25/03/2016

Ser a minha própria chefe

Não sei se vou ter férias este ano. Gostava de aproveitar algum fim-de-semana prolongado para sair daqui e arejar a cabeça. Gostava de ter a possibilidade de apanhar um avião para ir de propósito a algum concerto que me interessasse. Há várias formações e cursos na minha área que não param de aparecer e que me deixam interessada e com vontade de fazer. Mas fazer cada uma dessas coisas implica pedir autorização aos patrões. É por isso que, quanto mais dias de trabalho passam e quanto mais penso nisso, mais chego à conclusão de que o melhor será, no futuro, trabalhar por minha conta. Para além de poder fazer o meu próprio horário, evitando, assim, a rotina de entrar e sair sempre à mesma hora, não será preciso pedir autorização a ninguém para fazer qualquer coisa que implique faltar ao trabalho. Pode ser arriscado, por não haver um ordenado fixo e por aquilo que se vier a ganhar depender inteiramente do trabalho que tivermos, mas acho que, no final de contas, o que vai realmente importar é aquele tipo de experiências que referi no início. No final de contas, é isso que vamos recordar, e não o número de horas que passámos a trabalhar e os ordenados fixos no final de cada mês que surgem independetemente da quantidade de trabalho que temos.
Vejo isso no meu pai. Trabalha por conta própria e faz o que bem lhe apetece. Tem as férias que quer, faz as viagens que quer e as formações que quer. É verdade que tem dias em que trabalha demais, mas compensa isso trabalhando "de menos" - ou não trabalhando de todo - no dia seguinte. Houve alturas em que disse a mim mesma que nunca faria isso de trabalhar mais de sete, oito horas num dia, e que preferia não trabalhar por minha conta por ser tão arriscado. Mas, agora, acho que não quero outra coisa. Espero que, no futuro, o meu pai consiga arranjar-me um consultório no espacinho dele, pois também quero ter essa "vida de lorde". Só acho que vou ter que trabalhar muito antes disso. Nomeadamente, especializar-me nalguma área que me permita distinguir-me dos outros, para poder ter algum sucesso.

3 comentários:

  1. Acho que tens toda a razão. A vida é tão melhor quando nos podemos dar ao luxo de ser espontâneos! (:

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  2. Acho que mal tenhas oportunidade deves avançar com isso, sem medos nem duvidas. Podermos fazer a nossa própria agenda é um privilégio, e facilita muito a vida. Claro que também exige uma certa disciplina. Por isso é que devemos começar no mercado de trabalho a trabalhar por contra de outrem, para ganhar essa disciplina :p Mas é uma boa ideia, sim senhora!

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  3. Sermos o nosso próprio chefe demora tempo e é preciso muito trabalho e algum dinheiro disponível para isso. Mas a liberdade de que falas, de fazer os teus próprios horários e não ter que pedir autorização para nada é uma bênção. Às vezes só precisamos de uns diazitos para espairecer, para aproveitar formações ou apenas para passear.
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