13/11/2015

Do estágio (ou da falta dele)


Isto da procura de um estágio não tem sido fácil. Inscrevi-me num programa e já estive a ver que entidades estão a recrutar estagiários. Há muito pouca coisa na minha área, e algumas delas são noutras ilhas. As candidaturas aos estágios deste programa terminam no final deste mês, pelo que ainda vou esperar mais algum tempo, a ver se aparece mais qualquer coisa. Caso contrário, terei que me aventurar e candidatar-me a um estágio noutra ilha.
Já discuti, com a minha mãe e por uns breves minutinhos, a possibilidade de não encontrar nada ou de não ser aceite em nada da minha área. E ambas concordámos que, caso isso acontecesse, eu poderia arranjar um trabalho, numa área que nada tivesse a ver com a minha e que serviria apenas para eu fazer alguma coisa até à próxima fase de candidaturas a esse programa onde estou inscrita, ou tentar a minha sorte em Portugal continental. É bom sentir este tipo de apoio. Isto é, não estar a ser constantemente pressionada no que diz respeito a procurar alguma coisa dentro da minha área para poder pertencer à Ordem e, consequentemente, exercer a profissão. Sempre fui da opinião que não é um curso que vai ditar o futuro de uma pessoa. Ou seja, lá por se ter um curso, não quer dizer que se vá obrigatoriamente trabalhar naquela área. Por isso, se eu não encontrar nada, não terei problema nenhum em trabalhar no McDonald's, num hipermercado, num café, na biblioteca pública (confesso que esta não me parece má ideia), ou onde quer que seja. Se tiver que ser, seja. Parada é que não vou ficar, até porque, se o fizesse, sentiria a consciência bem pesada. Se não trabalhar, há também a hipótese de continuar a estudar. Afinal de contas, não estou sob pressão e não há nenhum prazo no que diz respeito a fazer parte da Ordem. Não preciso que isto aconteça o quanto antes; aliás, tenho todo o tempo do mundo para ingressar nela, e isto será feito quando puder. Ela não foge.

10/11/2015

Ter um apelido estrangeiro...

Para a Rádio Comercial, cada dia é o dia de alguma coisa, e ontem quiseram que fosse o Dia das Pessoas com Apelido Estrangeiro.
Eu tenho um apelido estrangeiro. De origens americanas, para ser mais precisa.
Mas quem tem um apelido estrangeiro "sofre". As pessoas raramente percebem o meu apelido à primeira e, muitas das vezes, confundem-no com outro apelido qualquer (que seja português, claro está). Para além disso, por vezes, não sabem pronunciá-lo e fazem-no de forma errada - embora eu considere que não haja dificuldade nenhuma em pronunciar-se o meu apelido, mas enfim, as pessoas parecem gostar de complicar. E, ainda, não sabem como se escreve. Às vezes acabo a soletrá-lo, mas as pessoas chegam ao cúmulo de ficarem a olhar para mim com caras de parvas, como se pensassem que estou a inventar. Já aprendi, contudo, a ultrapassar estes obstáculos quando preciso que escrevam o meu nome (como no caso de recibos de farmácia e afins): mostro o meu cartão de cidadão ou o cartão multibanco e digo algo do género É este nome.
Lembro-me de que, quando andava na escola, detestava o meu apelido. A partir do quinto ano, os meus colegas de turma - aqueles idiotazinhos com a mania que são bons e engraçados que existem nas turmas todas - faziam como que troça por causa do meu apelido, e isto prolongou-se até ao décimo-segundo ano, mesmo tendo eu passado por turmas diferentes e conhecido colegas diferentes. Eles serviam-se do meu apelido para se referirem a mim ou para me chamarem, em vez de usarem o meu primeiro nome, como é suposto, e isso irritava-me. Principalmente porque parecia que o pronunciavam em tom de troça ou de desprezo. Detestava ser chamada assim, e só pensava que, se ao menos tivesse um apelido português, isso não acontecia.
Quando fui estudar para o Porto, contudo, as coisas foram completamente diferentes, tanto que algumas das pessoas com as quais me cruzei - colegas e afins - acharam o meu apelido giro e chique. Graças a isso, passei a olhá-lo de outra maneira.
E, agora, gosto dele. Especialmente porque, em Portugal, não existe mais ninguém com um nome (primeiro nome + apelido) igual ao meu, ao passo que, se tivesse um apelido português, iria encontrar tantas raparigas com o mesmo nome (primeiro nome + apelido) que eu. E esta é uma das razões pelas quais vou manter o meu apelido no caso de me casar.

06/11/2015

Já falam no Natal?

