, tem mesmo que ter! Depois, disse a mim mesma que o melhor era deixar as leituras de parte, por enquanto, por ter tanto para fazer, mas não resisti em começar a ler O voo do corvo, que está a ser lindo como o primeiro volume da trilogia - nem eu esperava outra coisa. Tive uns domingos diferentes, em que me reuni com uma colega que se mudou para um apartamento aqui perto para "estudarmos" um bocado. Passei pouquíssimas tardes fora de casa, mas estas foram produtivas: encontrei umas calças de ganga fantásticas - a sério! -, umas pantufas fofinhas e as galochas perfeitas; comi coisas boas na Leitaria da Quinta do Paço e na Spirito. Gostei que o calor tivesse voltado, uma vez que gosto de andar na rua sem casaco e gosto de não ter aquela preocupação de É melhor levar mais isto e aquilo, ou vou morrer de frio passado um bocado. Passei uma tarde a estudar numa esplanada, e soube-me tão bem, principalmente por não estar calor nem frio. Estava com bastante receio da sessão de educação alimentar que tive que fazer numa escola primária, mas esta correu mesmo bem, o que só me deixa mais motivada para as próximas.
Não teve nada de especial, este mês. Mas, pelo contrário, estou a prever um bom mês de Novembro. Tenho alguns planos, e sim, outra coisa boa de Outubro foi mesmo esta: fazer planos. Vou ver Epica com o namorado, com a F e com o namorado dela também - em princípio, pois já aprendi a não contar muito com os outros; só acredito que vão quando ela me disser que já tem os bilhetes. Mas, com ele, é certo que vou mesmo; apenas falta comprar os bilhetes, e já sei que vou ficar toda contente quando souber que os temos! E isto vai implicar uma ida a Lisboa, já que um de nós terá que se sujeitar a deslocar-se se queremos ir juntos, mas pronto, gosto sempre de ir a Lisboa (embora prefire aqui o norte). Já estou ansiosa! Mas alguém vai morrer se não tocarem a Natural Corruption, a Omen ou a Canvas of Life.

31/10/2014

Do dia das bruxas: o antes e o agora

Não sei se aqui no continente - forma como o pessoal das ilhas se refere a Portugal continental - existe alguma tradição para este dia, mas, no meu bairro - ou melhor, no bairro em que sempre vivi e no qual agora só vivo em períodos de férias -, há, desde que me lembro, o costume de se ir bater às portas dos vizinhos para pedir doces. Toda a gente naquele bairro sabe que a história se repete todos os anos, pelo que já têm uns rebuçados ou uns chocolates separados para quando lhes baterem à porta, embora alguns - poucos deles - optassem sempre por não abrir a porta. Eu fazia isso quando era miúda, o ir de porta em porta com algum adereço típico do dia das bruxas - normalmente um chapéu de bruxa. Tinha a sua piada, e até o facto de, alguns anos mais tarde, acompanhar os meus primos mais novos, juntamente com a minha irmã e o meu primo mais velho, teve, igualmente, a sua piada. Acho que isto, até, teve ainda mais piada do que quando éramos nós três a pedir doces.
Antes disso, contudo, havia sempre jantar de família, uma vez que celebrávamos um aniversário, e éramos constantemente interrompidos por grupos de miúdos que batiam à nossa porta a pedir doces. Ficámos habituados a isso. Mas, com o passar dos anos, não pude deixar de reparar que os grupos de miúdos eram cada vez mais pequenos e que cada vez vinham menos miúdos. Hoje, penso que isto ainda se mantém, mas devem ser muito poucos os que o fazem.
Durante todos estes anos, os meus dias das bruxas foram sempre passados desta forma. Nunca fui a uma festa de Halloween ou assim, mas não me queixo, apesar de tudo. Era um dia normal, um dia em que mais uma pessoa da família fazia anos e em que havia mais um jantar com comidinha boa, mas que tinha a parte engraçada de se percorrer o bairro na calmaria da noite, em que era raro o ano em que não acontecia um episódio mais caricato para me rir e mais tarde recordar.
É por estar tão habituada a passar o dia das bruxas desta maneira, que não me vejo a passá-lo de outra. Agora, não estando em casa nesta altura do ano, teria liberdade para ir a festas de Halloween e outras coisas que tais, mas, verdade seja dita, eu não sou pessoa de festas, pelo que passo um dia ainda mais normal do que aquele que passaria na minha terra. Se bem que um jantar de família até calhava bem, agora...
Tinha pensado em (re)ver a fofura de filme que é o The Nightmare Before Christmas, mas, uma vez que estou com uma ligeira dor de cabeça e que tive uma semana de doidos em que acordei todos os dias antes das sete - excepto na quarta-feira -, sinto-me tentada a embrulhar-me num sono longo e reparador.

