Perguntinhas #13 - Certified Bookaholics

A *Nightwish* nomeou-me para esta TAG, que foi criada por ela e em conjunto com a C. e o Tio. Como bookaholic que sou, fiquei toda contente por ter sido nomeada, se bem que, mesmo que não fosse, tê-la-ia "roubado" de qualquer maneira, pois achei-a muito gira e muito interessante. Basicamente, e como qualquer outra TAG, as regras consistem em responder às perguntas. Aos bookaholics que por aqui passarem, dou permissão de a levarem para os vossos blogs e de responderem ao desafio, já que é sempre interessante ler sobre os gostos literários dos outros.

1. O primeiro livro/colecção que te vem à cabeça

A série Harry Potter. Talvez por ter sido aquela que impulsionou o meu gosto pela leitura.

2. Um livro que dizes a todos para não ler

A Cabana, de William P. Young. Detestei este livro, era sempre a mesma coisa, havia diálogos que eu nem sequer compreendia - e desistia de tentar compreender - e tinha o seu quê de ridículo. Se algum dia me perguntarem qual o livro que não devem ler, eu respondo este. Há quem goste, mas eu não me lembro de ter detestado tanto um livro como neste caso.

3. O livro mais caro e o livro mais barato que tens (oferecidos não contam)

O mais barato foi o Hex Hall, de Rachel Hawkins. Custou-me três euros e meio. Já tinha lido a sinopse algures e pareceu-me interessante, por isso, quando o vi à venda a um preço tão baixo, achei que tinha pouco a perder e trouxe-o.

Quanto ao mais caro, bem, eu não costumo dar mais de dezoito euros por um livro. Ou espero por alguma promoção, ou espero que me ofereçam estes livros mais caros. Sendo assim, acho que os mais caros que comprei custaram-me dezasseis euros e qualquer coisa, e lembro-me que isto aconteceu com dois livros de Juliet Marillier, O Voo do Corvo e A Voz, que custaram mais ou menos a mesma coisa. E isto foi o preço da feira do livro...

4. Conto de fadas favorito

Acho que nunca li um conto de fadas...apenas vi filmes. Da Disney. Conta? É que, sendo assim, o meu favorito é A Pequena Sereia. Quer dizer, é passado no mar e debaixo de água e tem sereias, é óbvio que é o meu favorito, eheh.

5. Top 3 das tuas personagens favoritas (sejam principais ou não)

- Drizzt Do'Urden, da Trilogia do Elfo Negro (R. A. Salvatore). Fiquei completamente encantada com esta personagem. É fiel a si próprio e não se deixa influenciar pelos outros, mesmo tendo perfeita noção de que pensa de maneira diferente e que nunca será aceite na sua sociedade devido a isso mesmo. Foi capaz de sorrir inocentemente num mundo tão negro - um gesto que me conquistou desde logo - e de acreditar que existia um lugar melhor onde poderia ser livre e aceite, pois o mundo é muito mais do que aquilo que conhecemos. Tem um coração de ouro, mas não é ingénuo. Com a trilogia, passamos a conhecê-lo tão bem por acompanharmos a sua vida desde que nasce, e essa grande proximidade entre leitor e personagem consegue torná-lo numa das personagens mais cativantes que já conheci. Bem dizia Ed Greenwood, na introdução do primeiro volume da trilogia: Invejo aqueles que conhecerão Drizzt pela primeira vez. Percebo, agora, o que quis dizer.

- Flint, da série Shadowfell (Juliet Marillier). Este é, provavelmente, o meu crush literário. Gostei dele logo no primeiro momento em que apareceu, por ser tão misterioso e tão fascinante ao mesmo tempo. E, quanto mais vim a descobrir e quando comecei a conhecê-lo melhor, apercebendo-me de como era enquanto ser humano, gostei ainda mais dele. É tão fofo.

