09/07/2015

Memórias #4 - um dos vícios da adolescência

Eu tinha catorze anos quando conheci o jogo mais bonito de sempre. Quem me falou nele pela primeira vez foi um amigo da minha irmã - um miúdo, portanto -, e ela confiou tanto na opinião dele sobre o jogo, que resolveu pedi-lo no Natal daquele ano. Contudo, experimentou-o e colocou-o logo de parte por não ter gostado, quando, a meu ver, mal lhe tinha dado uma oportunidade. Foi então que resolvi experimentá-lo, já que não gosto de ver as coisas a serem logo arrumadas antes de se lhes dar uma boa oportunidade, e ainda bem que o fiz. Chamava-se Kingdom Hearts, e não demorei muito para me apaixonar por ele.
Em termos de jogabilidade, não, não é lá muito bonito e nem sequer faz muito o meu género. Nem nunca fui boa a jogar RPG's, porque isso tem toda aquela coisa da estratégia e dos itens que se dão aos personagens para que eles se tornem mais fortes, e eu pouco ou nada ligava a isso e, mesmo assim, conseguia chegar ao fim dos jogos e matar toda a gente (badass!), para além de ser super poupadinha no que tocava a poções e afins, o que fazia com que chegasse ao fim com um stock interminável destas coisas.
No entanto, tudo o resto compensava, e compensava de tal forma, que acabei por me habituar à jogabilidade estranha (estranha para mim, no sentido em que os jogos que costumava jogar nada tinham a ver com este) e por chegar ao ponto de a achar óptima para descarregar os nervos e a raiva.
A história é típica da fantasia, com lutas entre o bem e o mal a ponto de impedir a destruição e o domínio do mundo pelos maus da fita, mas, pelo meio, existe um romance super fofinho e amizades igualmente fofinhas, que tornam tudo tão bonito e cativante. Existem, também, diversas frases poderosas ao longo do jogo, que nos fazem pensar e reflectir. As personagens são mesmo das mais bonitas que já vi num jogo, e têm os olhos mais maravilhosos de sempre - a sério. Para além das personagens originais do jogo, estão incluídas personagens do Final Fantasy, aclamada série de jogos da PlayStation (da qual resolvi jogar um deles, mas detestei e nem me dei ao trabalho de chegar ao fim), e, ainda, personagens da Disney. E, a meu ver, é a Disney a responsável por grande parte da magia deste jogo. Para além dos mundos criados exclusivamente para o KH, o jogo faz-nos passar por mundos da Disney, como o castelo d'A Bela e o Monstro, a Agrabah do Aladdin, a Halloween Town do Jack Skellington, a savana d'O Rei Leão, a Atlântida d'A Pequena Sereia, entre outros quantos. E visitar estes mundos foi como rever os respectivos filmes; como um regresso à infância, que fez com que voltasse a ganhar um enorme fascínio pela Disney, um fascínio que se havia esmorecido com o passar dos anos e com a entrada na adolescência e que se prolonga até hoje.
Não era daquelas viciadas que passava o dia inteiro a jogar a ponto de me esquecer de comer e de dormir, mas era capaz de passar horas e horas à volta do jogo. Lembro-me de como fiquei triste quando terminei o KH2, porque a batalha contra o final boss foi tão, mas tão fácil, que não deu pica nenhuma. Para além de que terminou como terminam as temporadas das séries, deixando-me sem saber o que se ia passar a seguir e bastante curiosa com o que pudesse acontecer. Finalmente, parece que o KH3 vai ser lançado em breve, e eu, assim que vi o curto trailer que saiu há pouco tempo, fiquei cheia de saudades de jogar e com uma enorme vontade de lhe lançar as mãos. O grande problema é que vai sair para a PlayStation 4, que é coisa que eu não tenho.
Escrever este post já me deixou suficientemente nostálgica, pelo que termino com uma curiosidade: o avatar, ou foto de perfil, como quiserem chamar, que uso aqui no Blogger é uma das personagens do jogo. Quase que aposto que ninguém sabia disto, mas, caso alguém soubesse, é favor acusar-se!

3 comentários:

  1. Por acaso reconheci :p Nem sei porque é que nunca falei do jogo contigo, shame on me. Nunca joguei tanto como tu, porque quando era mais nova nunca pedi uma PS portanto os meus pais não me deram (e fizeram eles muito bem, porque senão eu ia ficar colada e nunca mais veria a luz do dia). Mas cheguei a ver um amigo meu jogar e achei o jogo super fofinho de tal forma que sonhei com aquilo dias a fio. Não cheguei à cidade do Halloween para grande pena minha :( Como não existe para PC, nunca joguei. Talvez um dia destes compre um PS para poder jogar.

    R: Olha nem me digas nada, quando a minha irmã não está é comigo que isso acontece! Sempre a levar patadas nas cadeiras, isso irrita-me tanto que nem imaginas. Mas parece que o gajo percebeu e ainda ficou ofendido porque estava lá uma pessoa importante que estava a olhar para ele. I don't care, meu amigo, respeitasses os meus pedidos. Pode ser que nunca mais volte a acontecer. Se voltar, passo-me completamente.
    R2: Pois, provavelmente se o primeiro que eu ouvisse fosse o nightmare também tinha gostado, mas estava tão habituada ao metal deles, que era tão diferente do normal que me desiludiu. Claro que a morte do Rev também não ajudou nada, mas pronto. O que achas deste último album? Eu pessoalmente adoro, mas há tantos fãs a detestar.

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  2. Não conhecia o jogo por acaso, mas parece interessante (:

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  3. Nunca tinha ouvido falar deste jogo mas fiquei com vontade de o experimentar :D

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