30/09/2012

Dia 30 de Setembro, vai-te embora!


Às vezes os domingos conseguem ser piores do que as segundas-feiras. Pelo menos durante a semana estou mais activa, sempre de um lado para o outro. Já hoje não fiz nada! De jeito! Passar os dias em função da faculdade é uma autêntica merda, e isto é ainda mais merdoso quando se está num curso só porque sim e se pensa que vai conseguir trabalhar numa área completamente diferente. Fogo, às vezes só gostava de ser mais desleixada ou despreocupada. E ainda por cima a maluquinha que veio viver para cá decidiu ficar aqui durante o fim-de-semana, sabe-se lá porquê. Ou seja, já não posso estar aqui à vontade. Durante dois dias conseguia respirar de alívio por não ter estas chatas cá em casa e conseguia estar completamente à vontade: portas abertas, música alta enquanto cozinhava, comia, limpava, enfim. Agora não! Se uma pessoa não consegue estar à vontade na sua própria casa, então onde é que o há-de estar?! Sim, esta não é a minha verdadeira casa, mas que se lixe.
Agora até estou a ouvir barulhos que me fazem crer que, para além da maluquinha, está outra pessoa aqui. Oh, por amor da santa! Eu a querer ir tomar banho e despachar-me... Até já estou farta de olhar para o computador, não fazer nada de jeito e de treinar o raio da apresentação do trabalho. Fogo, já me cansei de dizer tanta vez chá verde, catequinas, absorção, lípidos, complexos e sei lá que mais. Estou mesmo farta deste dia.

29/09/2012

Seguidores esquisitos e novas páginas

Neste caso substitui-se Tumblr por Blogger :P

Há personagens pela blogosfera fora que deixam de nos seguir de um momento para o outro, vai-se lá saber porquê. Se calhar ficam ofendidos por não os seguirmos de volta. Isso é estúpido. Se sigo um blog, não fico à espera que a pessoa me siga de volta - mas é claro que fico contente quando tal acontece. É que há quem venha com comentários a elogiar o blog, diz que gosta muito, que é muito giro e não sei quê, segue, e depois puf, foi-se. Porquê, porque não segui de volta? Oh, por favor, não gostaste tanto do blog? Então paraste de seguir porquê? Hã?
Enfim, não se percebe. Também não percebo aqueles que, no momento em que começam a seguir, deixam um comentário e depois nunca mais põem os pés no dito blog. Seguidores desses não preciso, ora.
Ainda houve aqueles que me seguiram, eu segui de volta, e, passadas umas semanas ou uns meses, deixaram de seguir. Aí talvez por terem perdido o interesse, sei lá. E eu também acabei por perder o interesse nesses blogs e deixei de os seguir também. Não foi por vingança...quer dizer, foi um bocadinho xD Mas também foi porque, quando comecei a segui-los, pareciam bons, mas, com o passar do tempo, deixei de ligar aos posts porque não me identificava com eles ou porque eram muito "sem sal".
Pois bem, assim como na vida real não agrado a muita gente, o meu blog também não agrada a muita gente. Prova disso é o meu número de seguidores, mas não me importo muito, não é o número que diz se um blog tem ou não qualidade. Eu sou daquelas que desabafa muito, que escreve muito, que faz textos grandes que acredito que fazem com que as pessoas não os queiram ler. Deve haver muita gente por aí fora que não tem paciência para dramas nem para ler textos grandes e que prefere posts pequeninos e com imagens fofinhas, daí muitos blogs desse tipo serem muito concorridos. Whatever. Eu gosto de escrever. Como tal, escrevo, escrevo, escrevo. Muitas vezes entusiasmo-me, quero dizer tanta coisa, não consigo parar, não consigo arranjar maneira de terminar o post.
Como agora. Não sei como hei-de dar por terminado este assunto.
E já agora, por falar em blogs e afins, resolvi expandir a minha página Favoritos, de modo a colocar mais coisas em cada categoria para conhecerem melhor os meus gostos. Ah, e a página Wishlist está em construção já há séculos, e eu sinceramente nem sei se vou chegar a publicar a minha listinha...

Ah, faculdade, a quanto me obrigas...


O dia está a passar tão depressa! De manhã tive que ir outra vez às compras - parece que vou andar enfiada naquele Minipreço todas as semanas -, quando voltei para casa lavei e estendi roupa e depois dediquei-me aos resumos. Ainda só tenho bioquímica e microbiologia resumidas. Só. Ainda pensei em despachar a fisiologia, mas agora não consigo. Também tinha pensado em limpar o quarto, coisa que guardo para todos os sábados, mas também não consigo. Só me apetece descansar. Amanhã hei-de treinar a apresentação - espero que só um dia dê para decorar as coisas - e, se der, resumir o que falta. O que falta, como quem diz...há imensa coisa que falta, mas, ou os profs não põem na net, ou eu pouco ou nada percebo daquilo que lá está, e, nestes casos, acho que vou ter mesmo que arranjar uma sebenta.
Fogo...no fim-de-semana é suposto descansar-se e eu faço o contrário. Já tenho saudades de passar uma tarde nas compras ou num café... Vai ser no próximo. No próximo fim-de-semana, não faço nada!

28/09/2012

Já vão começar


Já vão começar os fins-de-semana passados a resumir as aulas. Se não o for fazendo ao longo do ano, fica tudo para a última, o que me mete completamente stressada. Para alguns pode ser estúpido resumir os powerpoints das aulas, mas não consigo estudar de outra maneira. Depois há sempre quem venha pedir os meus resumos - ahah, onde está a estupidez agora? Qualquer dia começo a cobrar pelos meus apontamentos.
E quem é que já tem uma apresentação na semana que vem? Eu, claro está. Mais uma coisa que não gosto nada, apresentar trabalhos. E vou ter uns quantos para apresentar este semestre. Só espero fazer boa figura neste primeiro trabalho, primeiro porque não conheço o prof, e segundo porque faz referência à digestão de gorduras, matéria que ainda não dei e que me obrigou a fazer pesquisas complementares. E agora vou-me calar, não só porque este é um assunto a puxar para o deprimente, mas também porque não vou ficar aqui a torturar-vos com a relação entre as gorduras e o chá verde.

