21/08/2012

Crianças...

Não gosto de crianças desde sempre. Já em pequenina dizia que nunca ia ter filhos. Nem nunca brinquei com Nenucos nem coisas deste género, só para verem o quão fantástico é o meu instinto maternal. Desde essa altura até agora, a minha opinião não mudou. Continuo a não gostar de miúdos. Sei ver quando são fofinhos, mas isso não faz com que me derreta toda. Os animais pequenos são capazes de me derreter mais do que as crianças ou bebés. Mas, por trás daquele ar fofo, uns mais e outros menos, escondem-se pestes barulhentas que me dão cabo dos miolos. Quantas vezes já me aconteceu estar numa praia, num parque de campismo, num jardim, num café, numa loja, etc etc, e estar também lá uma ou mais crianças num choro infernal que parece que nunca mais acaba? Milhões de vezes. Parece que é de propósito. Enerva-me, e não é pouco. Estou eu a querer descansar, e está um miúdo aos berros. Já comecei a pensar que as praias deviam ser divididas em duas zonas: uma para famílias com crianças e outra para quem não leva crianças. Seria cá um sossego... Mas isto não fica por aqui. Há também aquelas que querem tudo e mais alguma coisa, e, quando não as podem ter, berram como se não houvesse amanhã; há aquelas que, quando tomam banho, parece que estão numa câmara de tortura; há aquelas que dizem aquilo que querem e que não são repreendidas nem consideradas mal educadas porque são crianças inocentes - já se for uma pessoa da minha idade a dizer aquilo que quer, o caso é outro, o que eu também não acho certo. Também já apanhei pais a discutir aos berros em locais públicos por causa do menino/menina, como quem diz Olhem para nós, estamos a discutir. Pois é, podem ser diabólicos ao ponto de pôr as pessoas umas contra as outras. E de fazer com que elas vivam em prol deles. Eu sei que, com o meu feitio, nunca seria capaz de ter filhos. De qualquer maneira, nem os quero. Nem ligo aos filhos dos outros - quando são pequenos, note-se. Quando os meus primos eram pequenos, pouco ou nada lhes ligava. Quanto mais longe estivessem de mim, melhor. E isto agora aplica-se a qualquer criança que conheça ou que encontre. Se estão aos berros, é um inferno e só me apetece fugir. Se estão quietas, caladas ou estão tão entretidas com alguma coisa de modo a não me chatearem, é bom. Mas, mesmo assim, quero que se mantenham longe de mim. Sim, está bem, acredito que haja muito ponto positivo em ter filhos. Mas eu conheço-me. E tenho a certeza de que nunca vou mudar de opinião. Se não mudou até agora...

2 comentários:

  1. Eu sou o oposto. Aliás, a única coisa em comum é que eu também não brincava com nenucos nem nada do género. Tinha uma colecção de carrinhos e bastava :)
    Mas gosto imenso de crianças

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