15/04/2015

Dentes, aparelhos e afins #3

Já há algum tempo que digo que quero endireitar os dentes. Mesmo sabendo que isso poderia implicar voltar a usar aparelho nos dentes superiores. Tenho notado que estes benditos estão cada vez mais tortos desde o nascimento dos sisos, e, para além disso, tive que deixar o aparelho de contenção, porque, da última vez que o pus, nem sequer consegui dormir devido a dores nos dentes. Para além disso, outra grande razão para marcar consulta no dentista teve a ver com uma estranha situação - que eu nem sei descrever - relacionada com os dentes inferiores. Que, como se isso não bastasse, são horríveis, pois, ao contrário dos superiores, nunca tiveram ferrinhos.
Fui hoje saber o meu plano de tratamento. Não foi surpresa alguma saber que vou ter que usar aparelho tanto nos inferiores, como, novamente, nos superiores. Surpreendeu-me, antes, o facto de não ser necessário arrancar os sisos de cima. Menos mal. O caso dos inferiores é que me assustou. Vou ter que fazer uma simples extracção de um dente, mas não é isso que me assusta, uma vez que já tive que tirar quatro. O que me assusta é a cirurgia - foi mesmo esta a palavra - para resolver a tal situação que não consigo descrever. Na consulta, não o demonstrei, mas, realmente, fiquei com medo. Da próxima vez que lá for, já vou pôr os ferrinhos nos superiores, enquanto a situação dos inferiores vai ser resolvida mais para a frente.
O que me chateia no meio de tudo isto é não perceber por que é que o totó do meu dentista anterior fez o que fez. Primeiro, retirou-me o aparelho passado apenas um ano. Depois, nunca sugeriu corrigir os dentes inferiores e não previu esta situação, mesmo com as minhas radiografias na sua frente. Nunca soube responder ao certo às minhas perguntas sobre o aparelho de contenção, nomeadamente à mais importante de todas: Durante quanto tempo mais vou ter que dormir com isto?. É que foram quase sete anos a dormir com aquela porcaria, e para nada, visto que, agora, é como se voltasse ao início. Por último, da última vez que lá fui, há uns dois anos, pedir uma opinião sobre o que se podia fazer, já que via a coisa a ficar cada vez pior, não soube dizer nada, como se estivesse à espera que eu sugerisse o que poderia ser feito. Basicamente, estava apenas a pensar na parte estética da coisa, e, por isso, como não se via que estava torto, não servia de muito estar a endireitar. Ora, e eu não os sinto todos tortos! Depois desta última consulta, que foi uma autêntica perda de tempo - e de dinheiro! -, decidi nunca mais lá voltar. Agora, estando noutra dentista, fiquei assustada com parte daquilo que me espera, sim, mas ao menos sei - ou, pelo menos, cheira-me - que, desta vez, vai dar certo.

13/04/2015

Bons momentos

Não há nada melhor do que, ao sair do trabalho, em vez de ir para casa como em todos os outros dias, passar o que resta da tarde em boa companhia, seja numa esplanada, seja a correr as lojas da baixa, seja a passear à beira-mar, sempre com um céu limpo e convidativo como pano de fundo e com a luz do sol a alegrar-me a alma e a impedir-me de pensar em preocupações. É libertador, tudo isto. Sabe tão bem deixar o trabalho para trás das costas, não pensar em nada e não ter aquele peso dos estudos sobre os ombros. E um dia solarengo parece tornar tudo mais feliz, como se me fizesse ver a vida com outros olhos.
Só é pena que os dias de sol não tenham durado muito por estas bandas e que o mau tempo de Inverno tenha decidido voltar. Espero que isto seja breve.