Aulas de laboratório


Este é o tipo de aula de que menos gosto. Mas até sou capaz de preferir isto a Educação Física. Não é que eu tenha Educação Física agora, mas, como é óbvio, já tive e era um enorme sacrifício, detestava. Assim são as aulas de laboratório, em que, apesar de não estarmos em movimento e de acabarmos banhados em suor, quem não tem jeitinho para a coisa acaba por fazer asneirinhas na mesma.
Não basta ter que ir para a outra faculdade - longe da minha casa, a mais de meia hora de autocarro - para ter essa aula horrorosa; temos ainda que ficar duas horas enfiados no laboratório e ainda há o risco de sairmos de lá contaminados ou queimados pela chama do bico de Bunsen. Aquilo é tão, mas tão chato. É que ainda por cima na teoria parece ter alguma piada, mas, depois, vai-se ver e não tem piada nenhuma. A prof é daquelas que tem a mania que sabe fazer tudo e que delira com aquelas bactérias. Começa a aula e ela fala por mais de uma hora à vontade. Hoje falou durante hora e meia. Se ela diz que duas horas por semana no laboratório é pouco - sim, é muito pouco... -, então como é que ela quer que façamos não sei quantas coisas em meia hora? Uma pessoa tem que fazer aquilo à pressa para ir embora à hora que é suposto... E depois ainda temos que esperar que a prof passe por todos os grupinhos para ver como ficou o trabalho. Depois há sempre aqueles que a chamam - quando ela já lá tinha ido -, ela lá volta e eu e a minha parceira ali, especadas à espera da mulher e inquietas para ir embora. Ainda por cima, tanto eu como a minha parceira não gostamos nada de laboratórios, e deve ser por isso que não temos jeitinho nenhum: ou fazemos trinta por uma linha e acabamos por tirar as bactérias da lâmina, ou então nem as metemos na lâmina sequer. Resultado: vamos ao microscópio e não vemos nada. Nada mesmo, só luz. Consequência disso: a mulher cai-nos em cima. Se a aula não fosse à sexta-feira e se ainda tivéssemos aulas depois disso, acho que deprimia.
A sério, não gosto nada. Na escola tive pouquíssimas aulas destas, mas até gostava, porque fazíamos alguma coisa diferente; já quando estive no outro curso tive grande dose de aulas de laboratório e aí vim a descobrir que as detestava. Já não posso com elas, mas ainda vou ter que levar com elas durante mais uns anitos. Tem graça é que já houve pessoas que me disseram que eu tinha perfil para laboratórios, mas devem ter dito isso porque sou uma pessoa calminha e não sei quê, porque, caramba, aquilo é horroroso; só de vestir aquela bata sinto-me um rato de laboratório que só vive para aquilo e nem sequer vê a luz do dia, bierk. Portanto, não gosto de batas, não gosto de laboratórios e não acho certo fazerem sofrer os ratinhos de laboratório. Por que é que preferi ciências a letras? Porque gosto da parte teórica da coisa, de saber como as coisas funcionam, porque é que é isto e não aquilo. Acho que tem interesse e utilidade. Agora, laboratórios, credo, sinto-me cá uma croma ali dentro...

25/09/2012

Teledependência


Se existe a palavra toxicodependência, então posso inventar a palavra teledependência para me referir aos viciados em telemóveis. Eles irritam-me quando se agarram e mergulham naquela coisa. Se calhar, se fosse um deles, não me irritava, mas não sou. O meu telemóvel é das coisas mais básicas que existe - nem sequer tem câmara fotográfica e ainda é daqueles de teclas, mas isso é o menos porque eu não dispenso as minhas teclazinhas e não gosto nada dos touch. Só o uso para fazer chamadas e para mandar mensagens quando é preciso ou quando estou sozinha a apanhar uma seca. Mas, muitas vezes, estou eu a apanhar uma seca e ninguém se lembra de me ligar ou de me mandar uma mensagenzita. Pelo contrário, fazem-no quando estou ocupada com alguma coisa. Parece que é de propósito. E eu ali, a tentar despachar a pessoa do outro lado, e nada, não se calam e eu tenho mais que fazer. Nestas alturas só me apetece abrir a janela e adeusinho telemóvel!
Pois bem, como já disse, os teledependentes irritam-me, e estas são as razões...
  • Se estamos numa conversa normal com um teledependente e ele recebe uma mensagem, ele é capaz de olhar para o telemóvel a meio da conversa e deixar-nos a falar sozinhos. Como já vi que não vale a pena continuar a falar quando a pessoa está interessadíssima a ler a mensagem ou a escrever outra, fico calada à espera que despache a pessoa do outro lado.
  • Eles costumam estar sempre, sempre às mensagens, mas, quando lhes mandamos uma mensagem mesmo importante cuja resposta é urgente e não pode esperar mais, não nos respondem.
  • Detesto estar numa aula e ouvir a pessoa ao meu lado a bater com os polegares nas teclas do maldito telemóvel. É isto e ouvir um telemóvel a vibrar num sítio silencioso em que tenho que me concentrar - a meio de um exame ou na biblioteca, por exemplo.
  • Estão sempre com aquela merda na mão, no bolso, ao lado da almofada enquanto dormem, enfim, o mais perto possível, provavelmente para receberem melhor aquelas adoradas radiações que, no fundo, são a "droga" da coisa. Por mais que uma pessoa fale de possíveis efeitos das radiações, a pessoa não liga.
  • Alguns até chegam ao ponto de olhar para o telemóvel e dizerem que ninguém lhes diz nada. Tipo, as pessoas têm vida...
  • Por falar nisso, ainda estou para perceber onde é que os teledependentes que tanto teclam - a qualquer hora e em qualquer lugar - arranjam tanta coisa para dizer à outra pessoa. Às vezes penso que estão a contar os passinhos todos: Estou na aula X, Ai que isto é tão chato, O prof disse isto e aquilo, Nunca mais está na hora de sair, Agora vou à casa-de-banho, Estou a lavar as mãos, Estou a sair da faculdade para ir comer, Vou atravessar a rua, A cantina está com uma fila enorme, Ai que nunca mais é a minha vez, Esta comida tem um aspecto nojento, Já me sentei, A sopa não presta, Afinal o prato não é mau, etc, etc, etc - que, se não, nunca mais páro com isso.
  • Detesto estar aflita com alguma coisa importante e a pessoa, em vez de ajudar, está ocupada a escrever mensagens. É que dá mesmo vontade de lhe tirar aquilo das mãos e de atirar para o chão com toda a força.
  • Quando escrevem mensagens a andar e vêm na minha direcção, não levantam os olhos da coisa e eu é que tenho que me desviar para não virem contra mim.
  • Parece que falam alto ao telemóvel de propósito para toda a gente ouvir.
  • E, por último, sim, as pessoas estão todas a ficar umas zombies, cada vez vai ser pior e eu não tenho paciência para isso.

23/09/2012

Cabelos coloridos




Gosto de ver cabelos assim. Quando o meu crescer mais, quem sabe se não faço uma maluquice destas...

Não tive saudades da chuva...