- Adam, da série Orbias (Fábio Ventura). Tinha que o incluir. Acho que foi a primeira personagem com a qual me identifiquei bastante, e isto logo no momento em que apareceu no livro pela primeira vez. Porque, vejamos:

"Tinha dificuldades em comunicar com as pessoas e fazer amigos. (...) Para os seus dezanove anos, era demasiado maduro e introvertido. Talvez por isso fosse marginalizado por algumas pessoas. Não aceitavam o facto de Adam não gostar de sair à noite ou de se embebedar como os demais jovens. Mas ele estava-se nas tintas para isso, embora se sentisse muito sozinho e incompreendido. Por isso mesmo, refugiava-se no seu mundo, nos seus pensamentos, na sua imaginação..."

Ora, se isto não sou eu...! 

6. Top 3 das personagens que menos gostaste (sejam principais ou não)

- Zoey Redbird, da série Casa da Noite (P. C. Cast e Kristin Cast). Super irritante e super infantil, e o pior é que é a personagem principal. De início, era uma personagem normal, mas, a partir do momento em que começou a interessar-se por todos os rapazes que lhe apareciam à frente a ponto de ficar com três namorados ao mesmo tempo, opá, what a bitch. Tornou-se numa anormal. Para além de que, a partir de um certo livro, as autoras passaram a incluir capítulos escritos a partir do ponto de vista de outras personagens, e estes eram escritos na terceira pessoa, em vez de na primeira. E tornou-se bem mais agradável ler as coisas na terceira pessoa. Quando voltava para a primeira - e, portanto, quando voltava à nossa "querida" Zoey -, a linguagem era bem mais infantil e irritante, com algumas coisas despropositadas, mas enfm.

- Blake Harrison, de Destinos Interrompidos (Lissa Price). Esta deve ser a personagem masculina mais "sem sal" do universo literário. A sério, não tem mesmo piada nenhuma. Nunca percebi o que a protagonista viu neste gajo, e até acho o romancezito entre eles pouco credível.

- Ever Bloom, da série Os Imortais (Alyson Noël). Tão tonta, tão ingénua, tão agarrada ao namorado, tão totó devido ao facto de estar sempre a esconder-se nos seus casacos com capuz, tão insegura, tão teimosa que não faz nada de jeito, tão desesperada por sexo que até irrita.

7. Top 3 de lugares que existem só em livros que gostarias de visitar

- Hogwarts

- Nárnia

- Terra Média

8. Uma personagem que trarias à vida real

Acho que não traria nenhuma. Honestamente, acho que nunca desejei que alguma personagem existisse mesmo. Preferia que existisse Hogwarts.

9. Um livro que te fez feliz

Esta é uma pergunta difícil, já que os livros que mais gostei de ler fizeram-me feliz. Mas, se tenho que escolher só um, então escolho o meu livro favorito, A Passagem, de Justin Cronin. Tudo nele me fez feliz. A história, o enredo, o modo como tudo estava construído, a forma como estava escrito, o facto de ser tão rico e complexo que fazia com que me sentisse a ver uma série em vez de a ler um livro... É fabuloso, e senti-me sempre feliz de todas as vezes que podia pegar nele para ler mais um bocado.

10. Um livro que te fez chorar

Nunca chorei a ler um livro. Já li uma ou outra passagem mais triste, mas nunca me vieram as lágrimas aos olhos.

11. Um livro que te fez pensar

A Culpa é das Estrelas, de John Green. Fez-me pensar em como a vida pode ser curta e traiçoeira quando menos se espera. E, por isso, fez-me pensar em como devemos aproveitar cada dia e cada momento. E em como devemos vivê-los com intensidade. E em como devemos arriscar...

12. Um livro que te fez rir

Tenho que mencionar novamente A Culpa é das Estrelas. Porque lembro-me perfeitamente de me ter rido com este livro, mesmo literalmente. Havia partes hilariantes, mesmo a sério. Não sei se a ideia do autor foi realmente escrever um livro que pusesse as pessoas a rir e a chorar ao mesmo tempo (eu não chorei, mas sim, foi triste). Se foi, missão cumprida. Se não foi...bem, temos pena.

13. Pior adaptação cinematográfica de um livro

Crepúsculo. Claro que foi o Crepúsculo.

Eu adorei este livro e os outros que se lhe seguiram (e não me venham dizer que aqueles vampiros não são vampiros...ao menos a autora foi original e criou algo de diferente, e isto não devia ser visto com tão má cara), mas os filmes vieram manchá-los e humilhá-los completamente. O filme foi super estranho e parado e as personagens eram igualmente cismadas e tão..."sem sal"! Quer dizer, o Edward nem sequer era bonito, e devia ser.

