Dramas das idas à cabeleireira

Ainda estou para perceber o porquê dos dramas que grande parte das raparigas faz quando vai cortar o cabelo. Está bem, confesso que houve uma vez em que detestei ver-me com o novo corte quando saí da cabeleireira, mas ver raparigas a queixarem-se por terem cortado apenas uns cinco centímetros de cabelo - se tanto - e por manterem o mesmo corte - ou seja, basicamente só elas é que sabem que cortaram o cabelo, pois, quem está de fora, não nota - como se fosse o fim do mundo e desejarem que o cabelo volte a crescer aqueles míseros centímetros como se não houvesse amanhã é coisa que me mexe um bocado com o sistema. Acho que exageram. Quer dizer, é só cabelo. E foram só umas pontas. Não fizeram um corte radical, não o pintaram, não cortaram a franja. Não mudaram praticamente nada e dramatizam. Como se tivessem feito algo que não tem remissão... Já eu acho que, se for para cortar o cabelo, que seja para fazer algo diferente. Sou adepta de mudanças, e não me importo nada de as fazer. Já tive o cabelo comprido e quis cortá-lo pelo pescoço; às tantas estou com a franja comprida, para o lado, e dá-me na cabeça cortá-la a direito; agora ando com ideias de fazer madeixas, só que ainda não decidi a cor. Porque, caramba, é só cabelo. Há-de voltar àquilo que era passado um tempo.