Tentou vender os seus romances a mais de 50 editoras, mas sem sucesso. Um dia, a precisar de dinheiro, decidiu publicá-los em formato digital (e-book) e comercializá-los em sites como a Amazon. No primeiro dia vendeu cinco livros. No segundo, outros cinco. Hoje vende quase dez mil por dia...
Com o sucesso online começou a loucura: vários dos maiores editores americanos fizeram-lhe ofertas milionárias. Acabou por assinar um contrato de sonho, ao vender a sua trilogia por dois milhões de dólares - e pouco tempo depois uma produtora cinematográfica adquiriu os direitos para cinema.
Que máximo, hein? Foi no que pensei ao ler pela primeira vez o excerto aqui de cima. Adoraria que me acontecesse o mesmo.
O texto refere-se a uma autora recente, Amanda Hocking. Tem 26 anos. "Descobri-a" na passada sexta-feira, quando resolvi dar uma volta pela Fnac. Não estava a pensar em comprar nada, mas comecei a ler a parte de trás de alguns livros, entre os quais o dela, Trocada, que me chamou logo a atenção por ter uma capa vermelha, coisa raríssima, já que quase todos os livros têm capa preta ou azul (atenção que estou a falar dos livros do fantástico, que é a única secção que vejo). E, bem, não resisti em trazê-lo para casa.
Andei a pesquisar. Cheguei ao blog dela, mas os posts eram todos gigantescos e não consegui ler aquilo tudo. Então parti para a pesquisa do "negócio" dos e-books.
Não é nada difícil publicar um livro no formato de e-book. Dá trabalho, sim, porque a pessoa sozinha é que faz tudo. Mas faz à sua maneira. Confesso que a parte que mais me assustou foi a da capa. A pessoa tem que fazer a sua própria capa, e eu não sei fazer montagens nem nada que se pareça digno de uma capa de um livro.
Nunca tinha pensado nisso dos e-books. Estou tão habituada a ler um livro em papel, em tê-lo nas mãos, que nem me lembro que os e-books existem. Também não me parece que sejam muitas as pessoas que os preferem aos livros normais. Mas a ideia deixou-me tentada, apesar de poder vir a ser um fracasso total. Se muita gente for como eu - não gostar de ler no computador e forreta ao ponto de não querer gastar dinheiro só para ler uma coisita (no computador) -, sim, pode vir a ser um fracasso. Não sei. Não quero desistir, porque não sou pessoa de escrever para a gaveta. Não me quero gabar, mas penso que as minhas coisas não merecem ficar na gaveta. Quando era mais nova pensava o contrário, que o que escrevia era uma treta e preferia que ninguém visse aquilo. Mas agora já aprecio o que faço.
Daqui a uns dias - ou semanas ou, melhor ainda, meses, porque escrever durante horas a fio vai ser cada vez mais difícil a partir de agora - hei-de voltar a pensar nisto. Escrever é aquilo que mais gosto e, sinceramente, não me consigo imaginar noutra carreira qualquer. O grande problema é que não rende praticamente nada. Para isso, só se emigrasse para a América...
já me tinham falado sobre a edição de e-books e realmente fiquei a pensar durante uns instantes mas assim como tu também não sou grande amante desses e-books... lol
ResponderEliminarmas convém lembrar que esses casos de sucesso são casos isolados e que uma pessoa não pode contar sempre com o ovo no cú da galinha :(
Se não tentares, não saberás!
ResponderEliminarNão sou fã de e-books. Não tenho paciência para ler livros sem ser em papel.
ResponderEliminarJá ouvi falar do "Trocada" e dizem que não é grande coisa. Li um excerto e não me chamou a atenção.
Escreve é uma das coisas que mais gosto de fazer, porém prefiro ler e criticar.
O problema das editoras é que não apostam em livros portugueses. Muitas vezes, nem sei que certos escritores existem, porque mal se ouvem falar deles...
olha que ainda há algumas pessoas que aderem aos e-books, porque não tentar? mesmo que venha a ser um fracasso ao menos sabes que tentaste :) é uma boa ideia sim senhora :)
ResponderEliminarNão conhecia a autora, ela tem um blog? interessante... podias-me dar o link para eu espreitar sff? :)
Já li o livro "Trocada" e os outros dois a seguir e amei a série, só não gostei do fim da história, mas o plano de acção e as personagens são completamente novas para mim em termos de fantasia e é muito bom lermos um livro diferente que chega a ser original e bastante interessante.
ResponderEliminarbjs