17/03/2014

Revoltas de pseudo-escritora


Fico feliz enquanto escrevo, e tenho, até, andado entusiasmada com o meu próprio livro. No entanto, ao mesmo tempo, não deixo de ficar triste quando vejo serem publicados livros com aspectos semelhantes ao meu. Claro que as histórias nunca serão iguais e a minha terá sempre algo que as outras não têm, mas é aquela sensação de não se conseguir ser cem por cento original que me invade.
Imaginemos que eu estava a escrever uma história sobre...sei lá...lobisomens, pronto. Imaginemos que eu divido os lobisomens em dois grupos e que existem batalhas entre eles. Imaginemos ainda que esses lobisomens coexistem com outros seres e que não existem segredos quanto à sua identidade. Isto seria apenas o background de determinado enredo. Agora imaginemos que é lançado um livro cuja história se insere numa sociedade de lobisomens dividida nos mesmos dois grupos. E que depois vem outro livro de outro autor em que existem dois grupos de lobisomens que lutam entre si por qualquer motivo. Como eu sou apenas a novata que ninguém conhece, que escreve só para si e que, para publicar um livro, parece que será preciso um milagre, estas coisas dão a sensação de que eu não consegui ter as minhas próprias ideias e que as fui roubar a outros livros. Quando, na verdade, já as tenho na cabeça há não sei quanto tempo, mesmo antes desses outros livros terem sido publicados. Ideias essas às quais ninguém tem acesso porque, das duas uma: ou ainda não acabei de escrever, ou ninguém está interessado nelas.
É que isto pode ser só o princípio de uma espécie de praga. Imaginemos que as histórias dos lobisomens começam a virar moda (nem sei se alguma vez foram moda, mas isto é só um exemplo), tal como houve a moda dos vampiros e como agora há a moda horrorosa dos romances eróticos. Se isto acontece, estou tramada. Isto porque as pessoas vão logo dizer Pfff, mais um livro de lobisomens, e põem-no de lado.
Detesto estas coisas. Pelo menos tenho algo a que me agarrar: acredito na minha ideia, e ainda não saiu um livro com uma história igual à minha. Caraças, era mesmo o que faltava...acho que cortava os pulsos caso isso acontecesse.

3 comentários:

  1. A tua história pode ser semelhante a tantas outras mas é a tua história e isso ninguém te pode roubar. E será ela que fará diferença no meio de tantas outras histórias semelhantes.
    Quando editares o livro avisa aqui no blog para eu o tentar encontrar e adquirir ou comprar numa livraria online :)
    Beijinho e muita força para o livro é de louvar quem tem "coragem" para o fazer (falo por mim que não seria capaz de escrever nem uma história para crianças eheh)

    ResponderEliminar
  2. Não te deixes influenciar pelo que está na moda ou deixa de estar. É verdade que as leituras aparecem por ondas...mas não faz delas grandes obras...só uma moda. Escreve o que te dá gosto e escreve com paixão...e é isso que te vai diferenciar de tantos outros "lobisoments" que só escreveram pelo dinheiro.

    ResponderEliminar
  3. Pois, às vezes acontece isso mas não deves desistir!


    Tens razão mas eu não escrevi lá que essa semana a comer sopa foi devido a um tratamento que ela fez. Conheço pessoas que andaram na mesma nutricionista e que como não fizeram o mesmo tratamento não andaram a primeira semana a comer sopa :p

    ResponderEliminar