...e, pelo que vi por esses blogs fora, devo ter sido das poucas.
Ok, gosto imenso de estar em casa e de não ter - ou não querer - sair quando está a chover. É tão bom estar no quentinho da casa; parece que esta se torna mais acolhedora e tudo. Mas não ver ninguém durante o dia inteiro e o facto de ter chovido durante o dia inteiro é demasiada deprimência, a meu ver. Seria muito melhor ter tido uma companhia.
Portanto, a chuva é boa quando se está em casa acompanhada. Agora, ser obrigada a sair de casa e andar durante quinze minutos a pé debaixo de chuva é horroroso. Principalmente nos passeios apertadinhos em que, quando duas pessoas se cruzam, uma delas tem que ir para a rua para evitar um choque de guarda-chuvas. Quando está a chover, parece que o caminho até fica maior e demoramos mais tempo a chegar ao destino. E chegamos com a roupa molhada, sentimo-nos com frio e desconfortáveis e só nos dá vontade de voltar para casa a correr para tomar um bom banho. Por isso, juro que não entendo aquelas pessoas que dizem adorar a chuva.
Adormecer a ouvir a chuva é tão bom, mas, lá está, acordar com o mesmo som já é péssimo quando se tem mesmo que sair da cama. É que não dá mesmo vontade nenhuma de levantar, e ainda menos vontade de ir para a rua e andar para chegar a um sítio onde iremos passar as aulas a dormir. É, o raio da chuva dá sono. Deprime. Hoje até já pensava que estávamos em Outubro, Novembro, por causa deste tempinho. Até parecia um daqueles dias perto do Natal. Quando dei conta de que ainda estamos em Setembro - bem longe do Natal -, pimba, mais uma coisa para juntar à dose de deprimência. Parece que não basta estar um tempo tristonho lá fora; o ambiente cá dentro tem que estar tristonho também... Bah, nem quero pensar que durante esta semana vou ter que andar à chuva...

Tarde de cinema


Estou aqui a sacar filmes - milagre! que isso é coisa que eu nunca faço, a sério, porque nunca sei que filmes escolher - para ver durante a tarde. Está tão escuro lá fora e a chover, que é mesmo isso que apetece. Já que muitas das séries que sigo ainda não voltaram, hei-de me contentar com um filmezinho. E, como não cheguei a comprar pipocas, hei-de me contentar com a tablete de chocolate. Daqui a pouco vou comer qualquer coisa e depois não vou fazer nada durante o resto do dia. Ai que o fim-de-semana está a voar...

22/09/2012

Os meus fins-de-semana têm sido assim...


Chega o fim-de-semana e não me apetece sair de casa. Fico sem paciência de me vestir e de me arranjar. Apetece-me sempre, antes, ficar por aqui de pijama a ver séries, a desenhar ou a escrever pela noite dentro.

21/09/2012

Mais uma quase a voltar


Only 6 DAYS until the return of Grey's Anatomy. 
Opá, o Facebook é mesmo bom a dar novidades sobre séries!
Estou curiosa em relação a esta temporada. O final da anterior foi péssimo, a Lexie foi-se (e eu gostava tanto dela, bah) e, ao que parece, vai cada um para seu lado. Estou curiosa precisamente por isso, para saber o que vai ser daquela gente. É que parece que se vão separar quase todos, e, assim, vai perder a piada toda. Espero é que não saia (ou morra!) mais ninguém.
Gosto imenso da série; é que, apesar de dramática, há sempre aquela coisa do E agora o que vão fazer? Como é que se vão safar desta? e ainda dá para rir um bocadinho às vezes :P 
Quem mais segue?

Sósia


No outro dia na faculdade, uma rapariga pôs-se a falar comigo. Fez-me imensa confusão, porque ela era igual a uma colega minha, que também se encontrava lá na sala, mais à frente. Parecia mesmo ser ela, mas não podia ser, por causa das perguntas que a rapariga fazia - perguntas como se estivesse perdida ou caído ali de pára-quedas. Credo, foi tão estranho. Houve vezes em que me apeteceu perguntar-lhe se já não nos conhecíamos. E outras em que olhei à volta disfarçadamente para ver se realmente era a tal minha colega que estava ali mais à frente. Falámos um bocado, e só depois é que ela se apercebeu de que eu era do segundo ano. Aí ela disse-me que era do primeiro. Ela tinha-se enganado na sala e saiu de lá logo que se apercebeu disso. Era simpática a miúda, não parou de fazer perguntas e de arranjar assunto. Mas foi estranhíssimo, mesmo!

Karaoke Party


Já sei o que hei-de fazer quando estiver mais em baixo e estiver com saudades de jogar Singstar com muita gente. É só ir aqui e começar a cantar para animar. Eu cá acho que não canto lá muito bem, mas lá que me anima, anima.
Só é pena que muitas músicas de metal estejam trancadas, bah...

Viver com quem não se conhece - parte 5


Não, elas não fizeram nada de estúpido desta vez, tirando o facto de terem usado o pano-esponja de tal maneira que o coitado ficou mais preto do que amarelo.
Portanto, serve este post para dizer que as minhas colegas de casa não são fixes. Não, esperem, não é bem assim. Parece-me que as colegas de casa de toda a gente são fixes, menos as minhas - assim é que é.
Colegas de casa normais convivem, usam coisas umas das outras, vão juntas comprar coisas para a casa, até podem cozinhar juntas ou assim. Na minha casa, vive cada uma no seu mundo. Cada uma fecha-se no respectivo quarto e assim fica durante todo o dia e toda a noite - quando não tem que sair, comer ou ir à casa-de-banho. Se calhar isto acontece por não haver uma divisão partilhada por todas. Bem, existe a cozinha, mas prefiro ir lá quando está vazia, porque é muito apertadinha, e muita gente ali dentro é uma confusão. Aqui no apartamento não temos sala-de-estar. Havia, mas foi transformada no meu quarto - e por isso tenho um quarto bem grande, que adoro. E, por isso, nunca nos juntamos para ver televisão, um filme ou sei lá para que mais. Acho tão estranho. Por um lado posso fazer o que bem me apetecer sem ninguém me chatear, mas, por outro... Bah, gostava mesmo de morar com colegas minhas, mas gosto bastante da casa e do sítio. Não gosto é de chegar a casa e meter-me no quarto; não gosto de chegar e de não ser recebida por ninguém, de não haver alguém me alegre, alguém com quem falar, alguém com quem fazer uma maratona de filmes, alguém com quem fazer folia até às tantas...

Cansaço


Sinto-me cansada. Não é por causa das aulas, que estas ainda não têm sido nada de jeito e pouco ou nada tenho para fazer. É o calor. O calor põe-me mole. Já está a chatear este calor todo e o ter que andar de casaco de manhã e depois não o vestir mais durante o resto do dia. Hoje nem sequer levei casaco e consolei-me a levar com os chuviscos da manhã pelo caminho. Não estou a ser irónica. Soube-me mesmo bem, foi tão refrescante. Mas, passado um bocado, começou a chover mais e aí já não achei piada. Ainda bem que decidi levar o guarda-chuva comigo. Tinha pensado em deixá-lo em casa - não havia chuva na previsão, ora!
Vá, não é só o calor que me mete cansada, é também o não dormir o suficiente. Já não estou habituada a acordar todos os dias às sete e tal ou antes disso. O ano passado deixou-me mal habituada, pois havia dias em que só tinha aulas ao meio-dia. Ainda por cima tenho acordado mais cedo do que aquilo que é suposto. Ou entra claridade pelo quarto dentro, ou acordo com calor - lá está ele outra vez.
Agora que é fim-de-semana, vou vingar-me. Vou fechar bem os estores e o raio da claridade não me vai acordar outra vez. Amanhã e depois só vou acordar quando o corpo assim o entender.
A sério, estava a ver que o fim-de-semana nunca mais chegava. Preciso mesmo de dormir... Fui só eu a achar que esta semana passou devagar?
Entretanto sonhei esta noite que estava outra vez em intrarail. Mas, antes disso, estava num apartamento com a minha mãe e com duas colegas de curso (what?). Ligámos a televisão e estava a dar Morangos com Açúcar (really?). Deu uma música de Halestorm (wtf, música de jeito nos Morangos com Açúcar?). No momento a seguir já estava com os meus companheiros de intrarail - o meu pai e a minha irmã - a comprar um bilhete para um concerto dos Halestorm. Era caríssimo; o homem disse que o preço do bilhete estava errado, mas não deixava de ser caro. Eu estava para desistir, mas o homem tirou-me o cartão multibanco da mão e obrigou-me a comprar o bilhete. Sonho estúpido, e nem cheguei a ver o concerto xD