As pessoas passaram a julgar os livros pelos seus filmes, o que é errado. Fiquei extremamente desapontada com aquele filme, e irritava-me ver toda a gente a dizer o quanto esta saga era péssima, só porque os filmes eram (demasiado) péssimos.

14. Livro(s) que vais ter que reler

Gostava de reler a série Casa da Noite, já que, no último livro da série que li, já não estava muito por dentro da história. Acabei por perder o fio à meada, porque aquilo tem tanto livro - são doze (!) no total, e ainda me faltam os últimos três -, e eu, enquanto esperava pelo próximo, começava a ler outros, de maneira que fiquei toda baralhada quando voltei a esta série. Acho que foi isto que me fez desistir dela, embora tivesse gostado muito dos primeiros volumes. E é por isso que, já agora, gostava de ver como acaba. Mas, para isso, gostava de ler tudo de novo para não me perder outra vez.

15. Um livro que te vez voltar uma página atrás devido ao choque

Já fiz isso com diversos livros, é verdade. Mas lembro-me perfeitamente de o ter feito no Harry Potter e a Ordem da Fénix, quando o Sirius morre (isto não é spoiler, pois não? Toda a gente sabe isso...). Porque eu gostava tanto dele, e a forma como morreu foi tão estranha, que eu tive que ler aquilo várias vezes para cair em mim e perceber que, enfim, ele não ia voltar.

16. Um livro que aches que esteja incompleto

Não sei bem ao que se refere o "incompleto", mas vou responder com o Trocada, de Amanda Hocking. Considero-o incompleto porque precisava de ser mais trabalhado. Precisava de mais detalhes e que as coisas se desenrolassem de outro modo - algumas partes desenrolaram-se depressa demais, tão depressa que se tornavam irreais e confusas.

17. Um livro com um final inesperado

O Dente de Dragão, de Paul Collins. Há três personagens principais, que são companheiras de viagem e andam pelo mundo e são amigos e etc. Um típico grupo de aventura. Qual não foi o meu espanto quando, no fim, descubro que uma delas é uma traidora e que se aliou ao inimigo... Mal me lembro da história, mas nunca me esqueci deste final. Nem nunca encontrei o livro seguinte à venda...

18. Um livro que terminou num cliffhanger 

Hex Hall, de Rachel Hawkins. Acabar o livro com (...) vou-me submeter à remoção? Whaaaat?! Não estava mesmo nada à espera, e isto deixou-me a querer saber o que se vai passar a seguir - embora desconfie que o terceiro volume desta colecção nunca tenha chegado cá...

19. Um livro com um final de arrancar cabelos

Em Parte Incerta, de Gillian Flynn. Porque, quer dizer, depois de tudo o que aquela cabra fez, ela ainda...argh, que nervos, só apetecia matá-la ali mesmo. Pobre Nick... Confesso que queria saber como seria a vida dele dali para a frente. Se daria em doido e acabava por dar um tiro a si próprio, ou se se tornava completamente louco como ela...

20. Uma citação importante

Queria tentar lembrar-me de uma frase toda filosófica e bem escrita que nos fizesse pensar, mas, se houve uma que me marcou, a ponto de eu nunca, nunca me ter esquecido dela desde que a li pela primeira vez, foi uma que surge mesmo no final do Harry Potter e o Cálice de Fogo: O que tiver que vir, virá. Esta frase, tão simples e que nada tem de extraordinário, ensinou-me a não sofrer por antecipação e a não ficar preocupada ou stressada com coisas parvas que eu sei que terão que acontecer e que irão mesmo acontecer. Às vezes, não podemos mudar o destino e há coisas que têm mesmo que acontecer, por muito que não queiramos ou por mais que tentemos fugir delas.

21. Uma música perfeita para ler

Não gosto de ler com música. Mesmo as instrumentais conseguem mexer-me um bocado com a cabeça. Prefiro o silêncio absoluto, e, se tiver que haver um ruído de fundo, que seja o canto dos pássaros.