08/04/2015

Ainda não é desta

Não sei por que é que tenho sempre esperança de que vai surgir um cartaz fantástico num festival de Verão qualquer. Talvez por ter saudades de um bom concerto, ou talvez por pensar que, como várias bandas de que gosto vão lançar algo novo e partir em digressão, não é totalmente impossível darem um saltinho a Portugal.
Mas, como é óbvio, nunca dão esse saltinho, o que faz com que os cartazes dos festivais - e não falo apenas dos deste ano, mas também do anterior, e do anterior, e etc, em que aconteceu o mesmo - estejam repletos de nomes que não me dizem absolutamente nada. Seja por não gostar ou não achar nada de especial, seja por nem sequer conhecer. Por isso, das duas uma: ou tenho uma cultura musical muito pobre, porque surge cada nome pior que o outro que eu nunca tinha ouvido em lado nenhum, ou tenho um gosto muito mau, já que nada daquilo de que gosto passa por aqui.
Pronto, sei que tenho um gosto um bocadinho esquisito. Quer dizer, acho que aquilo que sou não é ser-se esquisita, mas sim ser-se selectiva. É muito raro ouvir algo que me cative à primeira, para além de que não tenho a tendência de seguir modas e ouvir o que toda a gente ouve ou o que mais passa na rádio. Mas também ouço bandas que pouca gente conhece, e, se vão vir algumas das quais nunca ouvi falar, então não vejo por que não acontece o contrário - isto é, vir alguma que eu conheça e cujo nome a maioria nunca ouviu, para variar.
Pergunto-me se a maior parte dos "festivaleiros" irá, realmente, pela música, ou se vai mais (ou apenas) pelo convívio. Definitivamente, a primeira opção é a que mais peso tem, para mim. Talvez seja por isso que nunca tenha ido a nenhum festival, pois nunca há nada que me agrade. Só o Vagos tem dois nomes que me atraem, mas são apenas dois nomes, e já perdi a esperança de surgir alguma revelação bombástica - tipo Nightwish, que seria fantástico - que me dissesse que não podia perder aquilo por nada. Por isso, ainda não é desta que vou a algum. E ainda há quem se admire de eu nunca querer ir a nenhum.
Pelo contrário, vejo cartazes de festivais de outros países, que, enfim, só me fazem desejar que vivesse ali perto. Não é questão de ser daquelas pessoas que dizem que aquilo que vem de fora é que é bom - não tem mesmo nada a ver com isso, porque nem sequer penso assim. É que, pronto, atendem muito mais aos meus gostos. Um dos que gostava de ir é o Download Festival, por exemplo...

07/04/2015

Filmes baseados em livros

Gosto de ver filmes que tenham sido baseados num livro que tenha lido. Nunca gosto quando transformam, num filme, um livro que já tenha lido, pois é como se nos "roubassem" alguma coisa: uma coisa que parecia ser só nossa passa, de repente, a ser conhecida por toda a gente, a ser "banalizada". E, claro, a ser falada e/ou criticada por pessoas que nem sequer se deram ao trabalho de ler o livro que deu origem ao filme. Como não se pode fazer nada contra isso, costumo, depois, ver os filmes que foram baseados nalgum livro que já tenha lido - nalgum daqueles "pequenos tesouros" que, antes, não eram conhecidos por ninguém. Só mesmo para ver se foi feito um bom trabalho.
Escusado será dizer que os livros são sempre melhores do que os filmes. Alguns filmes foram, para mim, uma autêntica desilusão, como o Twilight e afins ou o Eragon, mas outros, pelos contrário, surpreenderam-me pela positiva, por serem tão fiéis ao livro de origem. Dois destes casos, que dizem respeito a filmes que vi recentemente, são The Fault In Our Stars e Gone Girl.

04/04/2015

Actualização

Neste momento, estou a meio de umas mini-férias. Na quinta-feira, trabalhei metade do dia, e agora só lá volto na terça. E eu ainda dizia que preferia não tirar "dias de folga" e fazer o estágio todo seguidinho para acabar mais cedo... A verdade é que estes diazinhos estão a saber mesmo bem para dormir mais um pouco e descansar a cabeça - ainda para mais nesta altura, que esta semana não correu lá muito bem. Para além disso, já sei que o estágio vai acabar uma semana mais cedo do que o previsto, e até já estive a fazer contas no que diz respeito ao número de horas que faltam. Ainda vou poder tirar mais dois dias de folga, assim sendo.
Bem sei que não tenho vindo cá e que pouco escrevo para além de queixas do meu dia-a-dia. A verdade é que, para além de já estar farta de falar - e mesmo de pensar - sobre o estágio, que continua na mesma, tenho tido ideias para novas publicações, mas a falta de privacidade - e, por vezes, de paciência também, já que, muitas das vezes, nem paciência tenho para ligar o computador - impede-me de ser mais assídua. E, se isto já é complicado em dias normais, em dias de férias é ainda pior. Principalmente porque tenho a minha irmã e o meu namorado cá, pelo que a maior parte do tempo é passada com um ou com outro, ou com a família toda.
Mas há dias em que sinto uma certa saudade disto. Espero voltar a ser mais activa por estas bandas, como dantes. Não gostava nada que isto morresse.