20/09/2012

Os erros mais comuns


Pelas redes sociais fora - Blogger incluído -, vêem-se imensos erros ortográficos que considero estúpidos por serem coisas mesmo básicas. Estes são os que vejo com mais frequência:
  • à em vez de quando a frase exige (claramente) o verbo haver
  • agente em vez de a gente (quando não se querem referir ao agente da polícia, como é óbvio)
  • asério ou assério em vez de a sério
  • ç antes de um e ou de um i (por exemplo: voçê)
  • fizes-te em vez de fizeste (ou outro verbo qualquer)
  • não saber onde pôr as vírgulas, o que faz com o leitor leia aquilo aos soluços sem necessidade nenhuma
  • ver (e isto é mais no Facebook) frases sem "expressão" nenhuma, tipo perguntas sem ponto de interrogação. Ou sem qualquer tipo de ponto. Enquanto que os das vírgulas obrigam-nos a ler aos soluços, estes fazem-nos ler tudo de rajada.
(E achava que sabia mais, mas agora não me consigo lembrar.)
Tira-me um bocado do sério ler coisas com erros. Ainda por cima coisas básicas, aprendidas na primária. Esta gente não andou na escola? Ou será que tem uma memória tão má que nem se lembra de coisas tão simples e que até chegam a ser automáticas? Ainda por cima estão a escrever para muita gente ver, por isso, para ambas as partes ficarem a ganhar - eles já não ficariam mal vistos por mal saberem escrever e nós, leitores, já não teríamos a tendência de ler tudo mal -, deviam tentar melhorar, certo? Nem é preciso dicionário, já que a própria internet serve de dicionário. Mas, sei lá, há pessoas que já estão tão habituadas a escrever daquela maneira, que já devem achar que a maneira delas é que é a correcta.

19/09/2012

Do nome


Como disse no último desafio, o meu primeiro nome é português e o último é americano. Há uns anos atrás não gostava nada. Mas agora, vendo bem, penso que isso foi por causa do facto de os meus colegas na escola gozarem com isso. Tratavam-me ou referiam-se a mim sempre pelo meu último nome, o que só me dava vontade de partir para a porrada. Irritava-me profundamente. Foram tantas as vezes em que disse Quem me dera ter um nome português. Assim toda a gente chamava-me pelo primeiro nome e toda a gente o percebia à primeira. Sim, porque ficava tudo de sobrolho franzido - ou aos segredinhos, se fosse na escola - quando dizia o primeiro e último nome. 
Agora até que não desgosto. Já houve quem me dissesse que ficava chique (ahah), o que me levou a mudar um pouco de opinião. Para além disso, o que também me fez gostar mais do meu nome foi o facto de ser único - pelo menos em Portugal. É que há montes de pessoas com o mesmo nome, o que me faz um bocado de confusão.
Só que não gosto nada quando me perguntam o primeiro e último nome. Porquê? Porque a situação não mudou. Continuam sem perceber e pedem sempre que o repita (nervos). É raro aquele que percebe, e ainda mais raro aquele que o consegue escrever direito. Ai que também não gosto nada quando o têm que escrever...é que escrevem-no de uma maneira mesmo parva, e uma pessoa lá tem que dizer Termina na letra tal e Em vez da letra não sei quê, é a não sei quantas. Mas ainda há gente que, mesmo assim, fica a olhar para mim com um sorriso parvo, como se não soubesse o que eu estou para ali a dizer, e não corrige. 
É chato. Mesmo muito chato.

18/09/2012

Indesejáveis


Numa universidade tão grande, é de esperar não vermos uma pessoa mais do que uma vez num dia. Sim, é isso que se espera. Mas, infelizmente, não é o que acontece! Estou farta de ver aquela gente, e o pior é que não nos vemos só nas aulas que temos em conjunto, é também nos corredores e até na casa-de-banho! E só de pensar que vou ter que ver aquele grupinho e que posso vir a ver outras pessoas noutro sítio...argh, que me dá uma coisinha má. Venho para cá para fugir e depois aparecem todos aqui. Parece perseguição. Eu nem quero ter nada a ver com essa gente e nem lhes dirigi uma palavra que fosse. Se acharem que sou mal-educada, pois que se lixe. Vejam só a minha cara de preocupada... Também podem ser consideradas a mesma coisa, já que também não me dirigiram a palavra. E não sou eu que vou aos blogs fazer comentários anónimos nojentos (hmm, ok, isto pode ser uma grande acusação, mas tenho a certeza de que pelo menos um dos anónimos anda num desses grupinhos). Por isso, estou-me a cagar para essa gente e não quero ter nada a ver com eles.

17/09/2012

Post deprimente - não leiam


No novo episódio de Glee, a Rachel desatou a chorar no final por se sentir tão perdida e sozinha em Nova Iorque. Como a compreendi. Quantas vezes disse que estava tudo bem e não estava... Quantas vezes me apetece desatar a chorar ou a gritar esteja onde estiver... Não sou feita de ferro e não sou invisível, foda-se! Tenho necessidades e sentimentos como toda a gente. E as pessoas cansam-me cada vez mais, porque são sempre elas que me deixam desta maneira. Depois ainda se admiram de eu ser meia anti-social...

16/09/2012

Nunca desistir


Tentou vender os seus romances a mais de 50 editoras, mas sem sucesso. Um dia, a precisar de dinheiro, decidiu publicá-los em formato digital (e-book) e comercializá-los em sites como a Amazon. No primeiro dia vendeu cinco livros. No segundo, outros cinco. Hoje vende quase dez mil por dia...
Com o sucesso online começou a loucura: vários dos maiores editores americanos fizeram-lhe ofertas milionárias. Acabou por assinar um contrato de sonho, ao vender a sua trilogia por dois milhões de dólares - e pouco tempo depois uma produtora cinematográfica adquiriu os direitos para cinema.

