Desabafos

1 - Não gosto nada de ter exames em vez de testes. Não estou habituada. No ano passado tinha testes, e isso era melhor, porque era obrigada a estudar aos poucos. Agora, como não há testes, anda uma pessoa descansada porque não tem nada para estudar, e depois, perto da altura dos exames, POW, quilos de matéria para ver em pouco tempo. É uma treta. E pior, os exames são em Janeiro, logo a seguir às férias de Natal. Querem o quê, que estude nas férias? Pff, esperem bem sentadinhos. Para uma pessoa que está longe de casa e que não está lá desde Setembro, a última coisa que lhe apetece fazer quando lá volta é estudar. Estudar é o que faço aqui. Se vou para casa, quero aproveitar para fazer o que não faço aqui, certo? Nãããoo, é só estudar, estudar, estudar. Para quem mora perto da faculdade e vai todos os fins-de-semana a casa, isso é-lhes indiferente, claro; todas as semanas vêem a família e os amigos, por isso, ir para casa nas férias é como um fim-de-semana maior, tanto podem estudar como fazer o que lhes der na telha. Quem tem essas brilhantes ideias não pensa em quem vive longe; já para fazer as matrículas foi a mesma coisa: só uma semana para tratar de tudo, como se toda a gente vivesse nas redondezas. E os exames ainda nem estão marcados. Eu tenho que marcar viagens, pá!

2 - Não consigo estudar mais. Estou farta de olhar para aquilo. Já sei as coisas por alto, e o teste é de escolha múltipla, por isso, se me aparecer o nome de um osso, músculo ou articulação à frente, sei dizer mais ou menos onde fica e mais ou menos o que faz. Depois é o pessoal no facebook que me assusta quando pergunta se sai isto e aquilo no teste. Pá, eu estudei aquilo que ouvi falar nas aulas, não olho para mais nada. No teste passado saíram coisas que eu nem tinha visto, respondi à sorte, e olhem, só errei em cinco perguntas. Por isso, por que não há-de acontecer o mesmo agora?

Amanhã vou tentar acordar mais cedo para ver os apontamentos pela última vez. Depois de almoçar, não vou olhar para mais nada. É assim que funciono. Insistir muito nem sempre resulta.