28/10/2014

Semanas de doidos

As próximas semanas vão ser de doidos, a começar já por esta. Apresentações que me vão obrigar a levantar da cama às seis da manhã, de modo a estar no local a horas; diversos seminários para ir; um teste e entregas de trabalhos; trabalhos para fazer em grupos de dez pessoas ou mais; arranjar tempo para continuar a estudar e a fazer os apontamentos do costume. Se ainda tivesse conseguido inscrever-me num curso de introdução ao desenho digital - já não havia vagas...snif -, seria mais uma coisa a acrescentar e a ocupar os próximos dias. Mas, para isso, iria com todo o gosto.
Dito assim, nem parece ser tanta coisa, mas olhar para a minha agenda assusta-me. A isto, acrescem as constantes chatices e desentendimentos com certos membros de um grupo de trabalho, que são capazes de me stressar ainda mais; e, claro, a árdua tarefa de escolher um orientador para o trabalho de final de curso. Tenho alguns em mente, mas, mesmo assim, estou demasiado confusa para escolher, principalmente por não ter ideias para temas, o que à partida fará com que me sinta forçada a sujeitar-me ao primeiro tema que me sugerirem.
Coisas da faculdade à parte, no próximo mês há dois concertos para ir e pessoas, que não vejo há muito tempo, com quem estar. E é isso que permite manter a minha sanidade. Bem, isso e o facto de ter prometido a mim mesma uma tarde só para mim um dia destes, em que possa dar-me ao luxo de não pensar em nada. E de passar pela Spirito para comer algo gostoso.

26/10/2014

Facto #24

Adoro fazer planos com ele. Pelo menos sei que irão em frente. Com as outras pessoas que conhecemos, pelo contrário, é muito comum ver os planos a irem por água abaixo, uma vez que nunca dão uma resposta concreta e, chegada a hora de pôr o plano em prática, qualquer desculpa é válida para desistirem. Mas ele não é assim, tal como eu. Quando dizemos que sim a uma coisa, fazemos essa mesma coisa; quando planeamos algo, é porque queremos esse algo e fazemos os possíveis para o conseguir. É por isso que ele é das únicas pessoas com quem posso contar.

