19/02/2017

About Valentine's

Este ano, por muito que tivesse dito a mim mesma que este dia passar-me-ia ao lado, dei por mim a lembrar-me do dia dos namorados do ano passado. Talvez por ter feito um dia de sol maravilhoso, tal como no ano passado. Lembro-me perfeitamente de como foi. E, consequentemente, lembrei-me dos anteriores. Dos filmes, dos jantares, de um em que recebi um presente-surpresa através do correio, de um outro que se resumiu a uma viagem de comboio e a um singelo jantar de pizza, do primeiro a sério e do outro antes, em que recebi duas cartinhas parvas e engraçadas. Costumava detestar este dia; depois, passei a gostar; e, passados uns aninhos, achei-o desnecessário e começou a ser-me indiferente.
Este ano, foi um dia normal. As memórias vieram à tona, mas não deixou de ser um dia normal. Não houve cartinhas, nem presentes, quanto mais um programa especial. Um dia normal, mas que não me deixou tão indiferente assim. Já me cansam as exibições de felicidade de todos os casais e mais alguns num dia normal, quanto mais no dia dos namorados. É ver toda a gente a vomitar amor e felicidade através de fotografias nesse dia em especial. Completamente desnecessário, na minha opinião. E completamente irritante, também.
Estou sozinha por opção. Foi das poucas vezes na minha vida em que tomei uma decisão a pensar em mim mesma, e não nos outros - naquilo que os outros iriam pensar, mais concretamente. Fiz o que achei que seria melhor para mim, até porque continuar a arrastar algo que, para mim, perdera o sentido não seria justo para ninguém e traria tudo excepto felicidade. Na grande maioria dos dias, sinto-me bem, de facto. Mas há dias em que me sinto sozinha. Demasiado sozinha.
Não digo que me arrependo da decisão que tomei. É apenas isso, o sentir-me sozinha. Parece que nunca estamos satisfeitos. E, com todos estes pensamentos que surgiram neste dia, dei-me conta das voltas que a vida pode dar...

1 comentário:

  1. Quando comecei a envolver-me com pessoas e a levar com os pés, comecei a pensar que, quando conseguisse arranjar alguém, quereria manter essa pessoa de forma a nunca ficar sozinho. Deve ter sido a maior parvoíce em que acreditei nesta área, pois dei por mim a ter pessoas que queriam ficar comigo, mas com quem não me conseguia imaginar a viver uma mentira só pelo simples facto de poder ter alguém à minha beira.

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