Que máximo, hein? Foi no que pensei ao ler pela primeira vez o excerto aqui de cima. Adoraria que me acontecesse o mesmo.
O texto refere-se a uma autora recente, Amanda Hocking. Tem 26 anos. "Descobri-a" na passada sexta-feira, quando resolvi dar uma volta pela Fnac. Não estava a pensar em comprar nada, mas comecei a ler a parte de trás de alguns livros, entre os quais o dela, Trocada, que me chamou logo a atenção por ter uma capa vermelha, coisa raríssima, já que quase todos os livros têm capa preta ou azul (atenção que estou a falar dos livros do fantástico, que é a única secção que vejo). E, bem, não resisti em trazê-lo para casa.
Andei a pesquisar. Cheguei ao blog dela, mas os posts eram todos gigantescos e não consegui ler aquilo tudo. Então parti para a pesquisa do "negócio" dos e-books.
Não é nada difícil publicar um livro no formato de e-book. Dá trabalho, sim, porque a pessoa sozinha é que faz tudo. Mas faz à sua maneira. Confesso que a parte que mais me assustou foi a da capa. A pessoa tem que fazer a sua própria capa, e eu não sei fazer montagens nem nada que se pareça digno de uma capa de um livro.
Nunca tinha pensado nisso dos e-books. Estou tão habituada a ler um livro em papel, em tê-lo nas mãos, que nem me lembro que os e-books existem. Também não me parece que sejam muitas as pessoas que os preferem aos livros normais. Mas a ideia deixou-me tentada, apesar de poder vir a ser um fracasso total. Se muita gente for como eu - não gostar de ler no computador e forreta ao ponto de não querer gastar dinheiro só para ler uma coisita (no computador) -, sim, pode vir a ser um fracasso. Não sei. Não quero desistir, porque não sou pessoa de escrever para a gaveta. Não me quero gabar, mas penso que as minhas coisas não merecem ficar na gaveta. Quando era mais nova pensava o contrário, que o que escrevia era uma treta e preferia que ninguém visse aquilo. Mas agora já aprecio o que faço.
Daqui a uns dias - ou semanas ou, melhor ainda, meses, porque escrever durante horas a fio vai ser cada vez mais difícil a partir de agora - hei-de voltar a pensar nisto. Escrever é aquilo que mais gosto e, sinceramente, não me consigo imaginar noutra carreira qualquer. O grande problema é que não rende praticamente nada. Para isso, só se emigrasse para a América...

Crap...


Vim a reparar que a minha turma este semestre é um bocadinho a puxar para o merdosa. Isto porque a grande maioria daquela turma já tem os seus grupinhos. Já eu e o meu grupinho ficámos separados, distribuídos por turmas diferentes. Agora não sei onde me vou meter quando for para fazer trabalhos de grupo. O que vale é que em algumas cadeiras os trabalhos são opcionais. Decidi logo que não os vou fazer. Nem sequer é por causa do grupo, é por não ter pachorra. Menos trabalho para casa significa mais tempo livre para me dedicar a coisas bem mais interessantes.

15/09/2012

Brilhar


Gostava de brilhar. De me destacar da multidão. De não ser uma simples alma que vagueia pelo mundo, perdida, desconhecida, à espera de ser descoberta. De ser admirada por algo que farei, de ser um exemplo para alguém. De ascender tão alto de modo a observar de lá de cima todos aqueles que me atormentaram e não acreditaram naquilo de que era capaz, tão pequenos e insignificantes lá do alto, como formigas. 

14/09/2012

Desafio #6


Logan e a Inn Gray passaram-me este desafio há uns tempos e vou finalmente fazê-lo.
Este desafio é oferecido a blogues com menos de 200 seguidores e as regras são as seguintes:
- Postar 11 coisas sobre ti;
- Responder às perguntas que a pessoa que te ofereceu o desafio te colocou;
- Escolher 11 pessoas a quem passar o desafio (e deixar o respectivo link para os seus blogues);
- Criar 11 perguntas para essas pessoas;
- Informá-las.

11 coisas sobre mim:

  • O meu primeiro nome é português e o último é americano
  • Comecei a usar óculos aos 7 anos e só no ano passado é que quis experimentar lentes de contacto
  • Quando era pequena era gorducha e resolvi emagrecer por vontade própria
  • Não suporto casas desarrumadas
  • Tenho que ter sempre uma garrafa de água comigo para onde quer que vá
  • Não sou nada afectuosa
  • Já quis ser médica legista
  • Lugares confusos e cheios de gente em que eu mal me consiga mexer agoniam-me
  • Detesto ter que estudar e ler livros ou textos enormes no computador - parece que nunca mais acabam
  • Nunca furei as orelhas e até acho que mais facilmente furaria o nariz do que as orelhas (adoro piercings no nariz)
  • Faz-me impressão ficar fechada em casa num dia de sol, pois sinto que estou a desperdiçar o dia.



As perguntas do Logan:

1- Já pensaste em pintar o cabelo de outra cor?
Adoro cabelos vermelhos, mas meti na cabeça que o meu tom de pele não combina com cabelo vermelho, daí nunca ter pintado.

2- Qual é a coisa que mais te arrependes de ter feito em 2012?
Sei lá, não me consigo lembrar de nada.

3- Que novidade destacas em 2012 na tua vida?
Idem.

4- Facebook ou Twitter?
Facebook. Apesar de nunca ter tido Twitter, não vou com a cara da coisa.

5- O que o sexo oposto tem de ter para te conquistar? Nomeia três.
Tem que saber ter conversas inteligentes, sentido de humor e mostrar que se importa.

6- Os fins justificam os meios?
Dependendo dos meios, acho eu...

7- És a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo?
É lá com eles...

8- Viver na cidade ou no campo?
Cidade, mas numa não muito grande, como a minha.

9- Um medo que já tenhas ultrapassado.
O medo de saltar da prancha mais alta de uma piscina lá da minha terra (opá, eu sei que é estúpido, mas não me lembrei de mais nada xD)

10- Há quanto tempo manténs o teu blog?
Há um ano e meio, mais ou menos.

11- Qual é a cor que mais gostas?
Azul.


As perguntas da Inn:


1. Achas que os teus pais te conhecem?

A minha mãe sim, mas não sei se completamente; o meu pai pouco ou nada sabe de mim.


2. És simpática ou antipática numa primeira impressão?

Tento ser simpática, mas não sei o que ficam a pensar de mim...


3. Sentes que, até agora, tens sido tu a criar as tuas próprias decisões ou a deixar que sejam os outros que decidam por ti?

Os outros têm dado sempre um empurrão, a quererem que eu vá pelo caminho que eles querem, como se o caminho que eu queira seguir fosse sempre errado.


4. O que farias de forma diferente se soubesses que ninguém te julgaria?

Metia-me a passear pelo mundo em vez de ir para a universidade e sobreviveria a assaltar casas ou assim xD


5. Qual é a memória mais feliz da tua infância? E porque é que é essa tão especial?

Essas perguntas de voltar atrás no tempo não funcionam comigo xD nunca me lembro de nada no momento...


6. Preferias perder todas as memórias ou nunca ser capaz de criar novas memórias?

Tenho muito boas memórias. Mas não criar outras seria como não viver...é uma pergunta bem difícil...


7. Que idade achas que tens se não soubesses mesmo a tua idade?

Uns 17, talvez.


8. Vais sair de Portugal. Qual o destino que escolhias para viver e qual era a primeira coisa que farias mal deixasses as coisas mais tranquilizadas?

