31/05/2011

Happy

Hoje foi o meu último dia de trabalho :D O que quer dizer que agora vou poder dormir mais, mas é melhor não fazer como fiz ontem - acordei ao meio-dia e, apesar de não gostar de acordar tarde porque o dia torna-se minúsculo, soube mesmo bem. Vou ter que aproveitar algumas horinhas da manhã, se bem que acho que não vou conseguir estudar o dia inteiro. Ok, eu sei que não consigo. Mas vou ter que fazer um esforço final. Saber que daqui a uns dias vou a Lisboa dá-me alguma motivação para estudar agora - sim, porque não vou marrar enquanto estiver lá, não é... - e é melhor aproveitar essa estranha vontade, antes que desapareça. Agora pensam "Essa gaja é parva por ficar feliz com coisas destas", mas, bem, estou feliz porque foi o último dia de trabalho, porque estou quase a ir passar uns dias a Lisboa e porque estou optimista em relação ao estudo. Estes dias antes da viagem vão ser para dar no duro. Vou dominar aquela treta toda! \m/

29/05/2011

Um mês

De ontem a um mês não vou conseguir parar de dizer que estou de férias e vou sair bastante satisfeita do exame de FQ (hope so...). Sim, finalmente falta um mês e menos um dia para ficar totalmente livre de estudos - até Setembro, pelo menos - e para fazer o que bem me apetecer, em vez da habitual rotina trabalho-casa-estudo. Yay :D
E apesar de estar ansiosa pelo Verão...o tempo que tem feito aqui não faz lembrar em nada o Verão.
Por esta altura do ano, nos anos anteriores, já usava t-shirts, já não precisava de vestir o robe ao levantar-me da cama, os dias estavam mais quentes e solarengos e ficava com vontade de ir para a praia.
Este ano, ainda não consigo usar t-shirts, tenho que vestir o robe quando saio da cama por causa da diferença de temperatura, e não, os dias não estão lá muito quentes nem, muito menos, solarengos, muito pelo contrário: sempre nublados e, o pior de tudo, muito vento, coisa que faz lembrar o Inverno, em vez dos longos dias de praia. Parece mesmo que o Inverno voltou, se bem que mais quente. Detesto este clima. E ainda falam em aquecimento global?! -.-'

25/05/2011

Longas noites de sono precisam-se

Adormecer depois da meia-noite e acordar às sete e meia não rende nada, pelo menos para mim. Acordo como se não tivesse descansado nada, mal consigo abrir os olhos, levanto-me e desço as escadas com um olho aberto e o outro fechado. Tem sido sempre assim, e deitar-me mais cedo não ajuda, porque, de qualquer maneira, só consigo adormecer depois da meia-noite. Acho que até estou a ficar com olheiras. Não sei por que me está a acontecer isto agora. Já quando estava na universidade era a mesma coisa, mas antes, nos tempos de escola, apesar de não ter a mínima paciência para lá ir, acordava muito melhor. Mal posso esperar pelas férias. Nem falo das férias do trabalho - porque, quando não trabalhar mais, vou acordar cedo de qualquer maneira, se bem que não tão cedo como agora -, mas sim das férias que vou ter depois dos exames. Acho que vou tirar o primeiro dia de férias para compensar estas noites. Vou tirar o dia para hibernar :D ... Oh, esperem, não posso; tenho um aniversário nesse dia --'

18/05/2011

Eu sabia!

Não disse que hoje o meu pai ia começar com aquelas coisinhas das quais falei aqui em baixo? Disse! E ele falou nelas!
É sempre o mesmo, sempre o ah e tal, escolhe uma coisa que gostas, ao qual eu respondo: para quê, para ir para os caixas do Modelo? Quer dizer, já nem existe o Modelo, mas fiquei com essa mania de dizer Modelo; pá, não interessa, vocês percebem. E o meu pai insiste, diz sempre que, se uma pessoa é boa naquilo que faz, safa-se, e, nesse caso, é óptimo ir trabalhar todos os dias porque está-se a fazer uma coisa que se gosta e onde se é boa. Não percebo como é sempre tão optimista; quer dizer, deve sê-lo porque foi o que lhe aconteceu: sempre fez aquilo que gostava a vida toda. Mas isso não quer dizer que me aconteça também. A sorte não é uma coisa genética, que eu saiba. Depois diz que não se devem escolher as coisas só por causa das saídas profissionais, que isso pode ser uma verdadeira seca - lá isso é verdade; tenho o exemplo do meu part-time: verdadeira seca, mas lá tem que ser (pelo menos é só mais este mês, yay :D). Mas, bem, eu não ia tentar entrar em medicina só por causa do dinheiro e porque ia ter emprego; era também porque acho que deve ter piada abrir corpos e mexer lá para dentro - mas é claro que deve ter muito mais piada desenhar o dia inteiro.
Às tantas, disse-lhe que devia ir para uma psicóloga por causa disso. Disse-o mais ou menos no gozo, mas ele levou a sério e disse que ia procurar alguma. Só não sei se isso resulta. Já tive umas sessões com a psicóloga da escola no nono ano, para me ajudar a escolher a minha área, mas não serviu de nada: fiquei indecisa na mesma. Fixe, sou multi-facetada... --'