23/10/2014

Eu já quis ser alguma coisa

É incrível como as séries influenciam tanto a nossa vida. Especialmente em termos de perspectivas de futuro.
A primeira série que comecei a seguir foi o CSI:NY, e lembro-me perfeitamente de como fiquei fascinada. Comecei a ver um episódio numa noite em que a televisão estava acesa e não tive paciência para mudar de canal, e bastaram-me cinco minutos - se tanto - para me decidir a manter-me naquele canal. Eu tinha mesmo de saber como é que aquela pessoa tinha morrido.
Depois deste, vieram mais e mais episódios, a ponto de adorar aquela série. Mesmo tendo a noção de que, na vida real, as coisas não seriam daquela maneira, assistia aos episódios a desejar ser uma CSI como as personagens e usar a ciência para fazer algo tão espectacular como descobrir um assassino e uma causa de morte. Algum tempo mais tarde, a parte laboratorial da coisa passou a ficar em segundo plano para mim, pois surgiu o interesse pela parte que me parecia ainda mais espectacular: o acto de examinar um cadáver. Sim, podem dizer que é nojento ou mórbido e podem franzir o nariz; já estou habituada a que a maioria das pessoas faça isso. Mas sim, eu queria ser uma médica legista.
Contudo, não sei ao certo o que me aconteceu no meu décimo-segundo ano. Perdi o interesse. Dizia que não queria ir para medicina porque eram demasiados anos a estudar e porque a nota do exame de físico-química nunca me deixaria entrar naquele curso - para além de estar um bocado cansada do "estereótipo" de que os bons alunos tinham que ir para medicina. Não melhorei a nota, pois detestava a parte da física e não tinha paciência para repetir o exame. Estava, apenas, inquieta para acabar o secundário e sair daquele lugar. Deve ter sido o pior erro que cometi na vida, porque, algum tempo depois, o interesse voltou. E, aí, desisti de tudo para ir atrás daquele sonho demasiado distante, mas a vida pareceu rir-se de mim, como se me dissesse Ai é? Agora é que decides fazer isso? Já vais ver... Resultado: tantos meses a estudar só para ter uma m*rda de um quinze no exame de físico-química e para não entrar em medicina.
Apesar de tudo, o primeiro ano em nutrição não foi mau de todo. Lembro-me tão bem da primeira aula de anatomia, em que fiquei entusiasmadíssima quando a professora disse que íamos ter aulas no teatro anatómico e íamos ver material cadavérico. Eram aulas de grande sacrifício para a maioria dos meus colegas, mas eu entrava naquele teatro com satisfação e pegava nos órgãos e mexia nos cadáveres como se fossem brinquedos.
Não voltei a tentar a minha sorte no ano seguinte, pois não queria continuar a andar para trás - e, acima de tudo, não queria mais uma desilusão. Mas é uma coisa na qual às vezes penso. Sei que a universidade do Algarve tem um curso de medicina para pessoas que já têm outro curso, mas não sei até que ponto iria aguentar passar mais anos a estudar, ainda para mais a estudar algo tão "intensivo". Para além de que pede uma série de requisitos aos candidatos, e estes candidatos não devem ser poucos. Mas, se me dessem a escolher entre um mestrado da treta e um curso de medicina na universidade do Algarve, ia, decididamente, para a última.
Não deixa de ser irónico que queria ir para medicina não para salvar vidas, mas sim para ser a voz dos mortos, a sua mensageira no mundo dos vivos, capaz de transmitir as respostas que morreram com eles.
Se pudesse voltar atrás, teria feito tudo de forma diferente. Mas, agora que aqui estou, resta-me, para já, terminar a licenciatura, e, só depois, voltar a pensar nisso e decidir o que fazer da minha vida.