Sinceramente nem sei, nunca fui pessoa de dizer que gostava de estudar ou de viver num certo país...


9. Qual o livro que lerias para o resto da vida sem te cansares?

Um do Harry Potter. Especialmente o 4º ou o último.


10. Como queres ou gostarias de ser vista nos olhares dos outros?

Como um exemplo.


11. A língua que querias falar tão bem como o português (caso fales bem português)

Claro que falo bem português xD Acho piada ao alemão...


E não me apetece criar perguntas.

Ainda nem começaram as aulas a sério e já não ando muito boa da cabeça

Estava a tomar o pequeno-almoço e a pensar no que podia fazer agora de manhã, já que não tive aula. Pensei em ficar a desenhar, mas depois lembrei-me de que a minha borracha já tinha ido à vida. E ontem meti um bife a descongelar para fazer hoje para o jantar, e só depois é que me lembrei de que não tinha tempero. E pronto, lá vou eu ter que ir outra vez às compras...

13/09/2012

O fim do mês podia ser já amanhã


Gostei muito do poster da nova temporada e já tenho saudades de ver isto!
Mas, fora o regresso desta grande série, tenho mais razões para querer que chegue o fim do mês :P

Viver com quem não se conhece - parte 4


Lá venho eu reclamar outra vez da rapariga nova, a G.. Ora, ainda ontem perguntaram-me se já sabia mais coisas sobre ela. Mas acontece que eu não a tinha visto durante a terça-feira toda e ontem também não. Nem tinha ouvido a porta do quarto dela abrir-se nem ela a bater à porta da casa-de-banho para lá ir enquanto eu lá estive. Pois, maldita a hora em que fui dizer que não sabia dela, já que ela ontem à noite resolveu dar sinais de vida da pior maneira. Estava eu sossegadinha no meu quarto a falar ao telemóvel com o A., quando, de repente, ouço várias portas a bater com toda a força e coisas a cair na cozinha, que é mesmo encostada ao meu quarto. Fiquei tipo Que raio?!. Deve estar mal com a vida, a miúda. Para estar a bater com as portas daquela maneira...
A meio da noite, a mesma coisa. Acordei com a porta da rua a abrir-se, seguido do barulho das portas daqui do apartamento a baterem com força. Fogo. Esta manhã tive que acordar antes das sete e, naquela altura, só rezei para que não estivesse quase na hora de me levantar. Vi as horas. Quatro e tal. Que bom. Mas continuei sem perceber o que raio estava ela a fazer àquela hora. E por que raio bate com as portas assim! Opá, é que estava a irritar mesmo; às dez e tal da noite ainda tem desculpa, mas depois das quatro da manhã?! Está a esticar a corda, a miúda...

12/09/2012

Regresso


Não foi assim tão mau voltar às aulas ontem. Quer dizer, se calhar não foi mau porque a primeira semana é sempre uma caca, já que não há propriamente aulas, e porque é engraçado rever os colegas e pôr a conversa em dia.
Já quando ia a sair da faculdade, ao ver todos aqueles "doutores" com os seus trajes, lembrei-me inevitavelmente do meu regresso às aulas do ano passado.
Tinha chegado ao Porto no último dia de matrículas. A viagem tinha sido marcada à última da hora porque não fazia ideia de que ia ser colocada no Porto. Até tive que ir por Lisboa, já que voos para o Porto não existem todos os dias. Portanto, fui para Lisboa e depois de comboio para o Porto.
Apanhámos um táxi para a faculdade assim que saímos da estação. O taxista não sabia onde ficava a faculdade e ainda demos uma volta ao pólo para ver se a encontrávamos. Pudera - mas eu na altura não sabia -: aquela faculdade só tem nome; edifício próprio, nem vê-lo. Acabaram, então, por informar o taxista que a dita faculdade ficava dentro de outra.
Ele lá entrou no parque de estacionamento. Na entrada principal do edifício, estava um montão de abutres - tradução, de "doutores" vestidos de preto -, o que me levou logo a pensar Pronto, lá estão aqueles todos convencidos só por terem traje e por serem mais velhos; oxalá não me chateiem. Mas penso que aquilo que me chamou primeiro a atenção foi o tamanho da faculdade. Uma coisa monstruosa, comparada à universidade da treta onde tinha passado um semestre no ano anterior.
O táxi parou mesmo à frente da entrada principal - e dos abutres - e lá tivemos que descarregar as malas todas. Eu tinha logo três malas grandes, e isto sem contar com uma mais pequenina, com a do computador e com as dos meus pais. E o pessoal trajado a olhar. Deve ter pensado que éramos uns tolinhos. Pudera, estávamos a tirar as malas de um táxi e a encostá-las a um muro, como se nos fôssemos mudar para a faculdade.
Fui fazer a matrícula. Perdi muito tempo. Depois uma "doutora" levou-me a conhecer a faculdade e deixou-me ainda mais abismada. Aquilo era enorme. Parecia um armazém gigante, nada acolhedor e muito cinzento. E um pouco caótico também, sempre com muita gente a andar de um lado para o outro, alguns apressados. Ao lado do edifício havia um jardim; ao fundo havia um bar e uma torre com cinco pisos que a rapariga disse ser a biblioteca - outra coisa que me deixou estupefacta. E ainda havia mais, mais edifícios. Até comecei a ficar confusa e a pensar que me iria perder naquele campus.
A seguir foi hora de ir embora. Levámos as malas todas atrás de nós pela rua fora. Em todas as árvores da rua, havia anúncios de quartos para alugar. Era um assunto que teríamos que tratar mais à frente. Naquele momento, só nos importou chegar ao fim da rua, o que ainda demorou. Lembro-me de termos chegado aos semáforos e de o homem do primeiro carro da fila olhar para nós e começar a gozar. Disse qualquer coisa tipo Onde é que vais com tanta mala?! e riu-se. Depois rimo-nos nós quando o semáforo ficou verde e o carro do homem foi abaixo.
Isto foi numa sexta-feira. Passámos o resto desse dia e o fim-de-semana à procura de uma casa para mim. Vi umas más, outras boas, não chegámos a ver algumas que tínhamos pensado ir ver. Até que, no fim da tarde de domingo, encontrei aquele que se tornou no meu apartamento dos tempos de aulas.
E no dia a seguir começaram as aulas. Fiquei outra vez abismada ao entrar no primeiro auditório. Tão grande. Lá me sentei, a sentir-me perdida. Lembro-me que não houve a primeira aula. Houve a segunda, que era - ainda me lembro! - de biologia celular. Estive meia a dormir porque estava certa de que ia conseguir a equivalência à cadeira. A seguir houve anatomia, o meu pesadelo do primeiro semestre - e a melhor coisa do segundo, dá para acreditar? A prof era magríssima e, enquanto falava de esqueletos, eu só olhava para ela a pensar que ela é que era um esqueleto autêntico. E falava, falava e nunca se calava ou abrandava. Parecia que tinha tomado uns dez cafés antes da aula. Foi nessa aula que conheci, finalmente, alguém. Quando saímos, estavam abutres à porta da sala. Levaram-nos a almoçar. Pelo caminho, conversei com a rapariga que tinha acabado de conhecer. Descobrimos coisas uma da outra e disse-lhe que não queria saber da praxe. Ela disse-me o mesmo. Até fiquei contente. Isto porque, no ano anterior, toda a gente aderia à praxe, como se fosse automático: entras na faculdade, logo, és praxado. Aqui, já não. Aqui é mais: entras na faculdade e perguntam-te se queres ser praxado. E eu adorei esta regra, ehehe.
A fila para a cantina foi enorme, formada por todos os caloiros do curso. O almoço foi uma valente treta e uma combinação esquisita: rissóis com batatas fritas. Comemos vigiados pelos abutres. Eles diziam para nos despacharmos, mas eu continuei na minha, uma vez que não queria ser praxada. Foi um almoço muito desconsolado, mas pronto, comeu-se.
Penso que foi nesse dia que fui com a minha mãe ao IKEA comprar coisas para a casa. Quando voltámos para casa depois das compras, chorei por dois minutos feita tola, por a minha mãe estar a gastar tanto dinheiro por causa de mim que podia não servir para nada caso eu quisesse mudar de curso outra vez.
Assim foram os meus primeiros dias de aulas do ano passado, uma grande mudança. A partir de agora serão mais do mesmo, uma vez que já estamos familiarizados com tudo, desde os edifícios aos colegas. E depois lá volta a velha rotina do acordar, preparar-se, ir às aulas, vir para casa trabalhar ou descansar ou não fazer nada de jeito. É uma coisa de que não gosto nada, a rotina e as obrigações que vêm com ela de mãos dadas. Mas, o que tem que ser, tem que ser...e eu ainda não me sinto psicologicamente preparada para voltar à vidinha de estudante.