Alma de artista

Há uns dias fiquei a ver um episódio de uma série que nem sequer sigo; só o vi porque tinha acabado de ver uma coisa qualquer na tv e fiquei por ali, sem paciência para me levantar do sofá e tentar pensar noutra coisa para fazer. Mas teve a sua piada vê-lo, porque uma das personagens, pelo menos naquele episódio e em alguns aspectos, parecia ser o meu reflexo.
Uma das coisas que disse e que me ficaram na cabeça foi que sempre se tinha visto como artista ou escritora, mas tinha que pagar a renda da casa - exactamente aquilo que eu penso, e é mesmo por causa da parte da "renda da casa" que, pois, tenho que ter um curso; mas também quero algo que seja minimamente interessante (e ainda falta a parte mais importante: algo que tenha saída. Poooiis...). O que queria era, depois de ter alguma estabilidade financeira, dedicar-me às coisas que realmente me interessam, coisas que eu podia fazer todos os dias sem nunca me fartar. Isso só pode ficar para depois, ou ao mesmo tempo. Não podia esperar ganhar enormes quantias de dinheiro só com essas coisas. E não me venham dizer que é possível ganhar a vida a fazer as coisas que são consideradas hobbies para nós - pelo menos aqui. Estou farta de ouvir que sim, é possível, mas, vá lá, não passam de tretas. Há quem tenha sorte, está bem, mas caiam lá na realidade. Agora lembrei-me que amanhã vou sair com o meu pai e ele de certeza que me vai chatear por causa dessas tretas. É sempre assim. Já estou habituada, de qualquer maneira.
Outra coisa que ela fez naquele episódio: depois de escrever durante horas, ficou desesperada por críticas, para saber que aquilo que fazia era realmente bom ou não, coisa que eu também sinto às vezes. Mas nunca chego a pedir isso a ninguém; compreendo que ninguém tenha paciência para ler cento e tal páginas no computador. Falo por mim, detesto ler textos enormes no computador - já me bastaram os artigos da universidade que mais pareciam em chinês. Mas, para todo o caso, se houver quem não se importe e esteja interessado, pode dizer, eheh ^^ Acabei por decidir entrar num concurso literário. Tive mesmo sorte em encontrá-lo antes do prazo de inscrição acabar.
Houve uma coisa que a tal personagem do episódio fez e que eu até queria fazer um dia...ficar a escrever a noite toda e ainda estar cheia de energia de manhã, ahah =P

07/05/2011

A rainha do gelo

Os outros devem ver-me como uma pessoa insensível, distante, fria e que tem a mania.
Admito que sou muito insensível. Não demonstro o que sinto, é como se tivesse a mesma cara todos os dias e toda a gente pensa que estou sempre bem. Não me preocupo muito com os outros, talvez porque esses "outros" também não se preocupam, e raramente choro - só quando estou mesmo mesmo muito mal (coisa que aconteceu várias vezes enquanto estive fora) -, muito menos quando estou comovida ou coisa assim.
Distante, bem, posso ser um pouco. Primeiro, não me é nada fácil aproximar-me de alguém. Depois, gosto de estar sozinha, o que não significa que gosto de estar sempre sozinha. Às vezes, prefiro estar sozinha, mas, outras vezes, quero estar com mais pessoas. E, às vezes, mesmo estando rodeada de pessoas, estou distante. Dizem que sou muito calada, coisa que eu já estou cansada de ouvir - acho que, da próxima vez que me disserem isso, passo-me. Isso até é algo relativo. É claro que se falam sobre coisas que não sei o que são ou sobre pessoas que eu não faço a menor ideia de quem sejam, não digo nada. Oh, e também há a questão das pessoas com quem estou. Normalmente têm todas as mesmas ideias e opiniões, são um grupinho de clones, e, bem, se eu não penso da mesma maneira e digo aquilo que penso, ficam todas a olhar para mim com caras de parvos - isso já aconteceu imensas vezes -, como se eu fosse uma idiota. Como se não pudessem haver pessoas com opiniões diferentes. Francamente, devia pensar em acrescentar "alien" ou coisa parecida ao meu nome de utilizador. Acho que vim, definitivamente, de outro planeta.
Além disso, costumo estar sempre à espera que as coisas aconteçam: que alguém se aproxime, que comecem uma conversa, que me convidem para seja o que for... Claro que acabo por ficar farta de esperar - pois, sou impaciente, coisa que pouca gente sabe, porque, como vêem que sou calminha, ficam logo com a ideia de que sou muito paciente, o que não é nada verdade; pois bem, as aparências podem mesmo enganar - e chego a tomar a iniciativa. Escolho as pessoas das quais quero aproximar-me, e, bem, a verdade é que, na maioria das vezes, resulta.
Fria, hum, isso tem mais ou menos a ver com as outras duas coisas. Não sou daquelas pessoas calorosas que andam sempre aos abraços, por exemplo, mas isso não quer dizer que não goste de os receber. Não sou literalmente fria, por isso ninguém corre o risco de congelar se me tocar - ok, essa foi um bocado fora.
E não tenho a mania, muito pelo contrário: nem tenho grande confiança em mim mesma. Mas tenho consciência de que há coisas em que sou boa.
Resumindo, posso ter estas características (más), mas não sou uma cabra convencida como aquelas que se vêem em alguns filmes. Até tenho pavor dessas pessoas.
Cada vez mais, penso que sou igual a uma das personagens dos meus textos. Todos pensam que ela é fria e insensível, quando, na verdade, o que ela tem é dificuldade em dar-se aos outros. É como se tivesse umas paredes de ferro à sua volta, que impedem os outros de se aproximarem dela. Mas, aos poucos, as paredes caem e revelam uma pessoa diferente daquela que era no início. E ela fica feliz por essas pessoas terem descoberto quem ela é e por poder chamá-las de amigas. Quando isso acontece, ela só as quer manter próximas dela e nunca as perder. Esta acabou por se tornar numa das minhas personagens preferidas.
Acho que, ao fim e ao cabo, todos temos paredes à nossa volta. Há pessoas que as conseguem destruir, ou escalar, tanto faz, mais facilmente do que outras. E há também paredes que são mais fáceis de ser escaladas do que outras.