21/11/2015

Talvez seja uma possibilidade, afinal

Com o curso que estou a fazer agora - que, infelizmente, já está prestes a acabar, e com isto acabam também as minhas viagens à Invicta -, descobri como pode ser bom continuar a estudar. Ou melhor, como é bom aprender mais acerca de uma área do nosso interesse. As sessões têm sido bastante interessantes; vou para lá com vontade, farto-me de tirar notas e saio de lá satisfeita com aquilo que aprendi. Não senti tudo isto na licenciatura, talvez por a coisa ser muito mais "pesada" em termos de frequência de aulas, tempo dispensado dentro do edifício da faculdade e quantidade exagerada de matéria e de trabalhos, coisas que deixavam uma pessoa muito mais exausta e sem paciência para nada. Já as sessões deste pequeno curso são apenas uma vez por semana e durante pouco tempo. Muito mais suportável e mais "leve", para além de ser tudo muito interessante, pelo menos para mim - se não me interessasse pela área, nunca me teria inscrito.
Os mestrados também são assim, duas vezes por semana, embora mais tempo. Pelo menos, aqueles que estive a ver. Nem sei bem por que estive a ver alguns, uma vez que estou há anos a dizer que não quero meter-me nisso. Talvez por ter visto, realmente, que aprender e estudar algo do nosso interesse acaba por ser bom. 
Seja como for, pensava que seriam como uma licenciatura, com aulas de segunda a sexta. Mas saber o contrário deixou-me algo empolgada. O mais chato é que os mestrados trazem consigo as chatices das teses e das defesas, e eu não tenho a mínima paciência para passar por isso de novo, principalmente porque estas seriam de um nível muito mais exigente e rigoroso do que as de licenciatura. Por isso, as pós-graduações parecem ser o ideal para mim, por não terem estas chatices.
Tem graça que, quando terminei o secundário, não sabia para onde me virar, por achar que nada me interessava. Agora, parece que cada vez encontro mais coisas que me despertam interesse. Haja tempo e possibilidade para aprender acerca de todas...
Por isso, de momento, não excluí completamente a possibilidade de continuar a estudar, ainda que os mestrados continuem de parte. Parece que continuo a gostar de aprender. Só não gosto de ser forçada a decorar tudo aquilo que aprendo para que avaliem os meus conhecimentos depois, mas isto parece ser algo ao qual não se pode fugir. Pois, continuo a gostar de aprender, mas continuo a não gostar de estudar, no verdadeiro sentido da palavra - isto é, marrar e decorar. Apercebi-me, até, que já não tenho grande cabeça para isso. Isto porque no tal curso vamos ser submetidos a um pequeno teste, e eu canso-me rapidamente de ler as apresentações de Powerpoint das sessões. Os professores universitários deviam tirar um curso de "como fazer uma apresentação sucinta e apelativa sem repetir informações que nos obriguem a andar para trás e para a frente e com esquemas simples e bonitos que nos expliquem tudo de uma vez".

7 comentários:

  1. Ainda bem que já estás mais ou menos decidida para o que queres ir, assim que organizares melhor as tuas ideias vais ver que vai ser bem mais fácil.

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  2. Eu, a voltar a estudar, não sei se estudaria algo de que gostasse, ou algo de que precisasse. Infelizmente uma e outra não andam de mãos dadas...
    Sou como tu, não gosto de ter de decorar, muitas das vezes era obrigado a decorar coisas só por que sim, sem ter grande curiosidade de saber o porquê de as coisas serem assim.

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    1. Eu até tenho curiosidade, e acho muitas das coisas tão interessantes...! Mas prefiro ficar com uma ideia geral das coisas do que ser obrigada a decorar tudo para depois espetar num teste ou exame --'

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  3. Estou um bocadinho na mesma situação que tu. Acabei a licenciatura e andei a ver mestrados, pós-graduações e coisas que pudesse fazer a seguir. E houve mestrados que me agradaram imenso, mas com eles vinham teses super exigentes, mais as defesas, e eu não estou para isso neste momento.
    r: eu conheço a spirito e adoro, mas em Braga temos algumas alternativas à spirito e ainda mais económicas :) Paga-se a marca muitas vezes

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  4. Normalmente a ideia dos mestrados é especializarmo-nos nalguma área que gostamos mais, mas isso depende da escolha que tens: há curso que têm apenas dois ou três mestrados disponíveis, outros que têm uns 10. Eu escolhi uma área de nicho, e que gosto bastante. Claro que continuei a ter testes e trabalhos, mas era uma área específica, que gostava mais do que as outras. No meu caso, a especialização fez sentido, apesar de não trabalhar necessariamente nessa área. Não agora, mas tenho a certeza que o farei no futuro. No meu caso, podia apenas fazer o primeiro ano de mestrado, e ficava automaticamente com uma pós graduação (não sei se funciona nos outros cursos aqui na UMinho, mas na Escola de Direito é assim) e, no meu mestrado (de Informática), existem apenas 6 mestres, sendo eu a sexta.
    Todos temos ideias diferentes daquilo que queremos fazer a seguir, mais ou menos opções, e mais ou menos tempo. É encontrar a fórmula mágica para isso tudo =)
    ****

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  5. Engraçado que, durante a licenciatura, também me apercebi que aquela estratégia do "marrar e decorar" também deixou de ter grande resultado sobre mim... É, sem dúvida, óptimo quando queremos continuar a aprender e, sobretudo, quando isso nos dá interesse. Aprender nunca é demais :)

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  6. Eu também não gosto de estudar mas não me importo de aprender.
    O meu mestrado também é só dois dias mas o ritmo quebra tanto que é pior que andar todos os dias em aulas.

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