Hoje começa o segundo semestre, mas já desisti de ir às aulas na primeira semana, já que as ditas aulas não passam da apresentação do programa das cadeiras e, quanto às práticas, nem vê-las. Por isso, continuo em casa, ainda a sentir-me de férias, o que, por enquanto, é óptimo, sobretudo por não ter que enfrentar a tempestade que se instalou no continente - que eu espero que venha a acalmar até ao dia em que tiver que ir para lá.
O que mais me chateia em relação ao regresso à faculdade é o ter que aturar aquelas pessoas novamente. E o caso agrava-se quando olho para a lista das turmas e vejo que, na turma que me calhou, não há ninguém com quem me dê bem e já há grupinhos formados. É isto que detesto: o sentir-me à parte, sem estar inserida num grupo, e o ser obrigada a colar-me a alguém, de forma a ter um grupo de trabalho, e a socializar com os colegas do grupo, onde a única conversa que reina gira em torno do trabalho que tem que ser feito. Estar numa turma de pessoas com quem não tenho afinidade e onde me sinto sozinha não me dá qualquer motivação de sair de casa, e deve ser aquilo que mais atormenta no início de um novo semestre.
Foi por isso que decidi trocar para uma turma com pessoas com as quais me dou bem desde o primeiro ano. Por enquanto, estou aqui à espera de saber se consegui, ou não, trocar. E estou mesmo inquieta por saber. Se conseguir, o simples facto de ir para as aulas terá outro sabor. Posso não considerá-los meus amigos, mas são colegas com quem gosto de conviver na grande maioria das vezes.
Entretanto, vou tentar avançar mais qualquer coisa no manuscrito que quero levar a concurso, enquanto espero pelo namorado para darmos início a mais uma mini maratona de episódios.