20/10/2014

Uma questão de hábito

Hoje, umas colegas comentaram que, ultimamente, quando vão passar uns dias a casa, costumam fartar-se com facilidade e desejar rapidamente o seu espaço, por já se terem habituado a viver sozinhas. Eu sinto o mesmo. Por muito bom que seja voltar a casa, passados uns dias já começo a desesperar pelo meu espaço e por um tempinho sozinha. Começo a cansar-me das vozes e do barulho - especialmente se são discussões parvas entre a minha mãe e a minha irmã -, do facto de a minha avó aparecer várias vezes por dia na minha casa, das perguntas da minha mãe acerca do que será o jantar para o dia seguinte, do ter que limpar a casa-de-banho todos os dias porque o gato suja-a todos os dias, das insistências do meu pai em querer combinar os típicos jantares da treta comigo e com a minha irmã, entre outras coisas. Mas, seja como for, há dias em que algumas destas coisas dão saudades, especialmente naqueles dias horrorosos em que fico condenada a ficar em casa sem ver um único ser humano ao vivo e a cores. Felizmente, as saudades ainda não bateram à porta este semestre. Por enquanto sinto-me bem.
Sim, quando não existem saudades, sinto-me bem. Distraio-me com a rotina, e gosto de ter o meu espaço, as minhas coisas, de me sentir responsável. Sabe-me bem não ter horários - exceptuando os das aulas, obviamente - e poder fazer o que me apetecer, quando me apetecer. É uma questão de hábito. Quando se tem isto, uma pessoa já não quer outra coisa - pelo menos falo por mim.
Mas às vezes tenho uma espécie de receio de me habituar demasiado a isto, a estar longe de toda a gente. Especialmente em relação ao meu namorado. Nós já andámos nestas andanças - de estarmos longe um do outro por estudarmos em cidades diferentes, separadas por quase trezentos quilómetros - há uns quatro anos, pelo que, sim, já estamos habituados a que assim seja. Mas parece-me que este ano vai ser mais complicado que os anteriores. É o último ano de ambos. Só nesta pequena frase dá para perceber a dificuldade: a faculdade vai sufocar-nos. Para além de que não vamos ter férias coincidentes, à excepção das do Natal - que são sempre umas férias de m*rda, no meu caso - e das do Verão, que ainda vão muito, muito longe. Já não nos vemos há mais de um mês devido às coisas que temos tido que fazer, e mais coisas virão nos próximos tempos, como não podia deixar de ser.
Mais uma vez, o facto de estar distraída com a rotina, ter coisas para fazer e seminários a que assistir nas próximas semanas faz com que esteja bem. E ele também parece estar bem, também lá ocupado com as suas coisas. Mas lá está...às vezes, tenho medo que fiquemos demasiado habituados a estarmos longe um do outro. Tão habituados que, enfim, acabemos por perder aquela vontade de estarmos juntos. Que acabemos por nos conformar com isto. É estúpido, porque já estamos nisto há tanto tempo e eu não duvido do que ele sente por mim, mas às vezes penso nisso, especialmente naqueles dias em que não acontece nada e não temos nada de novo para contar um ao outro, o que resulta em conversas demasiado curtas, que me fazem pensar em parvoíces do género Se agora já falamos tão pouco, como será daqui a uns anos?.
Claro que, quando estamos juntos, tudo muda. Nestas alturas, não me vêm estes pensamentos estúpidos, e aproveitamos todo o tempo que temos para estarmos juntos. Mesmo que não façamos nada.
Nem sei bem por que escrevi isto. Parece parvo. Talvez porque, enfim, vejo tanta gente com os seus namorados, a passar tempo com eles e a combinarem coisas juntos, enquanto eu estou para aqui, sozinha. Mas estou bem. Só que, às vezes, gostava de poder estar com ele todos os dias, nem que fosse só por cinco minutos.

