2015 foi um ano que começou da pior forma possível, e, por causa disso, achei que tinha tudo para ser um péssimo ano. Também graças a isso, tive que aprender - ou habituar-me - a viver sem a presença de uma das pessoas mais importantes da minha vida. No entanto, o ano acabou por me surpreender pela positiva, e, apesar de ter começado tão mal, deu-me vários motivos para sorrir.
2015 foi o ano de deixar a "casa de estudante" e a faculdade, para regressar a casa. Com isto, também deixei o Porto, a cidade que tão bem me acolheu e que se tornou na minha segunda casa, mas tive várias oportunidades de lá regressar, com as quais matei todas as saudades e me apaixonei ainda mais pela cidade. Algumas destas oportunidades foram inesperadas, com as quais fiz uma formação na faculdade - onde nunca pensei voltar a entrar - que me fez aprender imenso. Por falar na faculdade, 2015 foi o ano em que me licenciei e passei pelo stress de escrever e de defender uma tese. Foi o ano em que fiz um estágio pela primeira vez, o que me fez ganhar gosto pela minha futura profissão, descobrir áreas de interesse e crescer a nível pessoal.
2015 foi o ano em que risquei mais desejos da minha wishlist. Conheci Coimbra e Amesterdão. Regressei à prática do melhor desporto do mundo. Assisti a um dos melhores concertos da minha vida. Ganhei gosto pelos passeios na natureza, armada em turista. Entrei tanto na água fresca de uma cascata, como nas águas quentes de uma piscina termal. Li, finalmente, a trilogia d'O Senhor dos Anéis, bem como outras que queria ler ou terminar há já algum tempo. Continuei a dedicar-me aos meus hobbies de alma e coração, acabando por encontrar o meu estilo no que toca ao desenho - em relação à escrita, ainda me falta um bom bocado para acabar o segundo volume da minha trilogia sem nome...e acho que, afinal, não vou chegar às duzentas e cinquenta páginas antes do ano terminar, como tinha proposto a mim mesma. E continuei a apreciar as coisas simples e a ver a vida com positivismo; continuei a gostar de passear e de explorar uma cidade, mesmo sozinha e na minha própria companhia, a adorar os cafés e as esplanadas, as gordices, a água do mar no calor do Verão. Voltei a ter um sorriso metálico, o que não é propriamente bom, mas ao menos sei que estou a "caminhar" para cumprir mais um desejo que tenho. Ouvi álbuns de tirar o fôlego, lançados este ano e não só. Comprei o meu primeiro carro e voltei a conduzir passado tanto tempo. Conheci uma blogger pessoalmente, e foi incrível a empatia que sentimos uma pela outra logo no primeiro instante, como se já nos conhecêssemos - e, apesar dos quilómetros que nos separam, espero que voltemos a encontrar-nos e que possamos manter esta amizade inesperada.
Em 2016, espera-me uma nova etapa. Finalmente, a expressão Ano novo, vida nova vai fazer algum sentido. Espero que traga tudo de bom e mais razões para sorrir, não só a mim, mas também a vocês.