30/07/2012

Deusa do Mar - P.C. Cast

Há uns dias atrás, acabei este livro. Foi-mo oferecido no Natal, mas só há pouco tempo é que o comecei, e até foi melhor assim, já que fala sobre mar e praia; perfeito para ler no Verão, portanto.
E o que posso dizer? Adorei! Superou totalmente as minhas expectativas. A capa não me atraía - e continuo a não gostar muito dela - e a sinopse muito menos. Mas a verdade é que, à medida que fui lendo, notei que certos conteúdos da sinopse estavam errados. Nunca tinha visto uma sinopse com erros. Por isso, não devemos apenas julgar um livro pela capa, mas também pela sua sinopse, pelos vistos.
O que é certo é que eu não devia ter duvidado do brilhantismo da história, uma vez que estamos a falar de P. C. Cast, de quem me tornei fã devido aos livros da série Casa da Noite e cuja maneira de escrever adoro. Tem uma escrita muito clara e muito bonita ao mesmo tempo, em termos de figuras de estilo, principalmente. Posso dizer que a autora se tornou numa influência para mim. Também gosto imenso do modo como descreve as personagens femininas, sempre tão bonitas e poderosas - como deusas, de facto.
Ora, a história fala de uma sargento da força aérea que troca de consciência com uma sereia quando o avião onde viajava cai ao mar. Isto constava da sinopse, o que me levou a pensar Sim, e depois? Passa a viver no mar, não é? Uma espécie de remake da pequena sereia? Meh... Mas não. Pelo contrário, a acção é passada maioritariamente em terra. Mas como, se ela é uma sereia? Bem, não quero entrar em pormenores nem contar a história toda, mas, basicamente, ela é alvo - de livre vontade - de um feitiço lançado pela sua mãe, a deusa Gaia, que lhe dá forma humana durante três dias. A cada três noites, tem que voltar à água e assumir a forma de sereia. Caso encontre o verdadeiro amor, terá forma humana permanentemente.
Uma vez tive uma ideia semelhante a esta para uma história.
E aquilo lá dá as suas reviravoltas. Para começar, gostei do facto de o tempo ter voltado atrás, de maneira a que a acção se desenrolasse num tempo completamente diferente - no ano 1014, para ser exacta. Teve piada ver a rapariga a tentar adaptar-se, mas, ao mesmo tempo, era irritante ver o modo como as mulheres eram desprezadas e tratadas como objectos. Adorei o romance, apesar de, por vezes, achar o rapaz algo semelhante ao Edward Cullen - muito perfeitinho e um pouco cismado. E adorei ver o modo como a sua amizade com outras mulheres se desenvolvia, até porque aquilo que o livro nos quer mostrar é que existe magia em cada uma de nós, mulheres, e que, se cada uma tem algo de divino, então, juntas, são como que invencíveis.
O final surpreendeu-me. Os acontecimentos dos últimos capítulos foram mesmo imprevistos, o que me levou a imaginar um final diferente daquele que se costuma pensar ao ler um romance, o habitual felizes para sempre. Mas, como é óbvio, não vou contar como acaba.
Pois bem, ficou muito além das minhas expectativas. Gostei muito e recomendo. Para além do romance, há mais pelo meio, apesar de não parecer.
E agora estou a achar a minha mesa-de-cabeceira tão vazia sem um livro em cima...

1 comentário:

  1. Olha parece-me uma boa possibilidade para mim, este livro :) Mar, praia , huum e gostei do resumo que fizeste deixaste-me curiosa... quem sabe :)

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