17/10/2014

Pormenores meus - parte 3

Não suporto ver coisas desarrumadas e/ou fora do lugar. Passo-me quando me pedem alguma coisa sem dizerem um Se faz favor. Tenho uma manta super quente e fofinha à qual chamo ovelha. Não gosto de ver episódios ou filmes no computador; tenho sempre que sacá-los a todos, passá-los para uma pen, ligar a pen à televisão e vê-los aí, na televisão. Mal posso esperar por ter o bilhete para o concerto dos Epica na mão. Adoro tudo o que leve canela. Para mim, a Charlotte Wessels é uma das mulheres mais lindas do mundo, não só por ser fisicamente linda, mas por ter uma voz igualmente linda, que faz músicas lindas também. O modo como o tempo tem estado - chuvoso e cinzento, obrigando-me a estar com a luz acesa durante o dia - faz-me lembrar o Natal, com a diferença de que não está frio. Desligo sempre o telemóvel quando vou dormir. Considero que toda e qualquer pessoa fica mais bonita com o cabelo solto do que com ele apanhado. Tenho uma certa panca por t-shirts de bandas. Recentemente comecei a achar piada à ficção científica - não àquelas parvoíces dos extraterrestres, mas a enredos que tenham algo de científico por detrás. Sou uma morning person, capaz de acordar cedo para estudar e prolongar a manhã, ao invés de dormir mais e estudar à tarde ou à noite. Já alguns colegas meus perguntaram-me como me aguento sem café, e outros disseram-me que já estou pronta para o horário de trabalho devido a este facto. Às vezes gostava de ser daquelas pessoas que se dá bem com toda a gente. Adoro as personagens dos filmes de animação do Tim Burton. Não tenho o típico estilo de metaleira; quem olha para mim não consegue imaginar o tipo de música que ouço. Tenho sempre o cuidado de não repetir palavras e de usar os mais variados sinónimos quando escrevo o que quer que seja. Ganhei um carinho especial pelo Logan Lerman, vai-se lá saber porquê. Não gosto de usar galochas, mas também detesto usar outro tipo de calçado quando está a chover, pois começo a achar que vai ficar todo estragado por causa da água. Já me faz confusão usar calças com uma cintura mais descaída. Uma das vozes masculinas que mais adoro neste mundo é a do Adam Gontier, e foi por esta razão que dei o nome Adam a uma personagem da minha história. Por esta lógica, as minhas próximas personagens masculinas teriam que se chamar Andy, Ben e Vic, nomes dos quais não sou particularmente fã e que, por isso, deixo estar onde estão. Gosto de experimentar comidas vegetarianas, e já ando a ponderar passar a comer menos carne vermelha quando estiver inteiramente por minha conta. Adoro perder umas horas num café ou numa esplanada. Especialmente se estiver acompanhada e existirem bons temas de conversa, embora também não me importe de ir para este tipo de lugares sozinha na companhia de um livro. Era capaz de passar a vida a viajar caso ganhasse o euromilhões. Gosto de me sentir arrepiada quando ouço uma música de que gosto, mas não gosto de me arrepiar de repente só por pensar numa música e pô-la a tocar na minha cabeça. Ter os pés frios e não ter possibilidade de os aquecer, como acontece numa sala de aula, por exemplo, consegue deixar-me de mau humor e inquieta para fugir. Não gosto de fazer planos a longo prazo. Às vezes imagino-me como uma escritora reconhecida - keep dreaming, Ice -; outras vezes imagino-me a entrar noutra universidade quando acabar este curso, de modo a perseguir o meu fascínio pela medicina legal; e outras (poucas) vezes até consigo imaginar-me como nutricionista. Os livros que me dão mais prazer de ler e de transportar de um lado para o outro são aqueles com mais de quatrocentas páginas, aos quais a minha mãe gosta de chamar de bíbliasJá não passo sem ouvir música quando ando na rua sozinha, a não ser que esteja a chover e a fazer imenso vento, pois, nesse caso, tenho que me focar no controlo do maldito guarda-chuva e, aí, a música consegue irritar-me.

