25/11/2017

Pormenores meus - parte 5

Fui ao cinema sozinha apenas uma vez. Vi A Bela e o Monstro e fiquei enjoada de tanta pipoca, mas soube-me bem e não me senti nada como uma outsider ou uma forever alone. O meu toque de telemóvel é a Children of the Damned dos Iron Maiden. Sou uma pessoa fria, mas gosto tanto de receber um abraço. Este ano, comecei a gostar de beber café. Felizmente, não me sinto dependente deste, embora já não dispense tomar um aos fins-de-semana, depois do almoço. Não vou morrer sem ir a um concerto dos Evanescence. Costumava gostar mais de gatos do que de cães, mas agora, pensando bem, acho que, quando viver sozinha, vou querer um cão para poder fazer-me mais companhia e para que eu tenha uma desculpa para sair de casa e ir passeá-lo - fazendo com que eu vá passear também. Tenho uma panca por canecas. Detesto cozinhar, mas detesto ainda mais lavar a loiça. Gostava de passar um fim-de-semana num hotel só mesmo por capricho, para estar numa piscina interior enquanto chove lá fora e depois tomar um banho totalmente relaxante numa banheira cheia de espuma. Não gosto de iogurtes líquidos. A única série que vi este ano foi Friends. Nunca fui pessoa de desabafar e de falar sobre os meus problemas, provavelmente porque nunca o fizeram comigo. Gosto de pequenos cactos para decoração e de velas aromáticas. Ainda esta semana fiz um banho de cor no meu cabelo e estou a adorar o tom com que ficou. Já não sei se acredito num amor para toda a vida, mas, seja como for, acho que isso não vai acontecer comigo. Tenho saudades de comer sushi. Gostava de viver numa cidade pequena, mas próxima de uma cidade grande para onde pudesse ir de vez em quando. E, claro, num lugar com muitas outras cidades e muitos recantos encantadores por perto, para poder ir passear e dar uma escapadinha num fim-de-semana. Às vezes, ainda penso que devia aprender a tocar guitarra. A minha refeição favorita é o pequeno-almoço, e gostava de ter a oportunidade de a tomar fora de casa mais vezes. Acho que posso dizer que fui vítima de bullying durante quase todos os meus anos de escolaridade, embora, na minha infância, nem sequer se ouvisse falar nessa palavra. E acho que posso dizer que isso contribuiu para a insegurança e falta de auto-estima que ainda hoje tenho. É por isso que não consigo evitar ficar de pé atrás quando me elogiam, especialmente em termos de aparência - acho sempre que estão a gozar comigo. Não consigo ver filmes de terror. A minha celebrity crush é o Andy Biersack. Tornei-me numa blogger desleixada e nem sei por que estou a escrever este post agora. Adoro coffee houses. Por falar nisso, gostava de estar novamente motivada para escrever e de passar horas num café acolhedor a fazer isso mesmo, escrever. Sim, às vezes penso em como gostaria de voltar à escrita, mas acho que ainda não o consigo fazer. Penso que aproveitava melhor o meu tempo quando era estudante. Para mim, "casa" é sinónimo de pijamas ou de fato de treino, e parece que não me sinto à vontade quando estou com "roupa normal". Gostava de saber pintar com aguarelas. Custa-me ver comida a ser deitada fora. Já me habituei a ver-me de aparelho, pelo que não me importo de o manter por mais uns meses, especialmente porque prefiro ter os ferrinhos do que ter que dormir com um aparelho de contenção. Falando em dentes, já tirei dois sisos; posso dizer que só tenho metade do meu juízo. Considero-me uma sonhadora, mas sou bastante pessimista também e tenho uma horrível tendência de pensar sempre no pior que pode acontecer e de esperar o pior. Ainda não sei o que vou fazer da minha vida, em termos profissionais. Já me disseram que sou demasiado sincera, e, de facto, por vezes nem tenho noção daquilo que me sai da boca para fora; só depois, ao reflectir, penso que não devia ter dito o que disse ou que devia ter dito de outra maneira e que fui estúpida. Acho, no entanto, que muitas das pessoas que conheço não perdiam nada em serem mais sinceras, e que um pouco de sinceridade para comigo seria bem-vindo. Ultimamente, ando apaixonada pelas músicas dos Trees of Eternity. Gostava de ter coragem suficiente para ser uma solo traveler, mas, mais do que isso, gostava de ter um grupo de amigos com quem viajar.

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