12/05/2013

A mãe sabe sempre



A conversa que nos metem na cabeça acerca da escolha de um curso é sempre a mesma: Escolher uma coisa de que se goste. Está bem. Tudo muito bonito de se dizer, mas como é que se pode saber do que é que gostamos, se nunca experimentamos? Parece-me uma utopia. E é por isso que é com a minha mãe que prefiro falar sobre essas coisas.
Ainda sobre o post anterior, por muito que quisesse, não consegui esconder da minha mãe o que se passava. Às vezes as emoções são mais fortes e começam a manifestar-se sem termos qualquer controlo sobre elas, e isto porque já se aguentou tanto e se acumulou tanto, que não há espaço para mais, fazendo com que tudo transborde. E isto deu início a uma longa conversa sobre os assuntos do post anterior que tanto me moeram a cabeça ontem.
Conseguiu ajudar-me. Repetiu várias vezes que o que é preciso é pensar positivo. Nada pode ser considerado uma perda de tempo. Se desistimos a meio da corrida, não vamos saber o que poderíamos vir a ganhar caso a concluíssemos. O futuro é incerto. Sim, eu realmente já tinha pensado que não é um curso que vai comandar a minha vida. Por que me meti nisto? Não sei. Havia pouca coisa que me interessava, mas isto, que eu pensei vir, de facto, a ser interessante, está a desiludir-me, pois estava com uma ideia diferente. Mas uma pessoa sabe lá do que é que gosta. Se nunca experimentou, como poderá saber? Só no final saberá. E, aí, logo se vê o que acontece. Mesmo que me empregue numa área que nada tenha a ver com isto, ter-me esfolado para ter o canudinho na mão poderá não ter sido uma perda de tempo.
Agora chego à conclusão de que, se não tivesse vindo passar esta semana a casa, não estaria assim. Era daquele modo, mais ou menos, que pensava antes de ter vindo. Estar lá ocupada com a vida académica faz-me viver numa onda de conformismo, de me deixar levar, e sair de lá, voltar para a minha zona de conforto e ter que a deixar de novo faz com que a onda rebente, deixando a minha cabeça a nadar em confusões que não tinham necessidade de vir à tona.
Eu sempre me deixei levar. Sempre fui naquela do Logo se vê. Por que não voltar a adoptar este pensamento agora, que sempre tornou as coisas mais fáceis?
Por isso, sim...eu vou acabar esta porcaria, e vou acabá-la o mais depressa que puder e da melhor maneira que conseguir. Ou eu não me chamo Ice (que não me chamo, mas...oh, vocês percebem).

9 comentários:

  1. qualquer boa mãe é assim , mesmo com as suas imperfeições continuamos a amá-la incondicionalmente (:
    gostei muito do blog. sigo-te como é óbvio. e já agora se quiseres dá uma espreitadela pelo meu.

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  2. leva isso até ao fim :)
    há-de valer a pena.
    se andares assim é muito pior, e sabes que tens sempre a tua mãe a apoiar-te.

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  3. A tua mãe tem razão, pensamento positivo!
    E claro que vais acabar rapidamente e com boa nota :D

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  4. eu nunca fui muito de dar ouvidos à minha mae, mas agora que crecsi, agora que quero comec,ar a fazer a minha vida com menos erros possiveis, olho para tras e vejo que ela tinha razao, em tudo. dá-lhe ouvidos, ela só quer o teu bem <3

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  5. Nem sempre é o melhor para nós seguirmos o que gostamos. Pelo menos comigo. Eu nao segui o que mais gosto, mas também, nao segui uma área que odeio, segui uma mediana. Porque o que realmente gosto, não me iria abrir quase nenhumas portas para o futuro.

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  6. Mãe é mãe :)
    Nisso tens razão, eu também estou com medo de não gostar o que vou seguir na faculdade, visto que já é este ano e já começo a sentir a pressão... Mas sim vais acabar e tem que ser da melhor maneira, não penses só no pior... No fim vais ver que valeu :)

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  7. percebo tão bem o que queres dizer :) e acho que a maioria das pessoas aos 18 anos ainda não têm maturidade ou experiência de vida suficiente para escolherem uma área para se dedicarem o resto da vida. e a escola secundária não dá preparação nenhuma para isso, pelo menos segundo o que conheço. Mas pensa no que é melhor para ti, e pensamento positivo sempre :)

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  8. Bem, ás outras pessoas já disseram tudo xD Mas força nisso, tu consegues!

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  9. compreendo essa sensação do conformismo e depois a zona de conforto... todas as semanas vou a casa e todas as semanas os domingos custam muito quando chego a Lisboa e a realidade me cai em cima. mas havemos de aguentar :)

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