14/10/2014

O que se conta

Hoje tinha várias coisas para fazer em termos de trabalhos, mas, felizmente, consegui fazê-las todas. Quer dizer, mais ou menos. Não sei se, mais tarde, alguns colegas de grupo irão chatear-me e obrigar-me a alterar certas coisas. Já hoje isso aconteceu, e só me apeteceu dizer à rapariga que, se quisesse melhor, pois que fizesse. Mesmo assim, disse-o de forma um bocado indirecta e, vá lá, ela ofereceu-se para alterar a coisa. Situações como esta chateiam-me um bocado, porque gosto de fazer as coisas e não ter que pensar mais nelas. E até esta colega em particular anda a chatear-me um bocado; parece que, aquilo que faço, nunca está cem por cento bom, e, depois, parece que me encara como aquela que está sempre disponível para tudo. E isto para não falar do facto de me pedir coisas sem nunca dizer um se faz favor. Passo-me com isto; é como se me estivessem a dar ordens. Detesto.
Para além disto, tenho um trabalho ainda um bocado atrasado e um outro para o qual ainda ninguém fez nada. Já andei a procurar artigos científicos, mas quase que aposto que mais ninguém o fez. E parece que vou ter que ser eu a chegar-me à frente e a perguntar como é que vamos dividir esta porcaria, uma vez que ninguém o faz. Vivam os trabalhos de grupo... Se tudo isto fosse individual, já estaria bem avançado.
Hoje dei por mim a precisar de tirar uns dias para "morrer para a faculdade". Há tanto para fazer, mas o problema é que grande parte deste "tanto" tem que ser feito em grupo, o que só serve para dar chatices na maioria das vezes. Quem me dera esquecer tudo isto por um dia ou dois, e passar um dia ou dois fechada em casa e completamente desligada do mundo, a ver filmes ou a escrever enquanto chove lá fora, sempre com a minha caneca de chá ao meu lado.
Mas, bem, enquanto isso não é possível, cá estou eu a publicar outro post em que não digo nada de jeito. Apetece-me actualizar isto, mas não sei com o quê. Mentira; tenho diversas ideias. Mas, às vezes, começo a pensar em algo do género Será que vale a pena publicar isto?. Sim, a verdade é que a motivação para cá vir não tem sido muita ultimamente. O facto de algumas das minhas bloggers favoritas terem desaparecido do mapa, aliado às poucas visitas e aos poucos comentários que tenho recebido, não ajudam nada. Sei perfeitamente que um blog não vive de visitas nem de comentários, mas acho que me habituei a chegar ao e-mail e ver que recebi diversos comentários a uma só publicação. Habituei-me a ver as pessoas a reagir àquilo que escrevo, a chegar aqui e a ter tanta coisa para ler e para comentar, a abrir a página sabendo o que irei publicar naquele dia... Enfim, talvez, agora, só tenha que me habituar a ter pouco feedback. Mas lá está: ver que ninguém reage faz com que sinta que não valha a pena estar aqui a perder tempo com textos que não vão ser lidos.
Com isto, não quero dizer que vou também desaparecer do mapa. Apenas que não devo ser tão assídua como já fui. Pelo menos por enquanto.

13/10/2014

Desafio #14 - parte 2

Apetece-me actualizar o blog, mas não sei com o quê. Então lembrei-me de que fui novamente nomeada para o desafio das 5 perguntas relacionadas com o blog. Desta vez, foi a anya que me nomeou. Obrigada!

Por que é que criaste o teu blogue?
Tive saudades de ter um blog - já tinha tido um quando tinha catorze anos, mas era uma autêntica treta. Foi só isso, eheh. Foi só algo que me passou pela cabeça num dia, do género Tenho saudades de escrever num blog...vou criar um, e assim foi, sem nenhuma razão em especial. Não estava mesmo à espera de o manter durante todo este tempo, nem tão-pouco estava à espera que este se tornasse num refúgio e em algo que já faz parte do meu dia-a-dia.

O que gostas mais no teu blogue?
Aquilo de que mais gosto é o facto de, aqui, poder ser eu própria. Ninguém me diz o que escrever nem como escrever. E isso é tão bom.

Nomeia um seguidor que te tenha feito sentir bem num dia mau.
Já aqui escrevi imensos desabafos nos meus piores dias, e foram muitos aqueles que me deram algum apoio. Curiosamente, não houve nenhum comentário que me tenha marcado mais que os outros, pelo que não consigo mencionar um seguidor em específico. Mas aqueles que mais me apoiam são os que mais me lêem, e acho que estes sabem quem são.

