10/02/2014

Casa, frio e expectativas


Hoje começa o segundo semestre, mas já desisti de ir às aulas na primeira semana, já que as ditas aulas não passam da apresentação do programa das cadeiras e, quanto às práticas, nem vê-las. Por isso, continuo em casa, ainda a sentir-me de férias, o que, por enquanto, é óptimo, sobretudo por não ter que enfrentar a tempestade que se instalou no continente - que eu espero que venha a acalmar até ao dia em que tiver que ir para lá.
O que mais me chateia em relação ao regresso à faculdade é o ter que aturar aquelas pessoas novamente. E o caso agrava-se quando olho para a lista das turmas e vejo que, na turma que me calhou, não há ninguém com quem me dê bem e já há grupinhos formados. É isto que detesto: o sentir-me à parte, sem estar inserida num grupo, e o ser obrigada a colar-me a alguém, de forma a ter um grupo de trabalho, e a socializar com os colegas do grupo, onde a única conversa que reina gira em torno do trabalho que tem que ser feito. Estar numa turma de pessoas com quem não tenho afinidade e onde me sinto sozinha não me dá qualquer motivação de sair de casa, e deve ser aquilo que mais atormenta no início de um novo semestre.
Foi por isso que decidi trocar para uma turma com pessoas com as quais me dou bem desde o primeiro ano. Por enquanto, estou aqui à espera de saber se consegui, ou não, trocar. E estou mesmo inquieta por saber. Se conseguir, o simples facto de ir para as aulas terá outro sabor. Posso não considerá-los meus amigos, mas são colegas com quem gosto de conviver na grande maioria das vezes.
Entretanto, vou tentar avançar mais qualquer coisa no manuscrito que quero levar a concurso, enquanto espero pelo namorado para darmos início a mais uma mini maratona de episódios.

08/02/2014

Facto #13


Claro que adoro regressar a casa, mas há dias em que começo a cansar-me dos dramas e da rotina que aqui se vivem, o que me leva a sentir falta de um espacinho só meu.

07/02/2014

Desilusões



Há uma rapariga que conheço desde a primária. Foi uma das minhas grandes amigas durante a primária, mas, depois disso, vieram as mudanças de escola. A partir daí, a nossa amizade teve altos e baixos: alturas em que voltámos a falar e inclusive a encontrarmo-nos e outras em que a distância falava mais alto e nos concentrávamos nas pessoas que tínhamos ao nosso lado. A última vez que estivemos juntas foi no Verão de 2011. Fomos à praia. Desde essa altura, o nosso contacto ficou reduzido a likes e a comentários via Facebook.
Claro que não queria que assim fosse. Não desisti; era daquelas amizades que queria reaver e preservar, pois viemos a descobrir que nos tínhamos tornado em pessoas muito parecidas uma com a outra. No entanto, parece que fui só eu a querer isto.
Naquele mesmo Verão, antes de partir para o continente, combinei um almoço com ela e umas outras raparigas. Ela não apareceu. Penso que, nas férias de Natal, tentei combinar qualquer coisa com ela, mas a coisa não se deu. No ano passado, vim a casa na semana da queima das fitas e ela mostrou-se interessada em encontrarmo-nos, mas, a partir do momento em que eu lhe disse Quando quiseres, é só dizer, a conversa morreu. E, no último Verão, falei com ela duas vezes para combinarmos qualquer coisa. Disse que, nos dias que sugeri, não podia. Não sugeriu mais nenhum.
Na semana passada, encontrei-a por acaso. Pareceu-me feliz por me ver e até veio dar-me um abraço. Dissemos que nunca mais nos tínhamos visto; ela perguntou-me se estava de férias. Depois disse-lhe que havíamos de nos encontrar um dia destes. Fiquei com esperança, mas, para ser sincera, não me pareceu muito entusiasmada com a ideia.
Hoje combinei ir a um café com outra rapariga que ambas conhecemos há anos e perguntei-lhe ontem à noite se queria ir connosco. Ainda espero uma resposta. E sei que ela viu a mensagem.
Não percebo como há pessoas que fazem isto. Ainda para mais ela, uma pessoa que eu gostava de ter por perto por ser tão parecida comigo. Tenho pena que assim seja, mas foi ela que o escolheu. Eu tentei. Depois, que não venha com mais indirectas via Facebook - que eu não faço ideia para quem são, mas de certeza que não são dirigidas a mim -, do género Dizem que têm saudades, mas depois não se querem encontrar ou Num minuto dizem que se importam, no outro já se foram. Ainda estou para perceber qual o meu problema, ou o problema dos outros em relação a mim, que faz com que ninguém permaneça na minha vida.

05/02/2014

Um aniversário diferente


Faço anos daqui a precisamente um mês, e, muito provavelmente, será a primeira vez que passo um aniversário sem a minha mãe. No meu vigésimo aniversário, ela e a minha irmã foram ter comigo ao Porto e passámos uns dias bem divertidos por lá; no ano passado, vim eu a casa. Havia sempre a hipótese de eu, este ano, fazer o mesmo, mas, caraças, pensem um bocadinho em mim: ando cada vez mais cansada destas viagens de avião, e estas tornam-se ainda mais cansativas quando sei que só vou ficar uns quatro ou cinco dias em casa, ainda para mais sabendo que é em altura de aulas e que, apesar de o aniversário ser meu, eu e a minha mãe teremos que cozinhar tudo para o jantar de anos e pôr a casa em condições para a família cá vir.
A minha mãe gostava de voltar ao Porto, mas isto é sempre complicado, não só por ela ter que faltar ao trabalho, como também por causa do preço das viagens - é absolutamente ridículo haverem viagens a diversos preços, sendo que as mais baratas são muito difíceis de encontrar, a não ser que sejam compradas com meses de antecedência. E eu gostava, claro, de ter a companhia dela e da minha irmã, principalmente para podermos passar vários dias a passear e para eu desanuviar das aulas. Mas, por causa do raio do preço das viagens, não estou a contar muito com isso. Vai ser tão estranho passar um aniversário sem a minha mãe, que sempre esteve presente neste dia... Até fiquei um bocadinho em baixo quando ela me disse Vai ser a primeira vez que não vou passar os teus anos contigo...se calhar vai ser a primeira vez de muitas. Custa tanto deixar pessoas que já estou tão habituada a ter por perto... Bem, pelo menos tenho o namorado para estar comigo no dia. Se não fosse isso, se calhar até me esquecia de que fazia anos, ou então aquele seria apenas um dia normalíssimo e não lhe daria importância nenhuma.
Apesar de tudo, já não acho muita piada ao meu aniversário. Faz-me ver que o tempo não pára, que passa depressa demais para o meu gosto.

03/02/2014

Da blogosfera


Considero que há coisas demasiado pessoas para serem publicadas num blog. Assuntos do tipo Dormi com o meu namorado, Um familiar meu morreu ou Descobri que tenho uma doença X são coisas que não consigo abordar, precisamente por só a mim dizerem respeito. Um blog é um lugar para desabafarmos e onde não devemos ter vergonha ou medo daquilo que escrevemos, mas há certas coisas que devem ficar guardadas apenas para nós.