15/08/2015

So there's this bitch...

Ainda há pouco tempo vi uma fotografia antiga dos meus pais. Achei que estavam tão giros naquela foto. E felizes. Pensei em como teria sido bom se as coisas se tivessem mantido assim. Isto é, se não tivesse aparecido uma cabra para estragar tudo. Já lá vão uns dez anos, talvez, mas é-me praticamente impossível não pensar nisto - em como tudo seria melhor se ela não existisse - de vez em quando.
A parte boa é que é raríssimo o dia em que a vejo, tanto que, às vezes, chego a esquecer-me de que existe. No entanto, quando acontece encontrá-la, ver a sua cara de sonsa é suficiente para me estragar o dia. E pior do que ver a sua cara de sonsa é ter que a aturar quando decide abrir a boca. É que a cabra não tem moral alguma para falar, e muito menos tem o direito de falar daquilo que não sabe ou como se fosse a dona de tudo. Eu ignoro-a sempre, e a atitude dela costuma ser tão baixa e tão reles, que nem me dou ao trabalho de lhe responder, já que isso seria descer ao seu nível. Nunca tive qualquer interesse em conhecê-la, e não é agora que o vou ter, até porque, quanto mais tempo passa, mais a detesto. Porque, quer dizer, ela destruiu a minha família. Vou ser simpática com esse tipo de gente? Só para agradar ao meu pai? Nunca. Eu nunca o consegui perdoar até hoje - é claro que ele continua a ser meu pai e que continuamos a falar um com o outro e a fazer coisas juntos, mas nunca lhe perdoarei o facto de ter deixado a minha mãe por causa de uma cabra reles -, daí que nunca simpatizarei com a causadora de tudo isto. Ela pode chamar-nos, a mim e à minha irmã, de tudo o que quiser e dizer, nas nossas costas ou mesmo à nossa frente, tudo o que quiser, que nós estamos a borrifar-nos completamente.
Nunca irei perceber que raio passou pela cabeça do meu pai para trair-nos desta maneira. Nem consigo perceber como é que o amor entre duas pessoas pode desaparecer assim de repente. Compreendo que a rotina pode ser capaz de "apagar a chama", mas essas duas pessoas, ao verem que tal está a acontecer, não deviam fazer alguma coisa para dar a volta à situação e voltar a "reacender a chama"? E a amizade entre elas não devia permanecer, mantê-las unidas e manter as coisas minimamente estáveis?
Não percebo. E tudo isto revolta-me. 
Tenho tentado manter as energias negativas longe daqui, mas, ontem, passei-me um pouco e tive que vir aqui despejar.

6 comentários:

  1. Também não compreendo como é que se pode deixar de gostar de alguém que realmente amamos... Mas isso sou só eu a falar, uma pessoa que praticamente nunca gostou de ninguém... :/

    R: Adorei o tema! Vai ficar para a próxima semana prometo :)
    -Alexandra

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  2. O teu pai irá ficar sempre de pé atrás por não te dares bem com ela mas no teu lugar faria igual provavelmente.... Se uma pessoa é capaz de destruir uma família inteira em proveito próprio então pode ser capaz de muito mais. Claro que o interesse primordial dela era o teu pai, não tu e a tua irmã, mas à altura dos acontecimentos podia ter pensado em vocês as duas.

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  3. Penso que se eu estivesse no teu lugar reagiria da mesma forma. E nesses casos a melhor arma é mesmo a ignorância! ;-)

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  4. Entendo-te bem. Aconteceu o mesmo por aqui à 17 anos atrás.
    Eu dou-me bem com ela mas nunca me esqueço do muito que aconteceu. E não só sempre estive com ela (fins de semana com o pai implicavam estar com ela) como ela é mãe da minha irmã. E com os anos ela mudou, de personalidade e atitude e por isso também me comecei a dar melhor com ela. Crescemos as duas.
    Mas não a culpo só a ela. O meu pai é que era casado e ele é que devia ter tomado a atitude certa.
    Ai de repente isto tornou-se num discurso ahah.

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  5. Percebo, em parte, o que sentes. Se precisares de falar, eu estou aqui, sabes disso. Eu sei que as pessoas se podem apaixonar por outss, muitas vezes é inevitável. O amor não é sempre para sempre. Eu gosto de pensar que é, mas já sabemos que nem sempre é assim. Ha situações realmente complicadas, que só passando por elas poderemos entender. Mas isso muitas vezes é só maldade. Maldade e desvalorização do acto de trair. Enfim. Tenho uma opinião sobre o assunto, mas nestes campos nem tudo é preto no branco. E a vida encarregou-se de me mostrar isso. Mas se ela sabia que ele tinha um casamento e mesmo assim avançou e ele tb - sem levar as coisas pelos termos mais bonitos, ou seja, assumir o que sentem sem traições para com os parceiros - certamente eu reagiroa da mesma forma que tu.

    R: Sabes que eu também não gosto de terror? Mas algo muda quando sei que as coisas são só Stephen King. Por vezes sinto que é macabro, mas a maior parte DAA situações que ele descreve são inteligentes. Não é só para meter medo. É isso que sinto :) mas sim. Livros é mil vezes melhor.

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  6. Se eu fosse tu, reagiria precisamente da mesma maneira. Não entendo como alguém consegue destruir uma família sem deixar de dormir de noite, e também não percebo como alguém deixa que a sua família seja destruída por uma "terceira" pessoa que aparece. Se algum dia os meus pais tiverem outra pessoa, porque sei que é uma questão de tempo para cada um ir para o seu lado (porque a clivagem emocional já ocorreu), nunca deixaria que me tratassem assim desde o início. Sei bem que quando se está cego, nem nos filhos se acredita, mas já que sou filha única, posso ser egoísta e nariz empinado à minha vontade. Se a família já está feita em fanicos, isso sempre seria uma coisa que eu não poderia mudar, mas faltas de respeito nunca.
    ****

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