O que é que nunca serias capaz de partilhar no teu blogue?
Coisas demasiado íntimas. Há assuntos que só a mim dizem respeito.

Que tipo de posts não gostas de ler?
Posts sobre maquilhagem ou reviews de produtos de beleza ou maquilhagem. Como não me interesso por estes assuntos, nem me dou ao trabalho de ler posts sobre eles. A não ser que seja alguém a dizer que não gosta de maquilhagem. Estes eu leio - e comento com todo o gosto, claro.

10/10/2014

Vai ser um semestre para esquecer

Depois de actualizar a minha agenda com uma série de apresentações de trabalhos - já não passo sem uma agenda, pois, caso contrário, não me consigo organizar -, comecei a folheá-la para tentar perceber como estava em termos de prazos. E percebi que tenho trabalhos atrás de trabalhos, prazos atrás de prazos. Principalmente no que diz respeito às sessões de educação alimentar. Esta porcaria estraga tudo; é um exagero de trabalhos por causa disto.
O problema é que uma pessoa não tem apenas trabalhos para fazer: também há coisas para estudar, e eu, sinceramente, não estou bem a ver como me vou desdobrar. Para além disto, ainda há as tarefas da casa (limpezas, lavagens de roupa e etc) e, depois, ainda há uma coisa chamada vida própria ou momentos de descanso ou o que quer que prefiram chamar; coisa que, sim, também é necessária, para que uma pessoa não fique completamente esgotada. Só sei que comecei a stressar quando vi aqueles prazos todos atrás dos outros. E, por causa disto tudo, nem sei se terei um fim-de-semana mais livre para poder dar um saltinho a Lisboa ou para poder aproveitar com o meu namorado, caso venha cá passar um fim-de-semana. Pelo menos tenho os diazinhos em Novembro com a minha mãe, mas espero mesmo conseguir aproveitá-los da melhor forma, ao invés de tê-la aqui a olhar para mim enquanto faço um trabalho ou vê-la a ir passear sozinha enquanto fico em casa.
Hoje já comecei a fazer qualquer coisa, mas, mesmo assim... É demais, é mesmo demais.
Fiquei mesmo mal habituada por causa do semestre passado, em que era só relax e tempo livre, com pouquíssimos trabalhos para fazer. E já estava a gostar do facto de poder descansar aos fins-de-semana. Isto vai ser horrível, e só quero que passe rápido. Mas, realmente, não é suposto que o último ano seja fácil, não é?
E, por favor, não me digam para ter calma.

08/10/2014

Mixórdia #2

Tenho andado cheia de ideias para o meu livro/história - nunca sei como hei-de chamar-lhe - a ponto de, numa noite destas, ter-me sido bastante difícil pregar olho. Inclusive já passei pela experiência de as escrever à pressa, antes que as esquecesse, no verso de um talão de compras que tinha por aqui, a única coisa de papel que tinha por perto. Um colega meu disse-me que curtia bué a minha t-shirt dos Iron Maiden, o que me deixou meia estupefacta por não fazer ideia de que o rapaz curtia Iron Maiden. Mesmo assim tenho tido paciência e vontade para fazer os exercícios de tonificação que encontrei no YouTube. Detesto este tempinho que tem feito, e detesto que o tempo aqui passe do oito ao oitenta de um modo tão drástico. Ontem já bebi um chá e tive que calçar as minhas pantufas - as minhas pantufas novas e fofinhas, com uma boa sola que não me deixa sentir o frio do chão, tal como eu gosto. Mas hoje já morri de calor por causa do casaco que este tempo horrível me obriga a vestir. Finalmente já tenho grupo para os trabalhos de educação alimentar nas escolas, e até já tenho algumas ideias, o que me leva a pensar que, talvez, não venha a correr tão mal. As consultas de pediatria são algo...diferente. Não achei grande piada. Under the Dome está a ser fantástico, e nem sei o que será de mim quando já não tiver episódios para ver. Os malucos desta cidade parece que só gostam de me abordar. Em princípio vou ter uma sessão de estudo com uma colega no fim-de-semana - já há algum tempo que não tinha uma dessas. A Leitaria da Quinta do Paço tem uns éclairs maravilhosos - vá, eu só provei um e era mesmo, mesmo bom, mas os outros que lá havia (tinha tantos, de vários sabores!) tinham cá um aspecto...! A Primark do NorteShopping é gigantesca, e deve ter sido a primeira vez que vi roupas giras numa Primark. Mas não estou a precisar de roupa, daí ter apenas trazido as minhas queridas pantufas e uma gola azul-escura para casa. Uma das minhas colegas de casa parece que já não fala comigo, mas estou-me nas tintas, pois eu só falo com elas apenas quando é mesmo necessário e acho que ela teve - e está a ter - uma atitude extremamente infantil. Na próxima semana não vou ter aulas quase nenhumas, e tenho mesmo que arranjar uns bons planos para os dias mais livres. E são estas as novidades.

