19/03/2011

Discotecas e amigos

Anteontem ao jantar, já não sei do que estávamos a falar para de repente a minha mãe comentar que a minha irmã tem muito mais facilidade em fazer amigos do que eu - o que não é novidade nenhuma; detesto que nos comparem por todos os motivos e mais alguns...é que não temos mesmo nada a ver uma com a outra, e eu acho sempre que fui a infeliz que apanhou com os genes errados. Bem, não interessa. Concordei com o que a minha mãe disse, e disse depois que, simplesmente, havia pessoas das quais eu não tinha interesse nenhum em aproximar-me: há aquelas que têm a mania que são engraçadas, há as excessivamente convencidas, há aquelas que não têm nada na cabeça, aquelas que gostam de tudo o que eu não gosto, ... Dou sempre o exemplo de que toda a gente gosta de ir a discotecas e eu não, ao que a minha irmã respondeu que conhecia várias pessoas que também não gostavam de discotecas.
A sério, onde é que andam as pessoas da minha idade que não gostam de discotecas? Não conheço ninguém que não frequente discotecas ou bares barulhentos - à excepção do meu namorado, que, felizmente, é um esquisitóide como eu. Para essas pessoas, o sinónimo de sair à noite é mesmo esse. Isso, e o consumo excessivo de álcool. Pois, e eu que ature os bêbedos (já agora...escreve-se bêbedos, ou bêbados?).
Discotecas/bares barulhentos são péssimos. Detesto música de discoteca, sempre a mesma treta do início ao fim, e, por isso, é normal que não me divirta e que não me "solte" nem "sinta a música". Para além do pum-pum-pum irritante de todas as músicas, o ambiente é sufocante e um tanto ou quanto claustrofóbico - sim, porque as pessoas estão lá todas compactadas a roçarem-se umas nas outras. E depois ainda há a parte de não conseguir falar com ninguém nem de ouvir ninguém. Mas falta o mais irritante: o facto de toda a gente me dizer para dançar e não ficar parada.
Já fui a alguns barzinhos barulhentos e foi esta a ideia que tive. Fui como que obrigada, só para me tentar integrar, mas é claro que não serviu de nada. Se não me divirto, não me consigo integrar. Por isso, se estão todos a divertirem-se ao máximo ao som daquelas musicazinhas da treta e a afogarem-se em álcool, afasto-me, claro. E, assim, pensam que sou uma chata, uma anti-social, a tímida, a que não se integra e o raio que os parta. Sempre a mesma coisa.
Como já disse antes, não tenho culpa de ser diferente da maioria. Nem tenho que fazer o esforço de tentar agradar a toda a gente.
Às vezes, dão-me uns momentos de parvoíce. Foi o que aconteceu ontem: fui tentar encontrar pessoal esquisito como eu...no Google. Escrevi "não gosto de", e não é que apareceu discotecas? Encontrei alguns blogs, mas nada assim de muito interessante. Era de pessoal que vive longe, e...bem, os amigos virtuais são fixes para falar, mas também preciso de pessoas com quem estar, em vez de apenas falar através de um computador e de, provavelmente, nunca as conhecer em pessoa. A verdade é que o meu círculo de amigos é pequeníssimo, e adorava aumentá-lo com gente como eu, esquisita, diferente da maioria e que não se encaixa em lado nenhum. Onde anda esse pessoal? Bem, provavelmente são as pessoas em que menos se repara, as que mais se escondem por não gostarem de dar nas vistas. 

3 comentários:

  1. não sabia que tinhas uma irmã :O e sim, música de discoteca sucks xD

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  2. Mas tenho xP mais nova...e muito diferente de mim...mas ao menos já começou a perceber o que é música de jeito xD
    It sucks a lot xD

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  3. Não sei como mas vim parar a este post e... bem podia ter sido escrito por mim! O meu círculo de amigos também é pequeno mas já passei por muito maus bocados por achar que tinha amigos que na realidade não eram meus amigos... Por isso aprendi que só devo ter na vida pessoas com quem encaixo e tenho sido bem mais feliz!
    (Só agora reparei na data, lol, foi há 4 anos! provavelmente já não sentes isto, mas mesmo assim decidi deixar o comentário! ahaha)

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