Chegam aqui com...#4


A primeira diz: as pessoas têm o ask fm só para cuscar a vida dos outros. Não percebo o objectivo de irem escrever isso no Google. É isso e o provador da Tezenis... 

É ou não é?

"Have you ever noticed that when someone calls you selfish, that it is because YOU are not doing what THEY want you to do? So by definition, Aren't They the selfish ones?"

Um dos meus contactos do Facebook tinha esta frase e não resisti em partilhar aqui por achá-la bastante verdadeira. Desconheço o autor.

10/09/2012

Viver com quem não se conhece - parte 3


Aqui no apartamento havia um quarto vago. Ora, já está ocupado e eu nem sabia de nada.
Na semana passada, quando cá vim deixar as coisas, estava aqui uma rapariga, a nova colega de casa. Como estava com pressa, não consegui saber nada dela para além do nome. Deu para ver que tinha tomado conta do sítio, ou seja, tinha posto as coisas onde bem lhe apeteceu. Para além disso, pareceu-me ser uma obcecada por limpezas, pois tinha trazido um monte de detergentes, que pôs no chão como que para toda a gente ver.
Ontem cheguei a casa e estava um cheiro a lixo que nem vos conto. Aqui os escravos é que estiveram a meter o lixo na rua e a lavar o caixote. Enquanto isso, a rapariga estava no quarto, na boa, como se não notasse aquele cheiro nauseabundo. Depois ainda disse que o lixo tinha sido do dia anterior. Sim, até parece que, num único dia, ia fazer aquele lixo todo e aquilo ia largar um cheiro daqueles... Como se isso não bastasse, a cozinha estava um nojo. E eu a pensar que ela era pegadinha com as limpezas...e, se já achava a outra uma badalhoca... Espero que ela entre na linha, porque viver com duas badalhocas não vai dar. Ainda por cima tenho que partilhar a casa-de-banho com esta, o que é muito chato. Não é só a parte da sujeira, é também o facto de se estar apertadinha e não poder lá ir porque está ocupada. Às vezes penso que mais vale viver sozinha. Isto assim dá chatices. Mas os meus pais não são ricos para me pagarem um apartamento só para mim...
Bem, entretanto já fiz tudo o que tinha a fazer esta manhã: limpar o quarto, lavar a roupa que usei na viagem, fazer compras para a casa... E já saiu o meu horário. Opá, fiquei contente quando vi que me tinha calhado aquele de que gostei mais. É o único com duas tardes livres, e eu gosto muito mais de tardes do que de manhãs livres. O mais chato vai ser sair às seis nos restantes dias, mas não há nada que não se aguente. Fiquei foi tola quando vi que uma das cadeiras vai ser dada noutra faculdade. Que estupidez. Ainda por cima na de farmácia, o curso que eu tanto adorei! (isto é uma ironia) Djizas, ainda por cima nem tenho passe de metro, deviam reembolsar-me essas viagens todas que vou ter que fazer...
Hoje ainda nem vi a rapariga nova. A outra que já cá morava no ano passado, a J., ainda nem a conhece. É uma alegria! E ontem vi-a - a rapariga nova - a entrar com um rapaz, mas não lhe disse nada porque estava ao telefone. E agora fica o mistério...será que ficou aqui durante a noite? Será que ainda está? Será que vai viver aqui sem ninguém saber?! Bem, eu e a J. temos a política de avisar se vamos trazer alguém cá para casa, nem que seja só para jantar. Esta nova, claro, nem um pio. Mais uma vez, é uma alegria. Tal como a J. disse hoje, temos que ensinar à novata as "regras" daqui do sítio. Ah pois temos... Mas também acho uma falta de interesse ela fechar-se no quarto ou sair porta fora sem querer conhecer as pessoas com quem vai morar. Ou sem querer saber se fazemos divisão de tarefas...enfim...é uma alegria...