Na minha cidade, já há luzes de Natal. No outro dia, vi que também já havia a característica árvore, disposta no mesmo local de sempre. Pensei que só quisessem ter o trabalho adiantado e que só acenderiam as luzes no início de Dezembro, como é habitual. Mas ouvi dizer que a iluminação de Natal será inaugurada esta noite. E que até músicas de Natal começaram a passar hoje nas ruas. Para além disso, esta semana apanhei anúncios de Natal na televisão. Fiquei parva. Qualquer dia começam a passar anúncios e a inaugurar iluminações no dia das bruxas, por este andar.
Eu adoro o Natal. É uma das minhas alturas favoritas do ano. Mas, este ano, nem me lembro que está a aproximar-se. Melhor dizendo, eu este ano mal sei a quantas ando - ainda no outro dia tive que escrever a data para assinar um papel e quase escrevi Outubro. Custa a crer que o Natal esteja próximo e que o ano esteja quase no fim, se bem que acho que ainda é demasiado cedo para se andar a espalhar espírito natalício.
Quer dizer, sinceramente nem sei se será demasiado cedo ou se sou eu que não sei se vou ter grande espírito natalício este ano, dadas as circunstâncias. Penso que, se fosse noutro ano qualquer, já estaria a vibrar com tudo isto, ansiosa que o Natal chegasse. Este ano, não me sinto assim. Até tenho "medo" de como o Natal vai ser. "Medo" no sentido de ter as expectativas muito baixas e de mal me sentir feliz e tranquila quando chegar a altura, contrariamente ao que acontecia nos outros anos todos.

03/11/2015

Mais de 1000 razões para ser feliz #14

Desde pequena que desenho e que escrevo. São coisas que me acompanham desde essa altura até hoje porque me divertem e, mais do que me entreterem, fazem-me feliz. Continuo a fazê-las por mim, porque gosto, para que me sinta bem comigo própria, e não para agradar aos outros ou para provar-lhes alguma coisa. Deposito, nelas, imenso amor e dedicação, sempre. Mesmo que ninguém vá compreender ou gostar, é por mim que as faço. Mas é claro que gosto que apreciem o meu trabalho e me dêem um feedback positivo. Se não quisesse que dissessem nada acerca daquilo que faço, então não mostraria nada a ninguém e guardava tudo para mim.
E este feedback deixa-me feliz. Seja através de simples likes no Facebook, seja por adicionarem os meus trabalhos aos favoritos no DeviantART e/ou por descobrirem milagrosamente alguns desenhos meus e pedirem-me que os adicionem a determinados grupos - ainda estou parva com a quantidade de gente que gostou da minha Kim Possible, e continuo parva quando entro no site e vejo que tenho várias feedback messages, que é algo que muito raramente me acontecia -, seja através de comentários aqui no blog aos meus textos, seja através de uma forma mais "pessoal" - e com isto refiro-me às mensagens acerca do meu "livro", de quem já o leu. Tudo isto é motivo para ficar satisfeita com aquilo que faço. Significa que fiz algo de jeito. E que esse algo, para além de ser do meu agrado e de eu ter gostado tanto de o fazer, consegue, também, ser do agrado de outros. E tudo isto motiva-me a continuar, a evoluir constantemente, a fazer mais e melhor.

02/11/2015

Do final de Outubro e "expectativas" para Novembro

Outubro passou depressa demais para meu gosto. Provavelmente por ter sido um mês mais agitado. Mas não queria que tivesse passado tão rápido, pois estava a habituar-me à sua tranquilidade, e agora, em Novembro, já não estarei assim tão tranquila. E acabei de usar duas palavras contrárias para descrever o mês passado: agitado e tranquilo. Mas foi exactamente assim. Agitado, por causa de todas as viagens entre cá e lá. Tranquilo, por estar livre de obrigações.
Foi no Porto que me despedi de Outubro. A passear, tanto pela baixa como por jardins, a pisar as folhas secas. Passear sozinha já não me é tão estranho; pelo contrário, sabe-me bem, deixa-me satisfeita comigo mesma, pois impede-me de pensar em preocupações e em coisas tristes. A Spirito estava com um ambiente de Halloween mesmo giro, e deliciei-me com um cupcake e com uma bebida quente. Para mim, que gosto de doces e de cafés mais "inovadores", com conceitos diferentes do habitual, o Porto é uma cidade cheia de tentações, pelo que, de todas as vezes que lá vou, tenho que aproveitar e comer um lanchinho deste género - até porque, em casa, é raríssimo comer doces. Passei a noite das bruxas no quarto, a (re)ver o Corpse Bride, o que, para mim, é o tipo de programa ideal. E já não me lembrava bem do quanto aquele filme é fofinho - e acho que vou desenhar algumas personagens.
Só lá regresso no final deste mês. Por um lado, vou poder descansar depois de várias semanas sempre em viagem, se bem que tenho várias coisas para fazer ao longo do mês - obrigações e não só. Algumas delas têm a ver com o curso. Estou a gostar muito e tenho aprendido coisas muito interessantes, mas não vou desenvolver muito o assunto por agora, especialmente porque o que podia vir a dizer dava para uma nova publicação.
Mas, por outro lado, vou ter saudades e já sei que vou andar desejosa de lá voltar, até porque soube de novos lugares, que não conheço, para visitar, e espero ter a oportunidade de explorá-los a todos da próxima vez. Espero, também, conseguir voltar a alguns dos meus lugares favoritos, porque, depois desta última viagem no final do mês, não sei quando voltarei lá.
O que é triste. E estranho, e estúpido. Porque, enquanto estudei lá, estava constantemente ansiosa por voltar para casa, para aquele conforto característico. E agora, que estou em casa, dou por mim a querer estar noutro sítio. Qualquer sítio, longe daqui.