Filmes baseados em livros

Gosto de ver filmes que tenham sido baseados num livro que tenha lido. Nunca gosto quando transformam, num filme, um livro que já tenha lido, pois é como se nos "roubassem" alguma coisa: uma coisa que parecia ser só nossa passa, de repente, a ser conhecida por toda a gente, a ser "banalizada". E, claro, a ser falada e/ou criticada por pessoas que nem sequer se deram ao trabalho de ler o livro que deu origem ao filme. Como não se pode fazer nada contra isso, costumo, depois, ver os filmes que foram baseados nalgum livro que já tenha lido - nalgum daqueles "pequenos tesouros" que, antes, não eram conhecidos por ninguém. Só mesmo para ver se foi feito um bom trabalho.

Escusado será dizer que os livros são sempre melhores do que os filmes. Alguns filmes foram, para mim, uma autêntica desilusão, como o Twilight e afins ou o Eragon, mas outros, pelos contrário, surpreenderam-me pela positiva, por serem tão fiéis ao livro de origem. Dois destes casos, que dizem respeito a filmes que vi recentemente, são The Fault In Our Stars e Gone Girl.

Começando pelo primeiro... Confesso que, fisicamente, imaginava as personagens de outra maneira e que algumas cenas estavam um pouco diferentes do livro, mas nada disso foi motivo para me deixar desiludida, uma vez que tudo o resto compensou. Até os diálogos eram iguais. Enquanto muita gente chorou a ver o filme, eu parti-me a rir nalgumas cenas, e isto porque sabia o que as personagens iam fazer ou dizer a seguir, e, quando faziam ou diziam aquilo que eu tinha pensado, pronto, ria-me sozinha. Adorei ver o filme também por causa disso, por me ter deixado mesmo bem-disposta, apesar de se tratar de uma história triste. Mas o que eu gosto na história é o facto de se conseguir contornar esta mesma tristeza com humor - negro, por vezes - e alegria de viver.

Gone Girl também fez justiça ao livro, mas, quanto a este, recomendo vivamente que se leia o livro primeiro. Porque não tem nada a ver! Sim, o filme é bastante fiel, mas o impacto que tem sobre nós é outro. O livro é muito mais emocionante, mexe muito mais com a cabeça de uma pessoa e deixa-nos muito mais curiosos para saber o que realmente aconteceu. Pelo menos foi isto que achei, mas não sei se não terá sido por já conhecer a história. Seja como for, um livro prolonga-se durante muito mais tempo do que um filme, pelo que tem sempre esse condão de nos deixar mais curiosos e de nos fazer remoer a cabeça. Para além disso, houve alguns pormenores que, no filme, ficaram de parte, e teria sido mesmo interessante se os tivessem incluído. Um deles até era importante; não percebi por que o excluíram. Portanto, ler este livro depois de se ter visto o filme não faz, para mim, qualquer sentido. Quer dizer, já se sabe o que acontece; o livro nunca terá o mesmo impacto... Falo por mim: quando o li, fiquei mesmo com a cabeça às voltas, sem saber em quem acreditar. Confesso que estava mais curiosa para saber como tinham feito o filme, já que, no livro, existem dois narradores, e um deles narra o presente e o outro o passado. E, sim, conseguiram mesmo fazer isso, e todo o filme estava bastante bom. Mas, para quem ainda não o viu, volto a repetir para lerem o livro primeiro.

Podem ler as minhas opiniões sobre ambos os livros aqui e aqui.

Os próximos filmes a ver serão os do LOTR.