04/10/2014

Uma pessoa não sabe se há-de rir ou chorar

O meu curso está continuamente a ensinar-me a ter mais cuidado com aquilo que como, a planear melhor as minhas refeições, a detectar diversos erros alimentares. Está, constantemente, a ajudar-me a desenvolver um sentido crítico no que diz respeito à temática da alimentação, especialmente no que diz respeito àquilo que leio ou ouço sobre o assunto - mesmo quando as coisas são ditas ou escritas por profissionais de saúde. Acontece que já vi tanta asneira em revistas e por essa internet fora, que fico sem saber se hei-de rir ou chorar. Costumo sempre rir-me, é certo.
Foi como aconteceu no outro dia. Uma professora minha leu um plano alimentar que um antigo colega nosso elaborou - ela disse "colega", mas ficámos sem perceber se, de facto, tinha tirado o curso na nossa faculdade -, e eu, assim como toda a gente, só me ri, tal eram as asneiras que lá estavam. A professora, porém, disse que teve vontade de chorar quando o viu pela primeira vez. Pudera; anda a ensinar-nos as coisas de determinada maneira para, no fim, as pessoas lá fora armarem-se em espertas e só dizerem asneiras. É precisamente isto que acho estranho. Até porque eu sei, uma vez que já assisti a consultas, que tanto esta professora como outras elaboram os planos da mesma maneira como nos ensinam a fazê-los. Como é que se sai daqui e se passa a fazer as coisas de uma forma tão diferente, tão...estúpida?
Mas, lá está, eu rio-me das coisas - ou fico chocada, por vezes - precisamente por estar dentro do assunto. Já as pessoas que estão fora do assunto têm a tendência de acreditar em tudo, é um facto. Às vezes armo-me em chica-esperta e corrijo as pessoas, e isto até sabe-me bem porque, sei lá, é sinal de que aprendi alguma coisa, que sei alguma coisa. Mas é algo que nem sempre dá resultado, uma vez que a televisão, a internet e as revistas têm, ainda, um poder enorme sobre a cabeça das pessoas.
Isto, no entanto, costuma acontecer com pessoas que conheço há muito tempo e com as quais tenho um certo à-vontade e uma certa confiança. Na internet - até mesmo no mundo dos blogs -, costumo ficar caladinha face às asneiras que leio, e isto porque não passo de uma estudante, na qual ninguém vai acreditar. Porém, quando chegar a altura do estágio, não me vou calar, se assim tiver que ser.

03/10/2014

É isto

Estou farta de fazer coisas pelos outros quando são estes outros que fazem a m*rda toda e, depois, quem se lixa sou eu - e quase que aposto que não fariam o mesmo por mim.
Estou farta que não se preocupem.
Estou farta de ser ignorada.
Estou farta de estar sozinha.
E eu feita tola a achar que as coisas só podiam melhorar...