IntraRail

Foto da nossa autoria. Por favor não a utilizem sem autorização.
Estou de volta e cheia de vontade de actualizar o blog! Credo, numa única semana ganhei seguidores, propuseram-me desafios e devem ter escrito uns cinquenta posts cada um - que eu não vou ler, sorry xD Voltar aqui ao mundo virtual depois de uns dias sem cá vir deixa uma pessoa doida. E isto para não falar das notificações do Facebook, djizas... Mas vá, cada coisa a seu tempo! E o blog é muito mais interessante que o Facebook, por isso, vamos lá.
Pois bem, eu fiz um intrarail pelo norte. Uma experiência diferente, que deu para conhecer bons lugares - e outros nem tanto -, apesar de um bocado cansativa.
Cheguei ao Porto na segunda-feira passada. Vim a casa deixar a tralha, almoçámos e ainda demos uma volta. Depois, seguimos para Braga. Gostei muito de Braga, foi a minha preferida. Muitos jardins, muitas flores, muitas ruas pedonais, muitos monumentos. De Braga segui para Guimarães. É uma cidade engraçada também, mas achei que, como capital da cultura, deixou muito a desejar. Visitei o castelo, como é óbvio, e a Serra da Penha, da qual gostei muito. Nunca diria que ali em cima houvesse tanta coisa. Era como um jardim enorme, cheio de caminhos por onde seguir, e ainda com cafés, uma igreja e um hotel. Depois fomos até Bragança. Nem sei bem por que lá fomos, já que aquilo não tinha praticamente nada. Foi onde menos gostei de estar. Pelo caminho passei por Vila Real e por Mirandela, mas estava tanto calor e eu até já estava cansada de andar de carro, que nem consegui apreciar nada. Já em Bragança, jantámos num restaurante muito, muito bom. Tinha um ar muito chique xD e adorei a comida, principalmente a sobremesa. No dia a seguir vimos umas exposições por lá. Gostei imenso de uma de pintura. Os quadros eram lindos, muito coloridos. Ainda passámos pelo parque biológico de Vinhais, muito giro também. Daí, seguimos para o Gerês. Detestei esta viagem. Andámos tanto de carro, estava com dor de cabeça e a estrada tinha tanta, mas tanta curva, que eu até comecei a ficar enjoada - e eu nunca na vida tinha ficado enjoada por andar de carro. Passámos por Chaves, cidade que achei uma autêntica tristeza, não gostei nada. Quando chegámos ao Gerês já era noite, não comi quase nada e só queria ir dormir. Para compensar, o dia seguinte foi bom. Fomos ao parque nacional. Andámos por ali fora até encontrarmos uma lagoa, onde tomámos um bom banho. No início estava receosa porque achava que a água era gelada, mas, afinal, era óptima. E soube tão bem estar ali, no meio daquela paisagem, longe de barulhos e de confusão. Teria ficado ali o dia inteiro...se não me tivesse dado fome. Fomos a outro restaurante muito, muito bom. Para mim, este até superou o de Bragança. Depois, quando já estávamos a voltar para o hotel, passámos por outro lago onde havia canoas, gaivotas e motas de água e parámos lá para dar uma voltinha de canoa. 
Ontem regressei ao Porto e não me apetece nada voltar à rotina. Precisava de descansar mais um pouco, já que a viagem foi cansativa. Não só a parte de andar de carro, mas também por não me deixarem dormir à noite e por acordar sempre cedo para apanhar o pequeno-almoço dos hotéis. E por ter sempre que andar de um lado para o outro quase a fugir. Enfim, uma experiência diferente...que não sei se voltarei a repetir xD Fiquei farta de andar de carro e de ouvir a voz da mulherzinha do GPS, e isto para não falar do facto de o meu pai ter estado bem chato em certas alturas do dia xD

02/09/2012

O lado positivo


Sempre me disseram para pensar no lado positivo das coisas, por mais penosas que fossem. E foi nisto que estive a pensar hoje, enquanto fazia a mala para mais uns meses fora de casa. Há coisas positivas nisto, sim. É muito chato ir, é chato estar sempre a fazer e desfazer malas, é chato estar pouco a pouco com despedidas, é chata a faculdade, é chato estar para lá sem as pessoas mais importantes. Mas, apesar de tudo, a liberdade que se tem é positiva. Sabe bem comer às horas que nos apetece, por exemplo, em vez de haver os horários do almoço e do jantar. Se acordo ao meio-dia, é na boa, tomo o pequeno-almoço ao meio-dia. O almoço fica para as quatro da tarde. É na boa! Por acaso adoro isto. E fazer de uma tigela de cereais um jantar. E comprar aquilo que quiser comer - não sou nada esquisita para comer, muito pelo contrário, mas, às vezes, dão-me aqueles desejos... E fazer refeições leves aos fins-de-semana, e mesmo comer pela ordem que me apetecer, como, por exemplo, comer a fruta primeiro. Mas é claro que isto não fica pela comida. É dormir quando se quiser, acordar à hora que for - pronto, aos fins-de-semana -, é sair de casa se apetecer, é ficar em casa se for isso que apetece. É ter tempo só para mim, sem ninguém a puxar-me para uma coisa ou outra ou a olhar-me por cima do ombro ou a interromper-me. E é também não ir às aulas só porque não há paciência e não estudar e ir fazer coisas mais interessantes só porque sim, eheh. Este ano vou tentar queixar-me menos - ou não me queixar de todo - acerca de passar os fins-de-semana sozinha e de não ter nada que fazer, e passar a aproveitar estes momentos da melhor maneira, porque é assim que merece ser passado o tempo que temos só para nós. Vou passar a pensar mais no lado positivo e, por vezes, mandar a faculdade lixar-se um pouco :P

Roupa, roupa e mais roupa


Hoje aproveitei o tempo da treta para começar a arrumar as coisas para a viagem. Sempre que o faço, fico espantada com a quantidade de roupa que tenho. Não é que ande sempre a comprar - raramente o faço. Mas é como se coleccionasse roupa ao longo dos anos. Não são só aquelas que compro, mas também aquelas que me oferecem nos anos e no Natal. Há certas peças que já uso desde há uns aninhos, e continuam em bom estado e gosto tanto delas, que já são como que parte de mim e não consigo desfazer-me delas. Depois ainda há aquelas que encontramos enquanto estamos a fazer limpezas - não, não estou a falar das limpezas à casa, mas sim de escolher que roupas havemos de dar e quais as que devem continuar connosco. Nestas alturas encontro cada coisa...coisas das quais já nem me lembrava, o que leva a comentários do tipo Ah, tão gira!Já nem me lembrava disso!Ohh, isto vai ficar tão giro com as calças x ou com os sapatos y!. E pronto, lá continuamos com elas. Se ainda estão em bom estado e se algumas delas voltaram a estar na moda, então por que não mantê-las? E também acontece encontrar coisas que nem eram minhas mas que são giras e acabam por me servir, o que faz com que ganhe roupa nova de repente. E com isto gasta-se pouco dinheiro em roupa! Por acaso sou daquelas que só compra em situações excepcionais...ou seja, a coisa tem que ser muitíssimo gira ou diferente.

01/09/2012

O raio dos livros


Os livros da editora Saída de Emergência parecem ser sempre maiores do que aquilo que são. Isto acontece porque, no final de cada livro, põem um excerto de outro livro qualquer. Não faria mal nenhum se fosse um pequeno excerto, mas não é isso que acontece: põem um, dois ou três capítulos. Um exagero. E é chato uma pessoa pensar que ainda tem um monte de páginas para ler e, afinal, aquele monte de páginas está reservado a três capítulos de outro livro que não tem nada a ver com o que acabámos de ler. E chegámos ao fim mais cedo do que queríamos. Foi o que me aconteceu ontem. Acho um desperdício de papel, já que nunca os leio...são como páginas em branco aos meus olhos. Para além de me chatear pensar que o livro tinha 280 páginas, e, no fim de contas, ter 240...

Ora, porra


Apetecia-me tanto não ir à porra daquela viagem. Não programar o despertador de propósito e ficar deitada e, mesmo que me viessem acordar, continuar ali sem me mexer, de modo a perder o avião. Porque, porra, podia ficar aqui pelo menos mais uma semana. Mas não. Tenho que ir naquela viagenzinha super interessante. Não vou e venho - se assim fosse, estava-me a cagar. Vou e fico de vez. De Setembro a meio de Dezembro, sem interrupções pelo meio. Por isso, não, não podia estar mais contente...