Regra geral, depois de sair de um concerto, para além de passar a gostar ainda mais e de ganhar uma maior admiração pelos artistas em questão, passo os dias seguintes a ouvir as músicas que lá tocaram. É o que chamo de "depressão pós-concerto".
O último concerto a que fui, o do (grande!) Steven Wilson, foi há praticamente um mês atrás. E, até agora, tornou-se na "depressão" mais difícil de curar.
Primeiro, porque tive uma enorme vontade de explorar a sua discografia, não só do seu projecto a solo, mas, também, dos Porcupine Tree, banda que fundou e da qual faz parte, e que já conheço há anos - e há tanto por explorar... Depois, porque, volta e meia, dou por mim com músicas dele na cabeça, e lá tenho que as ouvir. E, aí, fico com uma nostalgia tão, tão grande... Tive, inclusive, uns dias em que só me apetecia ouvir Steven Wilson e/ou Porcupine Tree. Mais nada, mesmo.
E, agora, parece que ando nisto outra vez. É que as músicas são tão, mas tão boas, que, enfim. Não dá para parar de ouvir, simplesmente não dá.
Se, antes do concerto, estava completamente rendida ao seu novo álbum, Hand. Cannot. Erase - que foi o que me convenceu a comprar o bilhete, porque, se nunca o tivesse ouvido, nunca teria ido ao concerto (e não estaria com esta "depressão" agora!) -, agora estou apaixonada pelo seu antecessor, The Raven That Refused To Sing (And Other Stories), do qual faz parte a música que aqui deixo. Podia ter colocado outra, como a fantástica The Watchmaker - a única da setlist do concerto que eu não conhecia, mas que adorei logo no início - ou a lindíssima Drive Home, que tem um dos melhores solos que já ouvi. Mas deixo a que dá o título ao álbum, por se ter tornado especial.
De todas as vezes que a ouvi, não gostei dela. Achei-a chata, sem graça. Meia deprimente, até. Mas, de facto, acho que as músicas dele, não só as do projecto a solo como as dos Porcupine Tree, não agradam a qualquer pessoa e não são "fáceis" de gostar.
Ouvi-la ao vivo foi completamente diferente. Penso que devido ao ambiente. Estava um silêncio na sala, como se toda a gente estivesse hipnotizada pela música. O videoclip passou atrás. E eu estava tão feliz...
Depois disso, passei a adorar esta música. Tanto! Há algo de bonito na poesia triste e melancólica. Steven disse precisamente isto no concerto, e eu não hesitei em concordar. Foi o final perfeito para uma noite perfeita.
R: Eu tambem só vi por puro acaso. Andava no falecido warez à procura de uma comédia e foi a única que apareceu. Fiquei extremamente surpreendida, e são giros! Dá para rir, tem vozes engraçadas e muita música :)
ResponderEliminarNem me digas nada, estava com as expectativas muito altas e muito baixas ao mesmo tempo! Como o Bruce teve cancro (ainda por cima na língua!!) pensei que a sua voz poderia ser afectada. Quando ouvi o álbum a primeira vez notei qualquer coisa, mas não sei se é sugestão por saber o que sei. Mas depois de vencer o cancro continua com uma voz fantástica e um álbum estrondoso! Acho que para já, a minha música preferida do álbum é a The Great IUnknown. Parece-me que é a que tem mais a "alma Iron maiden" presente. E corta-me o coração saber que pode ser um dos últimos albuns deles, porque toda a minha vida ouvi Iron Maiden. Eles já anunciaram uma tour Europeia, encontramo-nos no concerto :D
Falando em concertos, aquilo que sentiste em relação ao Steven Wilson é o que eu sinto quando saio do concerto dos Iron Maiden. Não sou pessoa de ir a concertos por "dá aquela palha" porque odeio ajuntamentos. Têm de ser bandas muito queridas para mim para eu comprar o bilhete. E o ambiente que se forma nos concertos dos Iron Maiden é uma coisa inacreditável, é um companheirismo, é uma emoção que não dá para explicar. Tem pessoas de todas as idades e não é todos os dias que vemos motoqueiros de barbas enormes chorarem e tu só sentes "eu percebo-te". Só de pensar estou toda arrepiada.
Agora vou ouvir algumas músicas que falaste na publicação, para saber do que estás a falar :) (shame on me)
Desconhecia mas até gostei e fiquei curiosa de ouvir mais dele :)
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