Não ando a espalhar aos quatro ventos o curso em que estou. Não o digo no blog - apesar de não saber se certos posts que fiz já me conseguiram denunciar - e não gosto de o dizer a quem mo pergunta, pois não sinto qualquer tipo de orgulho em fazer parte dele. Tão simples quanto isto.
Pode parecer um lamento, mas não é. Estou farta de me lamentar e não vale a pena fazê-lo, pois já sei que não muda nada. Sei que muito provavelmente vou ter uma vidinha merdosa em termos profissionais por causa das minhas escolhas, e sei que as decisões que tomei foram feitas com a cabeça e não com o coração, ou seja, joguei pelo seguro em vez de me atirar de cabeça a qualquer coisa que me poderia fazer feliz. Acho que o coração e o cérebro são dois órgãos antagonistas, não em termos fisiológicos, obviamente, mas no sentido de que cada um nos puxa para seu lado, levando-nos a escolher um em detrimento do outro, já que é muito rara a ocasião em que estão ambos de acordo. Agora não me resta nada a não ser rir-me. Rir-me enquanto digo que as aulas são sempre o mesmo, que se aguentam, e que vai ser preciso um milagre para chegar o dia em que vou dizer que gostei muito de uma aula e que aprendi coisas tão giras. Rir-me ao dizer que não sei o que estou aqui a fazer e que não sei para onde poderia ir caso voltasse novamente atrás. Rir-me das minhas próprias desgraças. E ir em frente, por muito penoso e aborrecido que possa ser. Não posso passar a vida a andar para trás, não é? Assim seria como se só tivesse desperdiçado tempo e provavelmente chegaria aos trinta anos e ainda estaria a estudar, coisa que não me atrai minimamente.
Fiz um post sobre isso, sobre o "que queres ser quando fores grande", enquadra-se bem aqui, abdicamos do que queremos mesmo! Força! *
ResponderEliminarLinda vais ver que não é um curso que te vai condicionar para sempre. Se procurares e quiseres singrar numa área distinta tens de te dedicar a ela, ter ideias, fazer pequenas formações...coisas assim. (isto claro dependendo do que seja, não podes ser médica juíza sem o curso indicado).
ResponderEliminarTenta animar-te, coragem! <3
É terrível isso, tenho amigas assim. Queriam outro mas escolheram a empregabilidade ao sonho.
ResponderEliminarEu estava a morrer de vergonha, mas adorei mil, por isso, compensa :p
ResponderEliminarTenho muita pena quando me dizem que escolheram um curso porque dava emprego em vez de seguirem um desejo... Mas isso não significa que estejas condenada. Não deixes de lutar pelos teus sonhos. Uma licenciatura não é a tua vida, por muito que te façam crer isso. Há muito mais além :)
Beijinho, Stay Awesome*
Com aquele final, acredita, disseste tudo, "porque, de facto, não é um curso superior que vai comandar o resto da nossa vida", acredita não é mesmo! Força! *
ResponderEliminarTambém tenho medo disso. Não sei que curso escolher nem sequer o que gostaria de fazer no futuro. Tenho medo de me arrepender...
ResponderEliminar(r: se mudarmos frequentemente a forma como usamos o bikini, acho que acabamos por ficar sem (algumas das) marcas...)
R: Sim, seria estranho. Mas se fosse a história do livro, também não seria mau. No livro, a Emma descobre que pode ter uma gémea e manda-lhe uma mensagem para o Facebook (a perguntar se a Sutton é adoptada), depois a suposta Sutton responde, a pedir-lhe para se encontrarem. Mas aí a Sutton já está morta, ou seja, não é ela que responde à mensagem. Depois a Emma recebe um bilhete em que diz que a Sutton está morta e que ela tem que ocupar o lugar dela, senão morre também. A partir daqui, a Emma tenta descobrir quem matou a irmã! Eu já li oito capítulos do livros, até à parte em que ela recebe o bilhete. Se a série tivesse ido por este caminho, também não seria mau. E no livro, é a Sutton que narra a história. Ela está sempre a acompanhar a Emma, mas esta nunca a vê (está em estado "espírito" xD). Estou a gostar :)
ResponderEliminarOhh eu tb sinto isso, mas tenho que viver com as escolhas que fiz, por isso nao o escondo, só tento explicar o porque de ter seguido o curso em que estou, agora tu tenta ter um pouco mais de gosto por aquilo que estas a estudar, sei que é complicado, mas tenta se não andares aí a estudar coisas que nao gostas é pior, tentar achar algo de bom no meio disso tudo.
ResponderEliminarForça!!!
Sinto-me um bocado como tu... mas porque não no futuro (enquanto se trabalha) metermo-nos noutro curso?
ResponderEliminarAcho que toda a gente duvida das escolhas que faz..especialmente quando não as faz com o coração. Escolher um curso é difícil, somos novos e no fundo não fazemos ideia do que vai ser quando acabarmos. Eu tirei Psicologia mas sempre sonhei também com Jornalismo e com cursos virados para as artes (que geralmente não dão em nada). Gostei do curso mas agora trabalhar na prática é totalmente diferente e não tenho a certeza se quererei continuar. É esperar para ver. Coragem!
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